Foi heroico, mas ficou no quase

Foi heroico, mas ficou no quase. Blog Mário Marinho

Foi heroico, mas ficou no quase

 

Foi heroico, mas ficou no quase.

Sabia-se que não seria nada fácil.

Mas a paixão imensurável e incontida dos corintianos empurrou para a Neo Química Arena 45 mil torcedores que acreditavam piamente no milagre.

Os corintianos chegaram a Itaquera com a certeza de que poderiam vencer por 4 a 0 e se classificar.

Com o passar do tempo e o aumento das tensões, eles já admitiam que seria 3 a 0. Nesse caso a decisão iria para a cobrança de pênaltis.

E toda a confiança dos torcedores seria depositada no goleiro Hugo, que gosta de defender pênaltis.

Mas o decorrer do jogo mostrou que o Barcelona fez 3 a 0 no primeiro jogo, não apenas pela ridícula atuação corintiana, mas acima de tudo pela sua determinação em busca do resultado, apoiada por cega obediência tática.

Com 3 a 0 de vantagem no placar, o Barcelona não precisava se preocupar em ampliar o marcador.

E foi o que fizeram os jogadores do sempre elegante técnico Segundo Castilho, o primeiro em elegância (desculpe, não resisti!).

Um forte esquema defensivo foi traçado e executado.

Parecia que o Barcelona tinha pelo menos 30 jogadores em campo, todos eles concentrado na estreita faixa de 10 metros da linha da grande área.

Os jogadores se entregaram como há muito tempo não se via.

Com notável sentido de urgência a bola saía da defesa corintiana e já estava na defesa adversária, onde batia na muralha armada pelos defensores equatorianos.

E quando conseguiam passar, os corintianos esbarravam no goleiro Contreras. Aliás, um bom goleiro, mas irritante na arte de fazer cera.

Faz parte do jogo.

Assim o primeiro gol corintiano saiu só aos 39 minutos do primeiro tempo.

A sinfonia que se ouviu no primeiro tempo foi repetida no segundo, mas com sons alarmantemente mais fortes e desesperadores para os corintianos.

A entrega foi a mesma do primeiro tempo. Isso para os dois times.

No Corinthians, foi possível registrar a nota destoante da quase silenciosa apresentação de Memphis Depay.

Apático, com pouca inspiração e quase sem nenhuma transpiração, o que já havia acontecido no primeiro jogo, em Guaiaquil, Depay deixa no ar algumas dúvidas, a principal delas: será cansaço físico?

Como numa repetição do primeiro ato, ou seja, o primeiro tempo, o segundo gol corintiano só aconteceu aos 40 minutos do segundo tempo. Numa jogada que teve a participação do Depay.

Restavam poucos minutos. Mais cinco minutos de tempo normal e mais os seis de acréscimos concedidos pelo juiz.

Não houve tempo.

Fim de jogo e a sofrida desclassificação.

A apaixonada torcida corintiana, num belo gesto, entendeu e premiou o esforço de seus jogadores com aplausos.

Ao Corinthians resta, agora, a Copa Sul-Americana. Está longe de ser uma Libertadores, mas é o que se tem para o momento.

Como todo lado ruim tem um lado bom, no caso corintiano, os jogadores mostraram muita raça e determinação, certamente enchendo o peito de esperanças para a decisão do Paulistão, contra o forte Palmeiras, que começa neste fim de semana.

Veja os melhores momentos:

Ronaldo

Fora da luta pela CBF

O Fenômeno avisou ontem que está fora da luta pela presidência da CBF.

Há três meses ele avisou que tinha a intenção de se candidatar e que iria, daquele momento em diante, trabalhar no assunto.

Segundo Ronaldo, das 27 federações por ele consultadas, 23 declararam apoio ao que consideram um bom trabalho do atual presidente, Ednaldo Rodrigues.

“Se a maioria acha que o futebol brasileiro está em boas mãos, eu saio.”

É evidente que não está tudo bem, mas fica escrachado o quanto os cartolas estão unidos.

Eu gostaria de ver uma pessoa séria, coerente, perseverante como é o Ronaldo, além de bom empresário com fortuna avaliada hoje em 1 bilhão de reais.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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