Codinome. Por José Horta Manzano
Foi na ditadura militar que o termo codinome apareceu. É de uso restrito. Costumava ser atribuído aos que pegavam em armas para combater o regime. A ditadura acabou, mas tem gente que usa o termo até hoje.
Quando alguém ou algo é chamado por um nome que não é o seu, há várias maneiras para dar nome ao nome – se é que ouso me exprimir assim.
Entre nós, a forma mais usada é apelido.
Ex: O nome dele é Antônio mas o apelido é Tonico.
Em Portugal, preferem utilizar alcunha.
Ex: Este é o tão falado Rayovaque, cuja alcunha é “Rei”.
Cognome é palavra mais rara. Substitui apelido e alcunha.
Ex: No soldado mais valente, puseram o cognome de “Ludovico”.
Na linguagem da geração Z, está em voga o termo americano nick.
Ex: Ei, galera! A influenciadora é a Kriseldina. O nick dela é Kris.
Foi na ditadura militar que o termo codinome apareceu. É de uso restrito. Costumava ser atribuído aos que pegavam em armas para combater o regime. A ditadura acabou, mas tem gente que usa o termo até hoje.
Ex: O guerrilheiro mais ousado do grupo leva o codinome de “Ludovico”.
No exemplo acima, convém substituir codinome por “nome de código”. O melhor é deixar a expressão codinome morrer de morte morrida. Que se use uma palavra que não evoque período tão obscuro.
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JOSÉ HORTA MANZANO – Escritor, analista e cronista. Mantém o blog Brasil de Longe. Analisa as coisas de nosso país em diversos ângulos, dependendo da inspiração do momento; pode tratar de política, línguas, história, música, geografia, atualidade e notícias do dia a dia. Colabora no caderno Opinião, do Correio Braziliense. Vive na Suíça, e há 45 anos mora no continente europeu. A comparação entre os fatos de lá e os daqui é uma de suas especialidades.
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