
Francisco ainda está aqui. Blog Mário Marinho
Francisco ainda está aqui
Eu nasci no ano de 1943, sob o pontificado do Papa Pio XII (Eugênio Pacelli) que foi de 1939 a 1958.
Depois, seguiram-se:
- João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli) – 1958 – 1963
- Paulo VI (Giovanni Battista Montini) – 1963 – 1978
- João Paulo I (Albino Luciani) – 1978
- João Paulo II (Karol Wojtyła) – 1978 – 2005
- Bento XVI (Joseph Ratzinger) – 2005 – 2013
Até que chegamos ao Papa Francisco (Jorge Mario Bergoglio) – 2013 – 2025.
O Papa era, para mim, uma figura distante, celestial, etérea, intangível, inalcançável.
Com minha entrada no jornalismo, em 1966 (Diário da Tarde, Belo Horizonte), passei a ter mais contato com notícias do Papa.
Mas ele continuava distante.
Aproximou-se um pouco mais quando o Papa João Paulo II esteve no Brasil.
João Paulo II ao chegar nos países em que visitava, logo ao descer do avião se ajoelhava e beijava o solo.
O Jornal da Tarde do dia da chegada de João Paulo, publicou em sua primeira foto de página inteira, com o Papa beijando o solo brasileiro e a manchete: “O Papa beija o Brasil”.
A magnífica página, obra do jornalista Fernando Mitre, deu ao JT recorde de TIRAGEM, maior venda de sua história.
Recorde que permaneceu até o dia 6 de junho de 1982, quando da publicação da capa do JT após a derrota do Brasil para a Itália e consequente eliminação da Copa do Mundo.
Com a visita do Papa ao Brasil, considerei que ele estava mais perto, menos etéreo.
No ano que passei na Editoria Geral do Jornal da Tarde, tive a chance de publicar a morte e a eleição de dois Papas: João Paulo I e seu sucessor João Paulo II.
Então, o Papa ficou mais próximo para mim.
Mas nada, absolutamente nada, tão próximo quanto o Papa Francisco.
Sua humildade, seu sorriso contagiante e sempre presente, sua empatia com os menos favorecidos, seus apelos à Paz, aos cuidados com o meio ambiente, seu bom humor em qualquer ocasião são imbatíveis.
Certa vez, na Praça São Pedro, pediu aos fiéis que orassem para ele. E em seguida, com seu largo sorriso, acrescentou: Mas, orem a favor…
Sempre que encontrava um brasileiro, repetia a pergunta:
– Quem foi melhor: Pelé ou Maradona?
Em sua visita ao Brasil, afirmou:
– O Papa é argentino, mas, Deus é brasileiro.
Francisco clamou pela paz, clamou pelo fim da desigualdade social, clamou por cuidados maiores com o meio ambiente, clamou pela justiça.
Viveu na humildade como foi São Francisco, de quem ele emprestou o nome.
Foi enterrado em túmulo absolutamente simples, onde está apenas a inscrição: Franciscus.
O Papa está sepultado lá na igreja de Santa Maria Maior.
Mas Francisco ainda está aqui.
Baile,
massacre e olé.
Em suposta situação em que os dois times acertassem, durante o jogo, tudo o que é possível, o Flamengo venceria o Corinthians porque é mais time, tem mais craque, entrosamento e um ótimo técnico-revelação que conquistou três título em cerca de seis meses.
Agora, imagine se um acerta, caso do Flamengo, e o outro desanda, caso do Corinthians.
O resultado só poderia ser mesmo uma goleada, 4 a 0, acompanhada dos brados de olé num Maracanã com quase 70 mil espectadores.
O Corinthians entrou em campo neste domingo, parecendo um grupo de meninos enfrentando um time profissional.
Seus jogadores estavam apavorados. Tremiam.
O resultado de tanto temor veio logo, aos cinco minutos de jogo, quando Everton Cebolinha chutou de longe e fez 1 a 0.
Aos 33, Arrascaeta, de futebol soberbo, nem chutou: apenas colocou a bola no canto direito do goleirão Hugo.
Aos 33 minutos, Hugo, tido e havido como Porto Seguro corintiano, erra bisonhamente a saída de bola que para nos pés do artilheiro Pedro. Daí, para o gol. O terceiro.
E no segundo tempo o artilheiro Pedro marcou para decretar os terríveis e humilhantes 4 a 0.
Na verdade, foi muito, mas foi pouco, pela apresentação dos dois times e pelas oportunidades criadas.
Hugo, apesar da falha, fez pelo menos duas defesas daquelas consideradas milagrosas. Além disso, o Corinthians ainda recebeu duas bolas na trave.
Portanto, poderia ser maior a goleada.
E como tudo que está ruim pode piorar, Memphis Depay, sempre referência e esperança de boas jogadas, de gols pelo corintianos, sofreu contusão ainda no primeiro tempo e teve que ser substituído.
Lá no alto do Maracanã, em confortável camarote, o técnico Dorival Júnior assistiu à desconfortável atuação corintiana.
Ele começa os trabalhos como novo técnico do Timão hoje.
E viu que terá muito trabalho.
Palmeiras
perde em casa.
O técnico Abel Ferreira costuma repetir como um mantra: “Em minha casa mando eu”.
Mas não foi o que aconteceu ontem.
Jogando fora de casa, o aproveitamento do Verdão é muito bom: nos 13 jogos que fez fora este ano, venceu 10 e empatou 3.
É um ótimo aproveitamento: 84,31%.
Jogando em casa, as coisas mudam: são apenas 52,7% de aproveitamento.
E para que a derrota fosse mais doída, o Bahia marcou o gol da vitória, 1 a 0, aos 48 minutos do segundo tempo.
Vitória do Cruzeiro.
E de Cássio.
O Cruzeiro chegou à quarta colocação do Brasileirão 2025 ao vencer o Vasco da Gama, 1 a 0.
O jogo foi disputado na cidade de Uberlândia. O gol foi marcado por Christian, aos 18 de segundo tempo.
Dudu e Gabigol, duas contratações de peso do Cruzeiro para o Brasileirão, assistiram do banco a vitória.
O destaque foi o goleiro Cássio, que anda sendo muito criticado pela torcida cruzeirense e que teve excelente atuação.
Ele saiu de campo chorando.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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