O show e a quase tragédia. Blog Mário Marinho
Show! Show!
Quis o destino que as duas competições que reúnem a nata do futebol mundial, a Eurocopa e a Copa América, fossem disputadas na mesma época, nos mesmos dias e tivessem a final no mesmo domingo, separadas por apenas algumas horas. Foi um domingo e tanto.
Pela manhã, vimos a confirmação do novo ídolo do tênis, o espanhol Carlos Alcaraz, de 21 anos, que derrubou o outrora imbatível sérvio Novak Djokovic, com uma facilidade irritante, como diria um meu velho professor de matemática: 3 a 0.
Foi vitória conquistada em apenas 2h50 min, metade do tempo previsto para um jogo dessa grandeza.
Estava começando bem o domingo dos espanhóis.
A 1.100 quilômetros de distância de Londres, em Berlim, Alemanha e Espanha se encontraram para decidir o título da Eurocopa.
De um lado, os ingleses tinham Judge Bellingham, candidatíssimo ao título de melhor do ano da Fifa.
Do outro lado, a Espanha apresentava Lamine Yamal, que completou 17 anos neste fim de semana, sensação na Euro e promessa de futuro encantador para quem gosta do futebol.
Foi jogo difícil, duro, disputado.
Mas a vitória ficou com o melhor: por 2 a 1, a Espanha ficou com o título, o seu quarto título na Eurocopa.
Merecidíssimo.
Lá nos Estados Unidos tudo pronto para o espetáculo que os norte-americanos gostam de transformar seus eventos.
Mas antes de começar o jogo o que se viu foi um show de horrores.
Houve um atraso de cerca de uma hora e meia para começar o jogo. Desorganização e bagunça capazes de envergonhar qualquer humilde país do terceiro mundo. Ou quarto.
O show norte-americano ficou por conta da truculência que mostra o despreparo de seus policiais.
Milhares e milhares de torcedores, com ingressos ou sem eles, se aglomeraram nas entradas do estádio onde se tornaram presas fáceis nas mãos de seus rambos.
Torcedores eram empurrados, jogados ao chão, agredidos numa sucessão incrível e interminável de animalesca força.
Por pouco, muito pouco mesmo, não aconteceu uma tragédia.
O começo do jogo foi adiado e depois adiado novamente, chegando, o atraso, a 90 minutos – o tempo de um jogo de futebol que, normalmente, é pacífico.
Antes mesmo de começar a Copa América, uma surpresa: os estádios não tinham a medida oficial determinada pela Fifa.
Mas, como? uma competição oficial da Fifa fora de seus padrões?
Pois assim foi e alguns gramados apresentavam falhas imensas, alguns com placas de gramas totalmente desniveladas.
Estamos falando de um torneio continental.
Imagine o que poderá acontecer num torneio mundial como a Copa do Mundo da qual os Estados Unidos serão um dos organizadores!
Mas finalmente a bola rolou.
Aí falou a linguagem do futebol isenta da violência e desorganização da terra do Tio Sam.
Dentro de campo, Argentina e Colômbia fizeram um belo espetáculo.
E a vitória ficou com o melhor, a Argentina, que conquistou seu 16 º título sul-americano.
Mesmo sem contar com o grande ídolo, Messi, muitas vezes eleito o melhor do mundo, que saiu contundido.
Parabéns, a Los Hermanos!
Vitória da Argentina:
https://youtu.be/-dhvaOMEhQ4?si=UwIwSY7EeALspy6b
Vitória da Espanha:
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Parabéns Mário Marinho, Jornalista com J maiúsculo o Show também foi seu nessa claríssima análise sobre o domingo de esporte.
D. Mitico, fã incondicional de Jkovic, não se conformou ainda, até hoje, com o resultado das parciais do primeiro e segundo set…
O menino espanhol, Alcatraz, passou por cima do grande campeão sérvio, Djokovic!!!