esta é a nossa seleção

Esta é a nossa Seleção. Blog Mário Marinho

 esta é a nossa seleção

O empate de ontem à noite, contra a Venezuela, que foi antecedido com as vitórias sobre as frágeis seleções do Chile e do Peru, mostra o que não é possível esconder: essa é a nossa seleção, esse é o nosso futebol nacional.

É dura a realidade. Mas é a realidade.

Começou o jogo de ontem mal, desencontrada, sendo dominada pela fragilíssima Venezuela.

Aos poucos, foi acordando.

Ser dominada pela Venezuela, aí já é demais!

Tomou conta do jogo e mandou no primeiro tempo, terminando com quase 70% do tempo de posse de bola.

Respirei aliviado, mas também não vi motivos de comemoração.

Mesmo dominando, jogando bem, só conseguiu traduzir isso em gol aos 42 minutos. Diga-se de passagem, um belíssimo gol de Raphinha em cobrança de falta, um gol que não víamos em nossa Seleção há alguns anos. O último gol de falta foi marcado por Felipe Coutinho, em amistoso contra a Coreia do Sul, em 2019.

Como o primeiro tempo já estava no final, esperava-se que a Seleção voltasse para o segundo tempo cheia de gás, de moral e, talvez até, com futebol.

Quis o destino, porém, que aos 30 segundo de jogo, numa desatenção da nossa defesa, Segóvia, com um belo gol, empatasse o jogo.

A Seleção Brasileira perdeu o rumo, desandou. Parecia um catado formado para um  daqueles famosos casados e solteiros num churrasco no sítio.

O técnico Dorival fez algumas modificações, mas de nada adiantou.

Como diria o veterano técnico Cilinho, para fazer omeletes é preciso ter ovos.

E os ovos que nós tínhamos eram aqueles que lá estavam.

Por um momento me enchi de esperanças com a entrada de Luís Henrique.

O jogador do Botafogo tem mostrado em jogos de seu time que é um excelente driblador, jogador difícil de ser marcado.

Mas aquele jogador da Seleção não é o mesmo do Botafogo.

Não partiu para jogadas individuais. Burocratizou o seu jogo. Ficou na mesmice de todos os outros.

E Vinicius Jr?

Cantado e decantado como vítima de grande injustiça ao perder o título de Melhor Jogador do Mundo para o espanhol Rodri, jogador do Manchester City, o que fez para mostrar a tal injustiça?

Nada. Até que foi mais participativo.

Para mim, porém, ele continua sendo o Melhor Ponta Direita do Mundo.

É ali que ele joga, que se dá bem explorando a velocidade que tem.

Ontem ainda mostrou um lado negativo: muito nervoso, se envolveu em desnecessários bate-bocas.

Faltou tudo na Seleção de ontem.

Goleiro desatento na reposição de jogo; laterais que não atacaram; volantes que não marcaram; meias que não criaram. Atacantes que não atacaram.

Até Gérson, um craque no Flamengo, não escapou: foi contaminado pela geleia geral da incompetência.

Ainda bem que o adversário era a Venezuela que apontou as mãos para os céus agradecendo aquele empate.

Aqui neste blog recebi manifestações de prezados leitores.

O advogado Walder Agmont, por exemplo, considerou a Seleção um timinho medíocre.

O jornalista Gabriel Manzano lembrou que Vini Jr, perdeu o gol duas vezes: cobrou mal o pênalti, chutando no meio do gol e ainda perdeu a chance de marcar ao chutar para fora o rebote do goleiro Romo.

O também jornalista Fábio Sinegalia considerou que “empatar com a Venezuela na ida e na volta é o fim. Esse é o retrato do futebol brasileiro no momento”.

Valéria Wally, companheira dos bons tempos do Jornal da Tarde, comemorou com ironia: “ficamos no lucro”.

Bob Jungman, também companheiro do JT, não perdoou: “pobre, paupérrima Seleção… não se salva ninguém”.

Como diz a bela canção de Vinicius de Morais e Edu Lobo, eternizada na voz da saudosa Elis Regina: “Valha-me, Deus, nosso Senhor do Bonfim”…

Melhores (?) momentos:

https://youtu.be/lBHckY1yQKA?si=Q8E8TyxlSD7ZO5xk

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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1 thought on “Esta é a nossa Seleção. Blog Mário Marinho

  1. Um detalhe, que em mim, palmeirense, bateu forte: por que escalar o fenômeno Estêvão apenas nos acréscimos do segundo tempo? E por que, em duas claras tentativas dele de ir até o fundo do campo, foi ignorado por Luiz Henrique, que preferiu perder a bola com seus dribles previsíveis?

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