A absurda selvageria contra os cruzeirenses. Blog Mário Marinho
Selvageria – Não há justificativa nenhuma para a escalada de violência que atinge o futebol.
Não há justificativa nenhuma para a escalada de violência que atinge o futebol.
As cenas dos torcedores do Peñarol no Rio, na semana passada, depredando, agredindo, roubando, incendiando veículos, motos etc. devem ter deixado mortos de vergonha os uruguaios do bem que formam, felizmente, a imensa maioria do seu povo.
Nada justifica, como disse acima.
Agora, o que fizeram vândalos, bandidos covardes, que se intitulam torcedores do Palmeiras, contra torcedores do Cruzeiro na rodovia Fernão Dias (que liga São Paulo a Belo Horizonte) ao amanhecer do domingo ultrapassa, deixa longe qualquer mínimo resquício de civilidade.
Repito, nada justifica.
Mas é possível explicar.
Imagine que uma turma de torcedores está indo ao estádio. No caminho, encontra a turma que torce para o adversário.
Começam as gozações, os desafios, alguém grita um palavrão, o outro responde com mais força. Eis que uma pedra passa raspando a cabeça de um e acerta em cheio o outro.
Daí os dois grupos passam ao enfrentamento físico.
Isso não deve acontecer. O futebol é momento de lazer, de alegria.
Mas a situação que descrevo acima pode acontecer e acaba ali mesmo, com um corre-corre, alguns tapas e outros carinhos.
Porém, não foi isso que aconteceu naquela manhã na Fernão Dias.
O Cruzeiro voltava de um jogo no Paraná.
O Palmeiras nem estava jogando.
De repente, os dois ônibus com torcedores cruzeirenses são atacados selvagemente.
Os vândalos, bandidos, assassinos, estão armados de porretes, canos de metal, barras de ferro e, pasmem!, arma de fogo.
Uma emboscada assim requer planejamento.
Planejamentos do nível que a gente assiste nos filmes: planejamento minucioso, ações cronometradas, tudo pensado.
Será que os vândalos-assassinos tinham elementos infiltrados no Paraná para acompanhar os dois ônibus e avisar para o ataque fatal em pré- determinado local da estrada?
Parece que sim.
De repente, a pancadaria desenfreada, desumana, selvagem.
Mesmo caídos, torcedores continuam sendo agredidos com socos, pontapés, pancadas com barras de ferro, pedras e outras armas.
Um deles não se levanta.
Levado para um hospital da região, não resiste aos ferimentos e morre. Morre devido a múltiplos ferimentos.
É apenas um rapaz de 30 anos, um torcedor que deixa um filho de 10 anos.
Quem matou? Quem vai ser punido?
Como acontece nesses tipos de crime, não há um culpado único e, portanto, não haverá uma punição exemplar.
É um time de crime perfeito, cometido à frente de várias, centenas, de testemunhas no qual, o assassino sai livre, leve e solto.
Até quando?
Ou como já se ouvia na Roma antiga, quousque tandem?
Quantas vítimas serão necessárias, até que os homens de bem – sim, os há – encontrem uma solução?
O Galo
na Europa
Bruno Peixoto é meu sobrinho. Já alguns anos, ele se mudou para Portugal, para onde levou a jovem esposa Mônica. Os dois se somaram e multiplicaram e agora são quatro com a chegada do Murilo e, mais recentemente, da Katarina.
Além da Mônica, ele levou também para a Europa sua outra Paixão: o Atlético Mineiro.
E lá, entre um pão de queijo daqui e um uai dali, se encontrou com outros mineiros atleticanos e hoje faz parte do Consulado do Galo.
Segue o relato do Bruno:
“Somos Consulado do Galo, que são torcedores do Atlético Mineiro que se reúnem em clima de amizade para assistir aos jogos do Galo. Temos consulados em várias cidades do Brasil e do mundo.
Aqui na Europa, anualmente, desde 2016, o EuroGalo se reúne para festejar a nossa atleticanidade. A cada ano um consulado organiza o encontro que acontece sempre na última semana de outubro.
A foto acima mostra os participantes do encontro e foi tirada no Parque Eduardo VII, aqui em Lisboa.
O encontro teve a presença de mais de 150 pessoas e parte delas, está na foto.
No ano que vem o Consulado Galo Irlanda nos receberá!
Aqui na Europa temos os consulados Madrugalo (Madrid), Portugalo (Lisboa), Galo Douro (Porto), Bragalo (Braga), Coq Fou (Paris), Galondres (Londres), Galo Irlanda (Dublin), AmsterCam (Amsterdan), DeutschGalo (Munique), Noruegalo (Noruega), Galo Polska (Polônia).
O Clube Atlético Mineiro reconhece oficialmente os consulados do Galo.
Não existem fronteiras para o amor ao Galo!”
Parabéns, Bruno, pela atleticanidade!
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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