O bom filho a casa torna. Blog Mário Marinho
Esse título, quase todos conhecem, nasce da parábola do Filho Pródigo.
O Pai, um bom homem, tem dois filhos e resolve dividir com eles a herança.
Um dos filhos bota a mão na grana e resolve sair pelo mundo.
Não tem medidas e vai gastando o dinheiro. Gastando, gastando… até que um dia a grana acaba.
Triste e sem dinheiro, arrependido, volta para casa e é recebido com festas pelo pai, pois o bom filho a casa torna.
A lição passada pela Bíblia trata do arrependimento.
Não é o caso de Oscar, agora resgatado pelo São Paulo.
Oscar chegou ao São Paulo aos 13 anos de idade, em 2004.
Cinco anos depois, já disputando partidas pelo time principal, orientado por seu advogado, entrou com o processo trabalhista contra o São Paulo, alegando irregularidades no seu contrato.
Na época, Oscar já era campeão brasileiro pelo Tricolor, título conquistado em 2008.
Depois de idas e vindas às barras dos tribunais, Oscar acabou deixando o São Paulo e se transferiu para o Internacional, de Porto Alegre.
Ficou lá os três anos seguintes.
Em 2012, transferiu-se para o inglês Chelsea que defendeu até 2017.
Da Inglaterra, Oscar se mandou para a China e defendeu o Shanghai Port até o mês passado, quando começaram as negociações para sua volta ao Morumbi.
Já em São Paulo, como primeiro reforço do Tricolor para a temporada de 2005, Oscar disse que logo que recebeu o convite do presidente Júlio Casares (na foto acima ao lado de Oscar), mas, ao mesmo tempo, apreensivo porque sua saída do Morumbi não foi nada pacífica.
– Mas essa dúvida não demorou muito. Comecei a receber mensagens de torcedores dando boas-vindas, pedindo para que eu assinasse logo e teve também a participação do meia Lucas. Ele ficava mandando mensagens quase todos os dias. Sempre perguntando: e aí, acertou? Está tudo certo? Felizmente, deu tudo certo. Espero fazer uma grande dupla com o Lucas, a gente fez grande dupla na base e agora esperamos retribuir no profissional – comentou.
Os números de Oscar no futebol chinês não são nada desprezíveis.
A última temporada de Oscar foi justamente a de melhores números no futebol chinês: 16 gols e 29 assistências em 39 jogos, ou seja, participação média de ao menos um gol por partida. Pelo Shanghai Port, foi três vezes campeão nacional (2018, 2023 e 2024) e ainda venceu uma Supercopa da China, em 2019.
Vaquinha
Passado o ímpeto dos torcedores nos primeiros dias da Vaquinha que está sendo feita para que o Corinthians possa se livrar da dívida de seu estádio, as contribuições estão devagar.
Nos dois primeiros dias foram arrecadados cerca de 5 milhões de reais. Uma grana, sem dúvida.
Agora, passados exatos 30 dias do início da Vaquinha, o montante arrecadado estacionou em 32 milhões de reais. Que também é uma boa grana, mas longe, muito longe dos 710 milhões de reais que é o tamanho da dívida.
Por falar em grana…
O Palmeiras anunciou, há poucos dias, a contratação do atacante uruguaio Facundo Torres.
O atacante de 24 anos, custou aos cofres do clube 12 milhões de dólares (cerca de R$ 80 milhões na cotação atual) fixos, além de possíveis 2 milhões de dólares (cerca de R$ 13 milhões) em variáveis. Ele pertencia ao Orlando City, dos Estados Unidos, e assinou vínculo com o Alviverde válido até o fim de 2029
Apetite voraz, quase incontrolável da tia Leila por novas contratações não para no atacante uruguaio.
As negociações com o Atlético Mineiro para a transferência do goleador Paulinho estão bastante avançadas.
E não é pouca grana.
A negociação envolve o pagamento de 18 milhões de euros (cerca de R$ 126 milhões na cotação atual) fixos, além do envio de Gabriel Menino e Patrick, volante do sub-20, para o Galo.
Tem mais. Além de negociar com Paulinho, o Verdão também fez proposta por Andreas Pereira. O meia de 28 anos pertence ao Fulham, da Inglaterra. O Palmeiras ofereceu 20 milhões de euros (cerca de R$ 140 milhões na cotação atual) para trazer o jogador de volta ao Brasil.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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