Vai, Corinthians! Blog Mário Marinho

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Vai, Corinthians! 

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Tecnicamente, o jogo desta quinta-feira, Corinthians e Palmeiras, que acabou premiando o Timão com seu 31º título paulista, não foi um bom jogo.

O que caracteriza um bom jogo são as chances criadas de gols. E foram pouquíssimas, no jogo de quinta-feira.

A melhor delas, inclusive, não rendeu o gol que os palmeirenses esperavam: foi na cobrança de pênalti, por Raphael Veiga, um exímio cobrador que passou nas mãos ágeis do goleiro Hugo Souza, também exímio na arte de defender pênaltis.

Mas foi um jogo disputado num nível de intensidade muito alto, a ponto de duas ou três vezes os jogadores se estranharem e, por pouco, chegavam às vias de fato.

Essa intensidade encanta e conquista o torcedor. Saber que o jogador lá no gramado não está preocupado apenas com o gordo holerite do fim de mês.

Existe um ditado que diz: “À mulher de César não bata ser honesta: é preciso parecer honesta.”

Levado para o futebol, isso quer dizer que para o torcedor não basta dizer que ama o seu time: e preciso mostrar que ama.

Pense no último jogo da Seleção Brasileira e na impiedosamente goleada pela Argentina, 4 a 1.

Agora, pense na entrega dos jogadores do Palmeiras e do Corinthians no clássico de ontem.

Qual dos times que mostraram jogador comprometido com a camisa que vestiram: da Seleção Brasileira ou de Palmeiras e Corinthians?

No caso da Seleção é inegável a superioridade dos argentinos. Isso dói, mas é preciso reconhecer.

Mas a derrota poderia ter sido de 1 a 0, 2 a 1, 3 a 2 – um placar que mostraria, pelo menos, que os jogadores brasileiros se esmeraram na entrega em campo.

Longe, muito longe disso.

Trazendo no currículo uma longa lista de conquistas com o técnico Abel Ferreira, o Palmeiras chegou à decisão do Paulistão achando que iria vencer. Era só rolar a bola.

Ledo engano.

E foi assim que o Palmeiras gastou todo o primeiro tempo, na certeza de que o gol viria.

No segundo tempo, o panorama não foi muito diferente.

Esperava-se que, a qualquer momento, o Verdão fosse tomado por sua maior categoria técnica e partisse para a vitória.

Do outro lado, o Corinthians não se limitou apenas a se defender.

Foi ao ataque, mandou bola na trave inimiga e, na melhor chance, Yuri Alberto perdeu gol certo.

Aliás, há muito tempo não vejo no Timão um jogador que represente tanto o “ser corintiano”.

É um jogador de muita raça, acredita em todas as bolas e, ultimamente, vem demonstrando refinada técnica nos passes, no domínio de uma bola que, às vezes, chega a ele quadrada.

Seu choro convulsivo à beira do gramado, depois de ser substituído, deve ter comovido a imensa nação corintiana.

Volto a afirmar: foi um jogo de muita intensidade, com os dois times se entregando o tempo todo, lutando, batalhando.

Por tudo isso, o 0 a 0 foi o placar justo.

O Corinthians somou 27 pontos. Foram 12 jogos, 8 vitórias, 3 empates e uma derrota. Marcou 20 gols e sofreu 13.

O Palmeiras disputou os mesmos 12 jogos, somou 23 pontos, com 6 vitórias, 5 empates e 1 derrota. Marcou 21 gols e sofreu 10.

Outro item que deve ser destacado, é a presença de público na NeoQuímica Arena: 48.196 pagantes.

Foi o 25º jogo seguido com público acima dos 40 mil torcedores. É evidente que esse também foi um dos fatores que levaram o Timão à conquista do título.

Não deve ser fácil para o adversário passar 90 minutos ouvindo o interminável brado:

Vai, Corinthians!

Veja os melhores momentos:

https://youtu.be/VoUqMsaQn4o?si=BUS3BHmQOnB2q1oX

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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