Vai, Corinthians! Blog Mário Marinho

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…Vai Corinthians! Ecoava pelo Pacaembu e depois pelos estádios de um modo geral. Foi ouvido em diversas partes do mundo, inclusive no Japão, quando do título de Campeão Mundial.

Vai, Corinthians! Blog Mário Marinho

O grito de incentivo era ouvido poucos minutos antes de o Corinthians entrar em campo no Pacaembu.

Vinha o grito da voz potente do corintiano Chico Mendes pelos lados das numeradas (pelo menos no Pacaembu) e todos já identificavam que estava chegando esse corintiano fanático com seu enorme chapéu e o inseparável e exagerado charuto.

Vai Corinthians! Ecoava pelo Pacaembu e depois pelos estádios de um modo geral. Foi ouvido em diversas partes do mundo, inclusive no Japão, quando do título de Campeão Mundial.

Aliás, tornou-se diversão dos corintianos lá no Japão, ensinar aos japoneses a pronunciar o grito.

Mas foi ouvido até em finais de tênis em Roland Garros. Também no vestiário do Fiorentina, na comemoração pela classificação para a final da Copa da Uefa. Um grito até identificado: foi dado pelo zagueiro mineiro Igor Júlio que defendia o Fiorentina, em julho de 2023.

O grito, hoje, vem acompanhado de uma pergunta pronta criada pelos anticorintianos: “Para onde?” “Vai para onde”?

É que a situação do Corinthians está para lá de complicada.

O Timão recebe hoje, terça-feira, 20, na NeoQuímica, o Bragantino em disputa das oitavas-de-final da Copa Sul-Americana.

Entra em campo embalado pelos 40 mil torcedores de sempre e com vantagem: ganhou o primeiro jogo por 2 a 1 e precisa apenas do empate para se classificar.

Então, tá fácil – dirá o corintiano mais apaixonado do que o normal.

Não, não está.

Do jeitos que as coisas estão hoje, se o adversário for a seleção de Ribeirão das Neves (minha terra natal) há dúvidas sobre o favoritismo do Corinthians.

Tá bom, pode ser um exagero. Mas o corintiano sabe que é uma hipérbole com grandes chances de se concretizar.

Mais preocupado com o destino do Corinthians está o meu amigo, jornalista e, claro, corintiano Alberto Chamas.

Ele manda um zap:

– Marinho, com o empate do Vitória ontem, 2 a 2, com o Cruzeiro, o Corinthians voltou à zona de rebaixamento do Brasileirão. Tá cada vez mais difícil de sair dessa zona. Sem trocadilho!

Pois é, Chamas. O Corinthians parece estar gostando desta situação: volta e meia, lá está ele entre os quatro últimos colocados.

Mas, se o Alberto Chamas está preocupado com a situação dentro de campo, fora as coisas não estão muito diferentes.

Leio aqui no Estadão que o Corinthians teve suas contas bloqueadas bancárias mais uma vez pela Justiça, em processo movido pelo empresário André Cury. Ele cobra do clube cerca de R$ 23 milhões.

São cinco ações com R$ 23 milhões no total das dívidas.

Aliás, assim como no campo do futebol, no campo da Justiça o Corinthians não tem conseguido muitas vitórias.

Ontem, 19, mas uma derrota.

A Justiça proibiu o Corinthians de negociar o passe de jogadores que pertencem ao empresário André Cury de serem negociados antes que as dívidas sejam pagas totalmente.

Pertencem ao empresário: Carlos Miguel, Wesley, Yuri Alberto, Pedro Raul, Biro e Giovani.

Ouvi hoje um importante ex-dirigente do Corinthians sobre esse relacionamento com o empresário. Eis o que ele disse.

– Pode ficar parecendo que o empresário está prejudicando o Corinthians, mas ele está no direito dele. Esses jogadores foram comprados por ele. Portanto, tem todo direito de cobrar.

Tem outro aspecto que o ex-dirigente corintiano ressalta:

– Quando o Clube fica sem direito para quitar uma dívida, a quem ele recorre? Ao empresário. É prática recorrente no nosso futebol: muito clubes devem altas granas a empresários. É uma graninha aqui, outra ali, mais outra. Somam-se juros na pagos e que nem sempre são modestos e, quando se vê, a dívida se torna vultosa. Caminha para o impagável.

Como dizia Silvio Santos: “Do mundo não se leva nada…”

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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