balanço

Balanço positivo… Terá chegado a vez, em 2025, de serem processados os idealizadores do “gabinete do ódio” com suas redes sociais especializadas em fake news…

Balanço

Chegamos ao fim do ano com boas notícias, uma é nacional. É o início prático do processo dos chefes golpistas, depois de já ter sido julgada e condenada uma parte dos seus fanáticos seguidores, autores dos atos de vandalismo nos prédios da praça dos Três Poderes, em Brasília, há quase dois anos.

O ano 2025 deverá monopolizar a atenção da imprensa na sequência do indiciamento do primeiro escalão dos articuladores de um golpe com assassinatos, envolvendo militares de alto escalão e autoridades do governo passado.

E poderá incluir, ao que tudo indica, o ex-presidente Jair Bolsonaro, embora ele mesmo e seus filhos, apostem numa pressão contrária pelos Estados Unidos, com novo governo no dia 20 de janeiro.

A próxima condenação e prisão de Bolsonaro parece um filme policial da série Columbo, no qual não há suspense, pois, desde o começo, todos já sabem quem é o culpado.

Viveremos o retorno ao passado de intervenções diretas ou indiretas do governo norteamericano no Brasil? Elon Musk e Donald Trump poderão criar condições favoráveis a um impeachment de Lula e Alexandre Moraes?

Improvável, pois Trump estará empenhado num acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, numa normalização no Médio Oriente e no fim de uma ameaça nuclear pelo Irã.

Ao contrário, o julgamento do ex-presidente Bolsonaro, preso ou em liberdade, criará condições para o indiciamento por incitação para o Golpe para juristas intérpretes do artigo 142 da Constituição, interessados em legalizar a intervenção militar, pela Minuta do Golpe, da qual teria participado o jurista Ives Gandra.

Terá chegado a vez, em 2025, de serem processados os idealizadores do “gabinete do ódio” com suas redes sociais especializadas em fake news. Sem esquecer dos guias espirituais evangélicos pregadores e justificadores do Golpe com o uso do Velho Testamento bíblico e da  chamada “teoria do domínio”.

Outra notícia, também recente, é a queda do ditador sírio Bashar al-Assad, deposto pelo grupo HTS, de Abu Mohammad al-Jolani, um movimento islamista “sui generis”, contrário à aplicação da truculenta lei da charia e, até agora, disposto a aceitar a presença de cristãos na Síria.

Algumas redes sociais brasileiras de esquerda lamentam a queda do ditador al-Assad, de longe muito pior que um Ustra. Mas é gratificante ler num texto de Fernando Gabeira – “Considero-me feliz por ter passado um fim de semana colado à TV, vendo o fim de uma longa ditadura, as pessoas festejando nas ruas de Damasco, os presos saindo das masmorras, bandeiras, gritos, exilados preparando a volta.”

A ONU e alguns países da União Europeia já vão se encontrar com o chefe Jolani do HTS para avaliarem a situação na Síria e se certificarem da implantação pacífica do novo governo islamita sem criação de uma nova ditadura teocrática na região.

Como a do Irã, apoiadora da ditadura de al-Assad, para a qual este fim-de-ano é negativo. Um debate no canal francês Arte discute se, depois da Síria, não será a vez da teocracia iraniana, que apoiava al-Assad e apoia o Hamas e o Hezbollah, e cuja expectativa de ter a bomba nuclear poderá ser impedida por Trump.

Algumas referências:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/czr38kel3x5o

https://www.youtube.com/watch?v=14fqhjgKEiY

https://www.lopinion.fr/international/lentourage-de-trump-nexclut-pas-des-frappes-aeriennes-pour-stopper-le-programme-nucleaire-iranien

https://www.chumbogordo.com.br/450662-vivendo-na-distopia-por-fernando-gabeira/

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DIRETO DA SUIÇA


  • Rui Martins também está em versão sonora no Youtube, em seu canal –

https://www.youtube.com/@rpertins

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Rui Martins – Direto da Suiça – é jornalista, escritor, ex-CBN e ex-Estadão, exilado durante a ditadura. Criador do primeiro movimento internacional dos emigrantes, Brasileirinhos Apátridas, que levou à recuperação da nacionalidade brasileira nata dos filhos dos emigrantes com a Emenda Constitucional 54/07. Escreveu Dinheiro sujo da corrupção, sobre as contas suíças de Maluf, e o primeiro livro sobre Roberto Carlos, A rebelião romântica da Jovem Guarda, em 1966. Foi colaborador do Pasquim. Estudou no IRFED, l’Institut International de Recherche et de Formation Éducation et Développement, fez mestrado no Institut Français de Presse, em Paris, e Direito na USP. Vive na Suíça, correspondente do Expresso de Lisboa, Correio do Brasil e RFI

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