Copa América

Copa América: estamos perto do fim? Blog Mário Marinho

Copa América

Pode parecer pessimismo e até mesmo certo açodamento de minha parte.

Pode ser.

Mas, como ser otimista depois do péssimo futebol que a nossa Seleção apresentou na estreia frente à fraquíssima e ingênua Seleção de Costa Rica?

Como não ficar açodado, apressado ou mesmo afobado diante da pasmaceira que tomou conta de nossas principais estrelas e esperanças como Vini Jr., Rodrygo e Endrick que não sei se contaminaram ou estavam contaminados pela calma excessiva do Glacial Dorival Jr?

O campo tem dimensões menores e o gramado é ruim, concordo. Mas não conseguir marcar um golzinho na Costa Rica é realmente preocupante.

Nosso adversário agora será o Paraguai, infinitamente mais competente e perigoso que os valentes rapazes costa-riquenhos.

E mais: some-se a isso a rivalidade existente entre nosso país e o Paraguai. Rivalidade que extrapola o campo de futebol.

Aliás, historicamente o Paraguai sempre foi um adversário difícil, não por sua técnica, sua competência, mas, principalmente por essa histórica rivalidade.

Então, vamos enfrentar amanhã um time que joga mais, muito mais, que a Costa Rica e impulsionado pela vontade de vencer.

Vamos começar com Endrick ou ele ficará no banco como tem acontecido?

Sobre Endrick, veja a opinião que o leitor e amigo Diniz Cepeda me enviou:

Nós, saudosistas do futebol arte, não poderíamos ter gostado do vimos na estreia da nossa Canarinho, nesta Copa América. Muito embora tenhamos martelado aos costarriquenhos o tempo todo!!

Mas, não consigo entender a postura do Endrick! Ele ficou andando o tempo todo (nos 25 e poucos minutos que entrou!) na entrada da área. Parecia que não estava a fim de jogo!! Já o outro menino, o Savinho, em muito menos tempo, mostrou ao que veio!!!

 Ah, que saudades do menino Pelé aos 17 anos!!!!”

Sim, somos saudosistas porque vimos a Amarelinha sendo defendida por craques que, parece, amavam muito mais essa Amarelinha.

Saudosismo não é defeito. Querer o melhor não é defeito.

Em outros tempos, mesmo pós Pelé, não estaríamos apreensivos com a possibilidade de encerrar nossa participação na Copa América na sua primeira fase.

Deus queira que eu esteja sendo apenas açodado saudoso.

Os campos

dessa Copa

Trago aqui também a opinião de outro amigo leitor – todos os leitores são amigos – sobre os estádios da Copa América:

É um absurdo a Fifa permitir que seja disputada uma Copa continental, oficial, em gramados com a dimensão fora dos padrões normais estabelecidos pela própria Fifa.

Meu filho até me perguntou: Pai, mas 20 metros quadrados fazem tanta diferença assim?

Não fazem diferença para mim e para você, mas, para atletas de alto rendimento 20 metros quadrados parecem um latifúndio. Sim, fazem muita diferença. Na Europa, disputar uma competição como a Eurocopa em campos assim, seria considerado um sacrilégio”.

E em apoio à tese levantada pelo advogado Ricardo Pinheiro, um amante do futebol, no diálogo com o filho, eis uma informação: o número de gols dessa fase da Copa América é o menor de todas as edições, desde 1975, quando o Campeonato Sul-Americano passou a se chamar Copa América.

Veja os números:

2024 (depois de 12 jogos) – 1,83

2021 – 2,32

2019 – 2,31

2016 – 2,84

2015 – 2,27

2011 – 2,08

2007 – 3,31

2004 – 3

2001 – 2,31

1999 – 2,85

1997 – 2,62

1995 – 2,65

1993 – 2,46

1991 – 2,81

1989 – 2,12

1987 – 2,54

1983 – 2,29

1979 – 2,52

1975 – 2,93.

O campo menor facilita e muito o trabalho dos times de menor qualidade técnica que podem, com mais facilidade, se agrupar na defesa.

Mas, isso não justifica o futebol sem criatividade, sem vontade, sem gana mostrado por nossa Seleção em sua estreia. Um futebol extremamente burocratizado.

Como Deus é brasileiro – embora o Papa, que parece mais próximo, seja argentino – vamos torcer para que o nosso futebol supere os minicampos e os péssimos gramados.

 Que

traulitada!

Ninguém, mas ninguém mesmo em sã consciência, podia imaginar que o todo poderoso Palmeiras do quase invencível Abel Ferreira, fosse tomar de três do Fortaleza.

E não só tomou com levou um baile e foi obrigado a ouvir o humilhante coro de olé!

Já se foi o tempo em que os times de São Paulo e do Rio iam disputar jogos no Nordeste como que vai para a festa.

Era macuco no embornal, como costumava dizer os mineiros jogadores de truco, arte na qual meu saudoso Pai, Paulo Marinho, era imbatível.

Macuco no embornal que dizer favas contadas. Ou vitória fácil.

Hoje, meu caro o buraco é mais embaixo.

Há três anos o Fortaleza é dirigido pelo técnico Juan Pablo Vojvoda, um argentino sério e competente. E lá no Castelão é quase imbatível.

Palmeiras que o diga.

Já na Neo

Química…

A custo de muito suor, o Corinthians escapou de humilhante derrota para o Cuiabá em plena Neo Química Arena.

O Cuiabá saiu na frente, marcando logo aos 4 minutos de jogo. O empate corintiano veio aos 39 minutos do segundo tempo. Nesse intervalo de tempo, o goleiro Matheus Donatelli defendeu um pênalti, ajudando o Timão a escapar na Bacia das Almas.

Mas, continua na Zona de Rebaixamento.

Quando eles

vão aprender?

Jogador de futebol tem mania de contestar a arbitragem.

É como se fosse humilhante para eles obedecerem à normas escritas do futebol e ao legítimo representante para aplicar essa normas, o juiz.

Na terça-feira, postei-me frente à televisão para o choque dos líderes: América MG, o meu América, contra o Avaí, lá na nossa casa, no Independência. Líderes da Série B.

Aos 54 segundo de jogo, o abusado Avaí fez 1 a 0, num belíssimo gol.

O jogo foi bom, bem disputado, com raça e técnica.

O América, obviamente, partiu pra cima do adversário, tentando se livrar do prejuízo.

No finalzinho de um primeiro tempo muito disputado, o meio-campista do América, Moises, segurou o atacante do Avaí para evitar um contra-ataque.

Como dita o manual de arbitragem, aquela jogada é para ser punida com cartão amarelo.

Foi o que fez o juiz.

Inconformado, Moisés, que, aos 36 anos já não é um garoto, partiu para cima do juiz reclamando do justo, justíssimo, cartão.

Como não conseguiu mudar a opinião do juiz, virou a costas e passou a aplaudi-lo ironicamente.

Tá lá no manual: caso de cartão amarelo.

Também tá lá no manual que dois cartões amarelo significam um vermelho e o juiz não teve dúvidas em fazer cumprir o manual.

E o América passou a jogar o finalzinho do primeiro tempo e todo o segundo com 10 jogadores, contra um time forte e bem armado.

Os dois times entraram em campo como o mesmo número de pontos, 21, dividindo, portanto, a liderança.

A irresponsabilidade do Moisés simplesmente tirava do América a condição de líder da Série B, por ter mais gols marcados que o adversário.

Ao finalzinho do jogo, entretanto, um pênalti, que realmente existiu, foi marcado a favor do América que, assim, empatou o jogo e manteve a liderança.

Não foi graças ao meio-campista Moisés que, ao que conta, é até um bom jogador.

Mas falta juízo.

BEM BOLADA Nº 8

CHEGOU! ELA ESTÁ AÍ: A BEM BOLADA NÚMERO 8

SIGA O LINK!

https://issuu.com/revistabembolada/docs/revista-bem-bolada-08_junho_24

Aí está a revista digital e mensal Bem Bolada, editada pelos jornalistas Mário Marinho e Silvio Natacci.
Como sempre, com boas entrevistas como esta com o jornalista Celso Unzente, o Mr. Memória do futebol brasileiro.
Outra boa entrevista com a experiente e muito competente Sílvia Vinhas.
E mais: matéria especiais, Biblioteca, Cadê Você, e um desafiador Quiz.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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