Menina de Ouro! Blog Mário Marinho
Menina de Ouro – A conquista hoje de Rebeca tem um sabor especial, pois deixou em segundo lugar a americana Simone Biles, uma quase Pelé…
Foi lindo! Foi emocionante! Foi espetacular!
E poderia seguir por aqui adjetivando ainda mais a conquista maiúscula do Ouro.
Mesmo para quem, como eu, não entende tecnicamente dessa arte, Rebeca poderia ter saído hoje com duas medalhas.
Na apresentação da trave ela mesma reconheceu que houve falha de conexão.
Uma falha tão pequena como aquela unha milimétrica que derruba um gol no futebol.
E, se no futebol a decisão é matemática, na ginástica artística não é bem assim. Para muito que conhecem tecnicamente a arte da ginástica de solo, Rebeca merecia pelo menos a medalha de bronze na trave.
Mas os deuses do olimpo assim não quiseram.
Talvez para valorizar ainda mais, encher ainda mais de emoção a conquista do ouro.
O Brasil não é um país Olímpico. Vivemos de conquistas individuais, de heróis e heroínas que aparecem graças ao trabalho de pessoas abnegadas e da perseverança e dedicação de meninas como a Rebeca e a Bia, também ouro nessa Olimpíada.
A primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro olímpica foi Maurren Maggi. Ela fez história nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, quando venceu a prova de salto em distância. Maurren se tornou a primeira mulher brasileira campeã olímpica individual, quebrando um jejum de 88 anos.
Antes dela, tivemos outras mulheres brasileiras que também alcançaram feitos notáveis, como Ketleyn Quadros, que conquistou o bronze no judô em 2008, e Adriana Behar e Shelda Bede, que ganharam a prata no vôlei de praia em 1996.
A conquista hoje de Rebeca tem um sabor especial, pois deixou em segundo lugar a americana Simone Biles, uma quase Pelé em sua especialidade.
Foi um pódio inesquecível, com três mulheres negras, bonitas, heroicas, fortes e sorridentes.
Parabéns, Meninas!
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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