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Bia de Souza : Ouro na Olimpíada

Ouro com emoção. Blog Mário Marinho

 

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Bia de Souza : Ouro na Olimpíada

Disputar uma Olimpíada é bom.

Vencer numa Olimpíada é muito bom.

Conquistar o ouro numa Olimpíada é ótimo, é espetacular, é super-emocionante.

As lágrimas, os sorrisos, os abraços, as congratulações correm o nosso país de ponta a ponta com a conquista da super simpática e competente Bia de Souza, brasileira-paulista de 26 anos de idade.

Seu corpanzil de 1,78 metro de altura e 115 quilos pareceu pequeno para conter tanta emoção, tanta alegria.

Beatriz de Souza chegou a Paris discretamente, longe dos holofotes que iluminam os favoritos de uma competição.

Bia,  já detentora de uma carreira repleta de conquistas, venceu quatro lutas para chegar ao tão sonhado ouro.

Estreou contra Izayana Marenco, da Nicarágua, e não teve dificuldade para avançar com um ippon. Na luta seguinte, válida pela quartas de final, encarou a sul-coreana Hayun Kim, medalhista de bronze no Campeonato Mundial deste ano. Em um combate duríssimo, a brasileira conseguiu reverter uma entrada da asiática e aplicou um waza-ari para seguir na chave.

A semifinal prometia ser uma guerra. E foi. Contra a francesa Romaine Dicko, esperança de ouro local e número 1 do ranking mundial, Bia tinha retrospecto desfavorável.

Mas nem mesmo o apoio da torcida local a abalou. A paulista, dona de três medalhas em Mundiais sênior (uma prata e dois bronzes) fez uma luta sólida, dominou o combate e bateu a rival com uma imobilização que fez a europeia desistir.

Menina

agitada

O que poderia ser muito ruim – a condição de menina agitada – fez nascer a nossa medalha de Ouro.

Ela conta que desde menininha já era grande e acima do peso. Além disso, muito agitada.

Para controlar a futura campeã, seu pai, Poseidonio José de Souza Neto, um ex-atleta do esporte, levou-a ao treinos.

A menina se encantou.

Aos 13 anos, a família se mudou de Peruíbe, litoral de São Paulo, para a Capital.

Levada pelas mãos de seu pai, ela foi para o Palmeiras, onde treinou natação.

Mas seu destino já parecia traçado, quando ela foi levada para o Pinheiros Esporte Clube, que defende até hoje, e pelo qual já conquistou muitas medalhas.

A grandalhona Bia se desmanchou em lágrimas após a conquista. Fez emocionado agradecimento aos pais que a ajudaram, ao marido, também ex-judoca, e, em especial, a sua avó que morreu há cerca de 60 dias.

A agitada menina de ouro ainda tem uma luta pela frente em Paris e depois quer voltar correndo para casa e abraçar todo mundo.

– Quero abraçar e beijar todo mundo, se possível, o mundo todo. Ah!, se eu encontrar aí pela rua algun conhecido e não cumprimentar, não pense que eu fique mascarada. É que sem meus óculos eu não enxergo nada.

Imagina se enxergasse…

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BIA DE SOUZA – vitória!

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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