El afortunado Patón. Coluna Mário Marinho

El afortunado Patón

Assim que chegou ao São Paulo, o técnico argentino Edgardo Bauza revelou seu apelido: “Patón”. Em tradução literal, seria “patudo” ou seja: pata grande, pé grande.

Mas, longe de ser depreciativo, “patón” remete a um cara corajoso, destemido, que impõe respeto, casca grossa.

Mas, depois do jogo contra o Cesar Valejo no Pacaembu, vitória magra, 1 a 0, mas que valeu a classificação para a fase de grupos da Libertadores, acho que “El Patón” pode acrescentar mais um adjetivo no seu apelido: rabudo, largo. Confesso que procurei o correspondente nos dicionários de espanhol e não encontrei.

Então, o que tratarei aqui um cara largo, um cara rabudo, como “afortunado” que eu sei que não exprime o mesmo sentido.

Mas só mesmo dizendo que o cara foi rabudo é que se pode explicar as modificações que ele fez no São Paulo nesse jogo.

Com um adversário muito fraco, o são-paulino que foi a Pacaembu esperava vitória de goleada e atuação de gala do bom argentino Calleri.

O que se viu, entretanto, principalmente no primeiro tempo, foi o São Paulo com a velocidade e a controle de um caminhão velho que perdeu os freios na descida de uma ladeira. O São Paulo corria sem saber para onde nem por quê.

No segundo tempo, o time voltou mais tranquilo. Dominou o jogo, finalizou mandando três bolas na trave, inclusive um pênalti.

A torcida pedia a entrada de Rogério, mas El Patón fazia ouvidos de surdo.

Aí vieram as modificações.

Um time que quer marcar gols precisa de atacante, de especialista. Mas não é assim para Bauza que trocou um atacante por um jogador de característica defensiva (Centurión por Wesley) e depois um lateral por outro lateral (Mena por Carlinhos).

Era um jogo difícil, com o Vallejo se defendendo com unhas, dentes e ponta-pés. Um jogo assim, fechado, exige criatividade. Aí, ele tira o criativo Ganso e coloca Rogério que está longe, muito longe, de ser criativo.

E não é que dois minutos depois, Rogério faz o gol da vitória! E não foi um gol qualquer: foi um belo gol, um golaço com a marca registrada de um goleador, um artilheiro.
Então, Patón, vai ser rabudo assim lejos, muy lejos!

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FOTO SOFIA MARINHO
MARIO MARINHO, agora qui no Chumbo Gordo.com.br

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em  livros do setor esportivo

A COLUNA MÁRIO MARINHO É PUBLICADA TODAS AS SEGUNDAS E QUINTAS AQUI NO CHUMBO GORDO.

… e sempre que tiver alguma

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