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A influência dos evangélicos nas eleições brasileiras. Por Meraldo Zisman

A influência dos evangélicos nas eleições brasileiras tem se mostrado cada vez mais significativa e estratégica nas últimas décadas.

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A influência dos evangélicos nas eleições brasileiras tem se mostrado cada vez mais significativa e estratégica nas últimas décadas. Este grupo religioso, que representa uma parcela expressiva da população, tem exercido um papel crucial na definição de agendas políticas e na mobilização de eleitores, especialmente alinhados a pautas conservadoras.

Desde 2010, observamos um aumento na participação política de líderes evangélicos e na formação de bancadas parlamentares que defendem valores tradicionais e morais, como a família e a oposição a pautas progressistas, como o direito ao aborto e os direitos LGBTQIA+. Essa mobilização tem sido fundamental para consolidar uma base eleitoral robusta, capaz de influenciar decisivamente o resultado de eleições majoritárias e proporcionais. Nas eleições presidenciais de 2018, por exemplo, candidatos que receberam apoio explícito de líderes evangélicos foram capazes de capturar inúmeros votos desses eleitores, contribuindo significativamente para a sua ascensão ao poder.

A relação próxima entre políticos e lideranças religiosas evangélicas tem resultado em políticas públicas que refletem os interesses e valores desse segmento da sociedade brasileira. Além do apoio eleitoral direto, os evangélicos também desempenham um papel importante na formulação de debates e na orientação de posicionamentos políticos dentro do Congresso Nacional. Suas vozes são frequentemente decisivas em temas controversos e na definição de agendas legislativas que impactam diretamente a vida cotidiana e os direitos civis no Brasil.

Para as próximas eleições presidenciais, a influência dos evangélicos é esperada para continuar moldando o cenário político nacional. A capacidade de mobilização desses eleitores e sua organização coletiva em torno de questões religiosas e morais prometem ser fatores determinantes na disputa pelo poder político, destacando a importância estratégica desse grupo na política brasileira contemporânea.

Assim, compreender a influência dos evangélicos nas eleições brasileiras não se limita apenas à análise demográfica ou religiosa, mas representa um elemento crucial para entender as dinâmicas eleitorais e a formação de governos no país. A intersecção entre religião e política continua a ser um campo fértil para debates e reflexões sobre o futuro da democracia e da representação política no Brasil.

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Meraldo Zisman – Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.
Acaba de relançar “Nordeste Pigmeu”. Pela Amazon: paradoxum.org/nordestepigmeu

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