
Israel Sob Ataque Midiático. Por Meraldo Zisman
Israel Sob Ataque Midiático: O Antissemitismo Disfarçado
Ao analisar a narrativa que a mídia global constrói em torno de Israel, é preciso ir além da superfície e enxergar as camadas mais profundas de um antissemitismo que, muitas vezes, se esconde sob máscaras modernas. Esse ódio, que não é novo, se transforma ao longo do tempo, adaptando-se aos contextos históricos e ideológicos de cada era. Se, no passado, os judeus eram acusados de crimes absurdos, como envenenar poços ou controlar o sistema financeiro mundial, hoje o alvo principal é o Estado de Israel, constantemente difamado e colocado no banco dos réus.
Sob a bandeira de um suposto humanismo, muitos veículos de comunicação ocidentais distorcem fatos e promovem uma visão unilateral e hostil contra Israel. Em momentos de conflito, as manchetes e as imagens escolhidas parecem seguir um roteiro cuidadosamente planejado para pintar Israel como o grande vilão, ignorando completamente os ataques sofridos por sua população civil. Enquanto os atos de terrorismo contra Israel são frequentemente suavizados por eufemismos, a resposta israelense é imediatamente classificada como desproporcional ou ilegítima. O direito à autodefesa, algo natural para qualquer nação, é questionado e criticado quando se trata de Israel.
Esse viés midiático não é inofensivo. Ele alimenta discursos de ódio contra os judeus em escala global e reforça a ideia de que o judeu, quando forte, deve ser combatido, e quando vulnerável, deve ser ignorado. O antissemita não consegue lidar com a imagem de um judeu empoderado, capaz de se defender. Essa aversão fica ainda mais evidente diante da realidade de um exército israelense altamente preparado, de uma tecnologia militar avançada e de uma sociedade que resiste bravamente às narrativas impostas.
É importante entender que o antissemitismo não surge do nada. Ele se infiltra em discursos políticos, em movimentos que se dizem progressistas e até em lutas por direitos humanos que, convenientemente, ignoram violações quando o responsável não é Israel. Essa seletividade moral deixa claro que a hostilidade contra o Estado judeu vai muito além de uma simples disputa geopolítica. É uma manifestação de um ressentimento profundo, que atravessa fronteiras e ideologias.
O mundo ainda parece ter dificuldade em aceitar a figura do judeu que não se curva, que não se deixa paralisar pelo medo e que se defende sem pedir permissão. Talvez essa aceitação nunca aconteça de fato. Mas, diante de uma história marcada por perseguições, inquisições, pogroms e o Holocausto, uma coisa é certa: Israel continuará de pé. Não para agradar o mundo, mas porque sua existência é a afirmação mais clara do direito à vida e à dignidade do povo judeu. Eu prefiro ver um tanque com a Estrela de Davi do que reviver os tempos em que um judeu indefeso estava à mercê de um blindado com uma suástica.
O passado já mostrou sua crueldade, mas o presente e o futuro pertencem àqueles que não se dobram diante do terror.
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Meraldo Zisman – Médico, psicoterapeuta. É um dos maiores e pioneiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.
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