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Liderança feminina. Por Meraldo Zisman

LIDERANÇA FEMININA E A CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MAIS PACÍFICO

… A inclusão de mulheres em posições de liderança pode trazer novas perspectivas e abordagens para questões globais, como a paz e a segurança, que historicamente foram dominadas por uma perspectiva masculina e frequentemente militarista…

A discussão sobre igualdade de sexo, poder e as possibilidades de um futuro mais pacífico e justo é essencial e multifacetada, abrangendo diversas áreas como política, sociedade, cultura e economia. A igualdade de sexo é a ideia de que todos os indivíduos, independentemente de seu sexo, devam ter os mesmos direitos, oportunidades e respeito na sociedade.

Historicamente, as mulheres têm sido sistematicamente marginalizadas e excluídas de muitas esferas de poder, desde a política até ao mundo corporativo e artístico. Questiona-se como o poder e a governança poderiam ser diferentes se estivessem nas mãos de mulheres. Estudos e pesquisas indicam que as mulheres líderes tendem a adotar estilos de liderança mais colaborativos e inclusivos, focando na construção de consenso e na resolução pacífica de conflitos. Por exemplo, países liderados por mulheres, como a Nova Zelândia sob Jacinda Ardern, têm sido elogiados por suas respostas eficazes e compassivas a crises, incluindo a pandemia de COVID-19.

A ideia de um mundo governado por mulheres não é apenas uma questão de trocar uma elite masculina por uma feminina, mas sim de reimaginar as estruturas de poder de forma que promovam a justiça, a equidade e a paz. A inclusão de mulheres em posições de liderança pode trazer novas perspectivas e abordagens para questões globais, como a paz e a segurança, que historicamente foram dominadas por uma perspectiva masculina e frequentemente militarista.

Questiona-se: a presença feminina na liderança poderia reduzir a incidência de guerras e conflitos?

A resposta a essa pergunta não é simples, mas há evidências que sugerem que a liderança feminina pode contribuir para um ambiente mais pacífico. As mulheres tendem a priorizar políticas de bem-estar social, educação e saúde, áreas que podem contribuir para a estabilidade e a paz a longo prazo. Além disso, as mulheres muitas vezes se destacam em negociações e mediações, habilidades essenciais para a solução de conflitos.

Vale salientar que a luta pela igualdade de sexo também está intrinsecamente ligada à justiça social e econômica. Mulheres em todo o mundo continuam a enfrentar disparidades salariais, acesso desigual à educação e cuidados de saúde, e uma representação insuficiente em posições de poder. Ao promover a igualdade de sexo, estamos trabalhando em direção a uma sociedade onde todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades de prosperar e contribuir para o bem comum. Elas ajudam a mudar narrativas e percepções, desafiando o status quo e inspirando futuras gerações. Quando meninas e mulheres veem outras mulheres sendo reconhecidas e celebradas por suas contribuições, isso pode inspirar confiança e ambição, fomentando um ciclo virtuoso de empoderamento.

A discussão sobre igualdade de sexo, poder e a possibilidade de um futuro mais pacífico e justo é vital e contínua, destacando a necessidade de inclusão, equidade e reimaginação das estruturas de poder. Ao celebrar e amplificar as vozes femininas, estamos dando passos importantes em direção a um mundo onde a igualdade de sexo não seja apenas um ideal, mas uma realidade prática e vivida.

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Meraldo Zisman – Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.
Relançou “Nordeste Pigmeu”. Pela Amazon: paradoxum.org/nordestepigmeu

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