Onde você estava naquele fatídico dia? Blog Mário Marinho

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Tenho certeza que você, por mais que tente não se lembrar, não tem jeito: aqueles 7 a 1 vão e voltam para te atazanar.

Eu sei que não é preciso, mas vou te lembrar: foi numa terça-feira, dia 8 de julho, no Mineirão, belo estádio de Minas Gerais, especialmente modernizado para os jogos da Copa do Mundo.

Eu assisti ao jogo com uma turma de amigos no Parque Continental Clube, aqui na Zona Oeste de São Paulo.

O jogo estava lá e cá. Um tanto morno, mas dava para assistir.

Tive que sair da frente da televisão para atender a um problema qualquer. Coisa rápida, voltei cinco minutos depois.

Ao me afastar, a Alemanha já ganhava por 1 a 0. Quando voltei, repito, cinco minutos depois, a Alemanha já vencia por 4 a 0. Três gols em menos de cinco minutos.

Não queria acreditar.

Foi a maior humilhação sofrida pela Seleção Brasileira.

Maior e tão dolorida quanto a derrota para o Uruguai, 2 a 1.

Eis os gols da Alemanha:

Muller, aos dez, Klose, aos 22, Kroos, aos 23 e aos 25, e Khedira, aos 28 minutos do primeiro tempo; Schurrle, aos 23 e aos 33 minutos do segundo tempo.

Oscar marcou para o Brasil aos 44 do segundo tempo.

Relembre o time daquela humilhação:

BRASIL: Júlio César; Maicon, David Luiz, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo e Fernandinho (Paulinho); Bernard, Oscar e Hulk (Ramires); Fred (Willian)

Pois é, hoje, dia 8 de julho, estamos completando 10 anos daquela doideira.

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Há menos de 72 horas, sofremos outra triste derrota: a eliminação da Copa América.

O Brasileiro fica indignado: mas nem Copa América?!

Aí vejo algumas pessoas comentando que depois daqueles 7 a 1 nunca mais ganhamos nada.

Na verdade, o nosso declínio começou bem antes.

Nosso último grande feito, digno de elogios, foi a conquista da Copa do Mundo de 2002, aquela final espetacular contra quem? Sim, contra a Alemanha.

Em 2006, na Alemanha, outro fiasco: caímos nas quartas de final contra a França, aquele gol marcado por Tierry Henry.

O técnico Carlos Alberto Parreira.

Em 2010, sob o comando de Dunga, nova eliminação, no dia 02-07-2010, fomos mandados para casa pelos Holandeses.

Veio 2014, nem é bom falar. O Comandante era Luiz Felipe Scolari.

Em 2018, na Rússia, coube à Bélgica a tarefa de eliminar o Brasil: 2 a 1. Com Tite.

A CBF, numa atitude acertada, manteve o técnico Tite no cargo para a Copa seguinte, que seria no Catar.

Mas o resultado final foi o mesmo.

Depois de empate, 1 a 1, no tempo normal, coube à Croácia, nos pênaltis, manter o Brasil fora de uma final de Copa do Mundo.

E, em 2026, a quem caberá essa tarefa?

Agora, nem Copa América a gente ganha.

Se pensar direitinho, nem chega a ser um espanto. A Copa América reúne as principais seleções da América. Antigamente era só da América do Sul.

É mais fácil?

Que nada! Nosso calvário continua.

E vai continuar a partir de setembro, quando voltarmos a disputar as Eliminatórias da Copa do Mundo.

Se você não se lembra, eis o lembrete: somos o sexto colocado nessa competição que reúne os 10 países da América do Sul.

Pasme você: o sexto!

Por enquanto  estamos nos classificando, porque são seis os países que se classificarão.

Na verdade, são sete porque há uma vaga para a repescagem.

Mas, convenhamos, se precisar de repescagem para se classificar entre seis na América do Sul, o melhor é nem comparecer.

PS – Voltando à Copa América, são injustas as críticas que se fazem ao técnico Dorival Jr. pelo fato de ele não ter participado da “rodinha” dos jogadores brasileiros pouco antes das cobranças de pênaltis que eliminaram o Brasil contra o Uruguai.

A tevê mostrou que em outras decisões por pênaltis, no Flamengo e no São Paulo, o Dorival teve a mesma atitude: chegou perto da rodinha e, depois de abraçar o goleiro (no caso, o Alisson e lhe desejar sorte), se afastou. Segundo o comentarista Caio Ribeiro, essa é a atitude normal em um técnico, pois aquele momento é considerado dos jogadores.

VERGONHA

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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