DOMINGÃO

Ítalo, como Ayrton Senna, comemora exibindo a bandeira do Brasil.

Que domingão bão dimais da conta, sô! Blog Mário Marinho

DOMINGÃO! Levantamos um título mundial nas águas de Abu Dabi. E vencemos os argentinos duas vezes: a primeira em Buenos Aires; a segunda, em Caracas. 

Não é todo dia que nascem flores em nosso caminho. Às vezes encontramos pedras, poeira, lama. Mas, tem dia que tem flor.

É exatamente o que aconteceu neste último domingo, 16 de fevereiro.

Espetacular vitória brasileira no mundial de surfe de Abu Dabi em sua incrível piscina com ondas artificiais, com Ítalo Ferreira.

Vitória brasileira em Buenos Aires, com João Fonseca, o nosso João do Tênis, em cima do argentino Francisco Cerundolo.

No fim do dia, a Seleção Brasileira sub 20 venceu o Chile, 3 a 0, e ficou na expectativa do jogo da Argentina contra o Paraguai, que foi disputado à noite.

Se desse empate, o Brasil seria campeão sul-americano.

E o que aconteceu?

Paraguai deu um baile nos argentinos, 3 a 2, com direito a olé dos jogadores brasileiros que estavam nas arquibancadas do estádio Olímpico, em Caracas, Venezuela.

Não é muito demais?

Levantamos um título mundial nas águas de Abu Dabi. E vencemos os argentinos duas vezes: a primeira em Buenos Aires; a segunda, em Caracas.

O inédito título

Do surfe brasileiro

Domingão
Ítalo, como Ayrton Senna, comemora exibindo a bandeira do Brasil.

Nas águas nada calmas daquela incrível piscina de 700 metros de cumprimento por 150 metros de largura, Ítalo foi um show de perfeição. Foi tão bem que nem precisava entrar outra vez nas águas.

Mas fez questão não só de entrar, mas entrar abraçado pela bandeira do Brasil, lembrando Ayrton Senna com suas espetaculares vitórias na F1.

Como um Senna dando seu show, principalmente nas pistas molhada da F1, Ítalo Ferreira foi soberano e levantou o troféu.

Com a conquista é agora o primeiro colocado no ranking da Liga Mundial de Surfe.

João Arrasador

Domingão
João se joga no saibro e sobe no ranking mundial 

Esse João Fonseca, de apenas 18 anos, não se cansa de eliminar adversários, de dar shows em quadras e agora acaba de levantar o título do ATP de Buenos Aires, o primeiro título do garoto em torneios da ATP.

Lembrou-me o meu professor de matemática no colégio Municipal, Belo Horizonte.

Quando ele acabava de resolver um teorema complicado ou extensa operação, cheias de colchetes, parêntesis, potências que parecia impossível de se chegar a uma conclusão, o professor, com falsa modéstia virava-se para nós, na sala de aula e dizia, como se pedisse desculpas, “foi de uma facilidade irritante”.

Assim foi a vitória de João sobre o argentino Francisco Cerundolo, primeiro colocado no ranking de seu país e 28º no mundial.

João foi perfeito em tudo: calmo nos, poucos, momentos em que o adversário pressionou; foi eficiente na trocas de bolas longas; ousado em deixadinhas; e decisivo no saque, alcançando vários aces.

Agora, João que era o número 99 do ranking mundial, subiu para 68 e tem o mundo a seus pés.

Sambando em

cima dos arrentinos…

Domingão
Nas arquibancadas do estádio Olímpico, os brasileiros gritam “olé” e comemoram.

O Brasi já havia feito o seu papel à tarde: venceu o Chile, 3 a 0, e se manteve na liderança do torneio.

Ao seu lado estava a Argentina com o mesmo número de pontos, mas com saldo negativo de gols: -4.

À noite, Los Hermanos precisavam vencer o Paraguai e tirar a diferença do saldo de gols.

Os jogadores brasileiros, que já estavam no estádio Olímpico de Caracas, foram para as arquibancadas secar Los Hermanos.

Não foi preciso tanto.

O Paraguai venceu o jogo, 3 a 2, e o Brasil ficou com o título de campeão Sul-Americano de sub 20.

Mas, antes de o jogo acabar, o Paraguai envolveu os argentinos numa demorada troca de passes, acompanhada pelos gritos de “olé” dos garotos brasileiros.

E não é para menos.

Na abertura do campeonato, o Brasil levou tremenda lavada da Argentina: 6 a 0.

Pois é, agora, tomou!

Aí, me lembrei de minha saudosa mãe, dona Celina Marinho, que me ensinava naqueles meus tempos de criança:

“Não se deve mexer com quem está quieto”.

Era sábia, a dona Celina.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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