Mengo

Mengo com uma das mãos na Taça. Blog Mário Marinho

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Mengo com uma das mãos na Taça…

Mas que fique bem claro.

Ensina a experiência que só uma das mãos só não é o bastante para ter a Taça para si e levantá-la em comemoração.

São necessárias as duas mãos.

Porém, é inegável que a vantagem conseguida pelo Flamengo no jogo deste domingo, no Maracanã, é muito boa, é grande, é considerável.

Sei que nem todos vão concordar comigo, mas a vitória e o placar foram absolutamente justos.

O Flamengo impôs o seu jogo, determinou o ritmo teve o melhor jogador em campo, Gérson, clássico, soberbo e também o protagonista da tarde: Gabigol.

Gérson desfila em campo, fazendo lembrar grandes médios-volantes do futebol brasileiro: Zito, Clodoaldo, Falcão, Piazza, Toninho Cerezo, Dino Sani.

E Gabigol robou a cena com os dois gols que marcou, com sua presença que preocupa o adversário e até mesmo com a rápida discussão que teve com o técnico Felipe Luís, até outro dia um companheiro de gramado.

Bateram boca, mas após o jogo tudo ficou numa boa.

O Atlético demorou muito a se encontrar em campo.

O primeiro tempo inteiro a sua defesa apresentou falhas, abrindo espaços para os atacantes do Mengo.

Na frente, Hulk e Paulinho recebiam poucas bolas, na maioria das vezes bolas quadradas.

Escalar o Escarpa na lateral para aproveitar seu bom futebol de meio-campista acabou sendo uma manobra que não surtiu os efeitos desejados.

No segundo tempo, o Galo melhorou, mas, não o bastante para virar o jogo.

Acabou levando um gol e, já quase ao final, marcou o seu.

Já não havia tempo para uma reação em cima do forte e bem escalado Flamengo.

A Arena MRV, em Belo Horizonte, receberá o jogo decisivo no próximo domingo.

A vantagem do Flamengo é grande, mas nada está decidido.

Com toda certeza, o mantra do Galo – “Eu acredito!” – mais do que nunca será cantado a plenos pulmões.

Será uma grande decisão.

Melhores momentos do domingo:

https://youtu.be/yCT92vptCfg?si=-jS93otqvUu8uBlU

Dia de

Finados.

No dia 1º de Novembro de 1964, eu e a Vera – que ainda não era Sofia – fizemos um passeio talvez um pouco inusitado: fomos ao cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.

Talvez inusitado aos olhos de hoje. Na época, porém, era normal no Dia de Finados visitar o cemitério, mesmo sem um parente enterrado ali. Como era nosso caso.

Estávamos namorando a menos de uma semana – coisa de uns cinco dias.

Claro que não podíamos perder aquela chance de estar juntos.

Dois jovens já apaixonados.

Ela tinha completado 18 anos em agosto; eu iria completar 21 naquele mesmo mês de novembro.

Relembramos como foi aquele passeio agradabilíssimo e eu resolvi fazer um brinde em memória as pessoas que já nos deixaram.

Me servi de uma justa dose da Espírito de Minas, cachaça de respeito e brindei:

Ao Paulo Marinho, meu pai, que sempre gostou de uma cachacinha e tinha em casa, sempre, algumas das melhores cachaças de Minas.

A Celina Marinho, minha mãe, que nunca tomou uma cachaça mas tinha uma visão peculiar:

– Não existe cachaça ruim, ela dizia.

– Por que não, mamãe?

–  Por que toda vez que você, seu pai, seus irmãos, parentes, amigos, tomam um gole de cachaça dizem: está é da boa. Nunca vi alguém dizer: êta cachaça ruim!

Ela tá certa. Continuei o brinde.

Ao sô Antônio, Pai da Vera, e ao meu irmão Marco Antônio, que nunca gostaram de cachaça.

À dona Lígia, mãe da Vera, que, mesmo sem beber, achava cachaça melhor que cerveja.

A cerveja é muito amargosa”, dizia ela.

Ao meu cunhado Ismar Antônio que sempre, como todo bom mineiro, sempre teve uma cachacinha mineira em casa.

A todos que já se foram e a todos nós que aqui estamos.

E entornei meu pequeno gole de Espírito de Minas.

Como eu e a Sofia quase não temos saído de casa, à noite recebemos a visita dos amigos Douglas e Olani.

Casal bem-humorado que não é de Minas, mas, gosta de um papo.

E conversa vai, conversa vem; um caso puxa o outro a conversa se estendeu das 20 horas até uma da manhã.

Quando nos despedimos já não era mais Dia de Finados. Mas eu repeti o brinde.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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