Posse de Trump teve ofensas e ameaças. Por Rui Martins
Quanto custará para o mundo a presidência de Donald Trump nos Estados Unidos, cuja posse foi marcada por declarações de prepotência, ofensas e ameaças, dentro de um cenário de show de televisão e de comédia musical, vivido por alguém demonstrando sérios traços de megalomania?
Quanto custará para o mundo a presidência de Donald Trump nos Estados Unidos, cuja posse foi marcada por declarações de prepotência, ofensas e ameaças, dentro de um cenário de show de televisão e de comédia musical, vivido por alguém demonstrando sérios traços de megalomania?
E, perto do novo rei Midas, dizendo-se capaz de transformar seu novo mandato numa nova idade de ouro para os EUA, os milionários donos da high tech americana, Elon Musk (xAL e SpaceX), Mark Zuckerberg (Meta) Jeff Bezos (Amazon) e Sundar Pichai (Google), capazes de controlar uma boa parte do planeta com suas redes sociais guiadas sem qualquer controle pela inteligência artificial.
Diante de seus seguidores fanatizados, Trump assinou algumas centenas de ordens executivas, muitas com valor de decretos, sem se preocupar com suas consequências.
Assim, retirou os EUA do Acordo de Paris sobre o clima e demonstrou seu negacionismo saindo da Organização Mundial da Saúde. Ameaçou de invasão do Panamá para se reapropriar do Canal ligando o Atlântico ao Pacífico, afirmou o retorno do protecionismo comercial e celebrou, sob aplausos, um nacionalismo desmedido e ultrapassado.
Nada surpreendente ter esse clima entusiasmado em excesso Elon Musk, a ponto de fazer um gesto qualificado pela imprensa como usado pelos nazistas de Hitler, sem esquecer seu apoio ao partido da extrema direita, nas próximas eleições alemãs.
A anistia concedida por Trump aos responsáveis pelo ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, é considerada uma aberração, pois o ataque, com violência e morte de policiais, atentou contra a própria estrutura constitucional do país.
Com maioria no Congresso, no Senado e na Suprema Côrte, espera-se que Trump não seja tentado a alterar a própria estrutura democrática estadunidense.
Brasileiros ilegais
A atração entre os brasileiros pela possibilidade de viver nos Estados Unidos não é de hoje, mas se acentuou nos últimos anos entre os evangélicos. Atualmente vivem cerca de dois milhões de brasileiros nos EUA com papéis legalizados. Entretanto, existem outros 250 mil brasileiros sem papéis ou ilegais, visados pela novas ordens executivas decretadas logo depois da posse do presidente Donald Trump.
Uma dessas decisões não é ainda definitiva por fazer parte da Constituição norte-americana, é a relacionada com a aquisição automática da nacionalidade norte-americana pelos filhos de imigrantes nascidos nos EUA.
Só entrará em vigor provisório dentro de 30 dias, porém para se tornar definitiva, terá de ser aprovada por deputados, senadores e pela Suprema Corte, pois faz parte de uma emenda à Constituição adotada em 1868, depois do fim da Guerra Civil, para conceder a cidadania norte-americana a ex-escravos nascidos nos Estados Unidos.
Não é o caso da reunificação de família, revogada por Trump. Ao mesmo tempo, Trump quer melhorar a verificação e triagem dos estrangeiros e permitir que sejam feitos controles de papéis mesmo nas escolas e igrejas.
Algumas referências:
France 24
Dani Azeredo
https://www.youtube.com/watch?v=izmjJyZTW1g&t=815s
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DIRETO DA SUIÇA
- Rui Martins também está em versão sonora no Youtube, em seu canal –
https://www.youtube.com/@rpertins
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