Observações por uma imprensa melhor. E com menos erros. Na mira, Cacalo
Não estranhe o fato de que quase tudo a que se refere este Mirando ter sido publicado no domingo, 17/1. É que estourei o espaço reservado ao do fim de semana tal foi o número de barbaridades que encontrei na sexta e no sábado. Mas, de qualquer forma, não será difícil encontrar o recomendado (ou criticado…), está bem “plotado”.
A crônica de Ugo Giorgetti na pág A20 (Esportes) do jornal O Estado de S. Paulo, edição do dia 17/1, é um belo retrato de como os brasileiros de origem humilde que atingem o sucesso são explorados pelos ‘ixxxpértus’. Mas não fica só nisso, ainda há os que se aproveitam das tragédias para enganar, como fizeram os dois criminosos que lesaram um monte de gente em Mariana e arredores. Como alguém disse, o ser humano (cerumano nas provas do Enem) é mesmo um projeto fracassado.
Primeira perguntinha: cortar do Orçamento de 2016 dinheiro da Saúde, da Educação etc. mas aumentar o valor do Fundo Partidário em 163% no país em que o ministro da Saúde faz piada de mau gosto envolvendo mulheres e zika vírus por achar a vacina cara não tem ares de pixuleco? O Estadão, na coluna de Dora Kramer do dia 17, na pág. A6, trata bem do assunto. Este Chumbo também aborda muito bem o tema.
Segunda perguntinha: de onde vem a grana grossa que paga os ilustres causídicos que defendem os acusados na Lava Jato? Será que eles são tão ingênuos que não sabem? E ainda querem dar lição de moral com o que pagaram para publicar nos jornais??? Tudo o que Moro determinou até o momento tem sido respaldado pelo STJ e STF. Serão os ministros também inquisidores? Se considerar como carta, fico com as de Franz Kafka, ao pai e a Milena. Se considerar como manifesto, prefiro o Antropofágico (ou Antropófago, valem as duas formas), cujo autor, Oswald de Andrade, está sendo homenageado em Paris (matéria na pág. C3 do Caderno 2 do Estadão do dia 16/1). O Estadão, em editorial no dia 17/1, pág A3, matou a pau.
A Globo (na TV aberta e fechada) está mezzo acciughe (aliche), mezzo muzzarella no que se refere a Guarujá, dependendo de quem fala, vira “o” Guarujá.
No Estadão, Guarujá e Mato Grosso e MT do Sul ganharam definitivamente o artigo que não lhes cabe, “o”. Mas, em compensação, mas não dá ainda pra saber se por distração…, pronto-atendimento ganhou o hífen que deve ter.
Cá entre nós, não é um desperdício de tempo e dinheiro (meu e seu) a TV Brasil (EBC) transmitir a Copa Brasil de Futebol Jr em sistema analógico, tela 4:3, narração matusalênica? Alguém vai ver na TV Traço, a TV que ninguém vê (apelido e lema criados por funcionários da EBC), sendo que SporTV e ESPN transmitem em HD?
Há um problema que vem ocorrendo há tempos e que não tem merecido o devido tratamento pela imprensa, a interferência descabida na vida das pessoas. O Congresso aprovou há tempos a chamada Lei da Palmada, bobagem, uma palmadinha – escrevi palmadinha, não espancamento – nunca matou ninguém e são os pais que devem decidir se dão ou não. Agora, vem o prefeito paulistano a determinar o que pode ou não ser conversado nos táxis. Uai, não são o passageiro e o motorista que decidem isso??? O motorista não pode usar camisa polo por quê? Algumas custam mais de 300 reais, são elegantérrimas. Agora, cuidar da venda ou aluguel ilegal de alvarás (sinônimo de trabalho escravo), nem pensar, né mermo? Ao trabalho, turma!
(CACALO KFOURI)
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Na Folha
O caso Dayan
Itamaraty está correto em reagir à descortesia diplomática do premiê israelense, que parece ter feito provocação deliberada
Parece que anão diplomático é o que não falta na praça …
Ao analisar a crise, presidente do Ipea manifesta negação
Obs.: – O aparelhamento do Ipea, que começou com a nomeação de Marcio Pochmann para a presidência e continua até o momento, fez o que nem a ditadura militar ousou fazer, acabar com a respeitabilidade do instituto.
O estágio da negação
(…).No 13º ano de poder lulopetista, sob uma epidemia de dengue, (em) face (da) à (XXX)(*) inauguração de uma olimpíada
(*) Ante a, diante da, nas proximidades da, perto da…
Obs.: – Vale a leitura, dia 16/1, pág A5.
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Na página da ESPN
Um nocaute brutal!
Ex-campeão pela Associação Mundial de Boxe, o britânico David Haye protagonizou CENAS LAMENTÁVEIS (sic)(???) neste sábado, em duelo contra o australiano Mark de Mori.
(…)
Chamou a atenção(???), no entanto, a brutalidade(???) de como Haye alcançou a vitória deste sábado
(???) Cuma??? Brutalidade no boxe??? Queria o quê, cara-pálida, nocaute com beijinhos? E lamentável por quê? Não houve golpe baixo, foi uma sequência de golpes totalmente normais.
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No Blog do Gois
Chico Buarque processará jornalista que ofendeu sua família no Instagram
Chico Buarque, assim como todos, tem todo o direito de pensar como quiser, e merece respeito, não só por ser o Chico, mas por vivermos em uma democracia. Discordar dele, pode? Claro que pode, mas com educação, não com selvageria, desrespeitosamente, reacionariamente, imbecilmente. Boa parte dos que dele não gostam, e o ofendem, são favoráveis à volta do período mais criminoso e violento que o país viveu, a ditadura militar, tão cruel como o de Cuba , lugar de destino sempre sugerido. Em tempo, alguém foi verificar se o cara é mesmo jornalista?
Jornalista que chamou Chico de ‘ladrão’ envia carta pedindo desculpas por ‘erro’(aqui não cabe, tem de ser duplas)
Obs.: – Arregou, valentão? Nada como a probabilidade de um processo pelas fuças…
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No Estadão
Crise. Ao menos 11 governos estaduais sacaram dinheiro, que terá de ser devolvido para as contas administradas pela Justiça, para amenizar rombo do erário público(XXX)(*);
(*) Erário público é como habitat natural, que o jornal adora usar, são público e natural por definição.
No Houaiss
erário
substantivo masculino
Rubrica: economia.
conjunto dos recursos financeiros públicos; os dinheiros e bens do Estado; tesouro, fazenda
Estado Islâmico sequestra 400 civis
A agência estatal síria Sana disse mais cedo que ao menos 300 pessoas foram mortos(XXX)(mortas)(*)
(*) E a concordância também.
Morre garoto que ficou sem transplante
Coração compatível foi localizado em Itajubá (MG), mas Força Aérea Brasileira(*) não tinha avião disponível para transportar órgão até o DF