O doce sonho da estreia. Blog Mário Marinho Nada como a satisfação do dever cumprido após o jogo. Satisfação expressa nos aplausos e vibração dos torcedores; no sorriso dos jogadores titulares e reservas que se abraçavam e comemoravam o efeito que, antes do jogo, parecia impossível. Agora é possível até mesmo sonhar com participação mais efetiva nessa Copa América. E, por que não? - até mesmo a chegada a uma grande final. Por consequência, pode-se também sonhar com o título. Calma, meu amigo exigente leitor: eu não fiquei louco. Estou falando aqui da sensação que deve ter tomado conta da Seleção de Costa Rica e de seus animados torcedores. Afinal de contas, eles foram a estádio sabendo que enfrentariam a poderosa Seleção Brasileira, cinco vezes campeã do mundo. Futebol que já deu ao mundo Didi, Mazzola, Evaristo Macedo, Gylmar, Djalma Santos, Garrincha, Rivellino, Romário, Ronaldinho, Ronaldo Fenômeno, Rivaldo e, acima de tudo e de todos, o Rei Pelé. Mal sabiam eles, que o passado vencedor, brilhante e quase imbatível, não garantem um presente vencedor. Mesmo tendo Vinicius Jr., Rodrygo e... e... Mas a festa e a alegria dos costa-riquenhos são absolutamente verdadeiras, dignas de aplausos pois na cabeça deles, ainda está muito presente esse passado vencedor do Brasil. Passado, porque o presente apresentado no jogo de estreia, nesta segunda-feira, é apenas uma pálida sombra do que foi o futebol brasileiro. Está certo que a Costa Rica entrou em campo para buscar o empate, que, certamente, já lhes parecia missão impossível. Mas, cadê as arrancadas do Vinicius? Onde foram parar os dribles humilhantes de Rodrygo que a exagerada e apaixonada imprensa esportiva espanhola chama de Rayo? Só se for aquele raio, o raio que o parta. Muitos e muitos dias teve o Dorival Jr. para treinar essa equipe e o que vimos? Um time absolutamente previsível, burocrata ao extremo. Onde foi parar a nossa cantada e decantada criatividade? Lá fora de campo, um treinador que mais parecia um glacial anglo-saxão ou saxônico, aquele povo avesso às emoções que habitou a Grã-Bretanha. Povo formado de tribos germânicas que migraram para a ilha a partir da Europa continental e seus descendentes anglos, frísios, jutos e saxões além de grupos celtas britânicos. Povo que falava a língua celta insular conhecida como britânico comum. Assim, impávido e não colosso, ficou nosso treinador à beira do gramado. Eu aplaudi a escolha de Dorival Jr. para a Seleção. Mas, aquela postura gélida à beira do gramado não combina com o elã brasileiro. Cadê nosso calor, nossa vivacidade contagiante sempre presente em nossas vidas, em nossa literatura, em nossa música, em nossa arte e em nosso futebol que, também, é – ou era – uma arte? Prefiro o entusiasmo, às vezes exagerado, do Abel Ferreira. Aliás, se ao invés da Seleção lá estivesse a nos representar o Palmeiras, com Dudu ou sem Dudu, os pobres costa-riquenhos teriam sido massacrados. E Dorival, o Gélido, só foi mexer no time aos 25 minutos do segundo tempo. Foi quando entrou o garoto Endrick que, a bem da verdade, não produziu nada de bom. De bom mesmo, foram as poucas jogadas de outro garoto, o Savinho, capixaba revelado pelo Atlético Mineiro. Nosso próximo adversário será o Paraguai. Historicamente, o Paraguai gosta de endurecer jogo contra o Brasil, talvez por uma rivalidade que vem dos tempos da Guerra do Paraguai, travada nos anos 1864 a 1870 e que os paraguaios consideram como covarde massacre comandado pelo duque de Caxias. Mas, enfim, como cada jogo e é uma história, e como junho é o mês das fogueiras, quem sabe alguém acende uma fogueira ao lado do nosso Dorival Jr, o Gélido, e que o calor se espalhe e contamine nosso time. Quem sabe? De preferência, com Savinho em campo. Veja alguns lances do jogo: https://youtu.be/9mLUnD7fOa0?si=b5cbhH0R3kERdE-4 PS – Assistindo ao jogo desta segunda-feira, no estádio, estava Neymar. Ele deve ter pensado: “Mesmo assim, machucado, ainda tenho lugar nesse time”. Lambança? Bota lambança nisso. Você certamente já viu, e como viu, aquela mania irritante que toma conta do nosso futebol: a bola está lá na área adversária e, de repente, um jogador atrasa para o outro, o ouro atrasa mais, mais e mais até a bola volta ao seu goleiro. Mas você nunca viu uma bola atrasada como essa no jogo Sport 1 x 2 Novorizontino. https://youtu.be/_5E_fqy4-cg?si=XXxmLkEQP1mBfm2z

O doce sonho da estreia. Blog Mário Marinho

O doce sonho da estreia. Blog Mário Marinho Nada como a satisfação do dever cumprido após o jogo. Satisfação expressa nos aplausos e vibração dos torcedores; no sorriso dos jogadores titulares e reservas que se abraçavam e comemoravam o efeito que, antes do jogo, parecia impossível. Agora é possível até mesmo sonhar com participação mais efetiva nessa Copa América. E, por que não? - até mesmo a chegada a uma grande final. Por consequência, pode-se também sonhar com o título. Calma, meu amigo exigente leitor: eu não fiquei louco. Estou falando aqui da sensação que deve ter tomado conta da Seleção de Costa Rica e de seus animados torcedores. Afinal de contas, eles foram a estádio sabendo que enfrentariam a poderosa Seleção Brasileira, cinco vezes campeã do mundo. Futebol que já deu ao mundo Didi, Mazzola, Evaristo Macedo, Gylmar, Djalma Santos, Garrincha, Rivellino, Romário, Ronaldinho, Ronaldo Fenômeno, Rivaldo e, acima de tudo e de todos, o Rei Pelé. Mal sabiam eles, que o passado vencedor, brilhante e quase imbatível, não garantem um presente vencedor. Mesmo tendo Vinicius Jr., Rodrygo e... e... Mas a festa e a alegria dos costa-riquenhos são absolutamente verdadeiras, dignas de aplausos pois na cabeça deles, ainda está muito presente esse passado vencedor do Brasil. Passado, porque o presente apresentado no jogo de estreia, nesta segunda-feira, é apenas uma pálida sombra do que foi o futebol brasileiro. Está certo que a Costa Rica entrou em campo para buscar o empate, que, certamente, já lhes parecia missão impossível. Mas, cadê as arrancadas do Vinicius? Onde foram parar os dribles humilhantes de Rodrygo que a exagerada e apaixonada imprensa esportiva espanhola chama de Rayo? Só se for aquele raio, o raio que o parta. Muitos e muitos dias teve o Dorival Jr. para treinar essa equipe e o que vimos? Um time absolutamente previsível, burocrata ao extremo. Onde foi parar a nossa cantada e decantada criatividade? Lá fora de campo, um treinador que mais parecia um glacial anglo-saxão ou saxônico, aquele povo avesso às emoções que habitou a Grã-Bretanha. Povo formado de tribos germânicas que migraram para a ilha a partir da Europa continental e seus descendentes anglos, frísios, jutos e saxões além de grupos celtas britânicos. Povo que falava a língua celta insular conhecida como britânico comum. Assim, impávido e não colosso, ficou nosso treinador à beira do gramado. Eu aplaudi a escolha de Dorival Jr. para a Seleção. Mas, aquela postura gélida à beira do gramado não combina com o elã brasileiro. Cadê nosso calor, nossa vivacidade contagiante sempre presente em nossas vidas, em nossa literatura, em nossa música, em nossa arte e em nosso futebol que, também, é – ou era – uma arte? Prefiro o entusiasmo, às vezes exagerado, do Abel Ferreira. Aliás, se ao invés da Seleção lá estivesse a nos representar o Palmeiras, com Dudu ou sem Dudu, os pobres costa-riquenhos teriam sido massacrados. E Dorival, o Gélido, só foi mexer no time aos 25 minutos do segundo tempo. Foi quando entrou o garoto Endrick que, a bem da verdade, não produziu nada de bom. De bom mesmo, foram as poucas jogadas de outro garoto, o Savinho, capixaba revelado pelo Atlético Mineiro. Nosso próximo adversário será o Paraguai. Historicamente, o Paraguai gosta de endurecer jogo contra o Brasil, talvez por uma rivalidade que vem dos tempos da Guerra do Paraguai, travada nos anos 1864 a 1870 e que os paraguaios consideram como covarde massacre comandado pelo duque de Caxias. Mas, enfim, como cada jogo e é uma história, e como junho é o mês das fogueiras, quem sabe alguém acende uma fogueira ao lado do nosso Dorival Jr, o Gélido, e que o calor se espalhe e contamine nosso time. Quem sabe? De preferência, com Savinho em campo. Veja alguns lances do jogo: https://youtu.be/9mLUnD7fOa0?si=b5cbhH0R3kERdE-4 PS – Assistindo ao jogo desta segunda-feira, no estádio, estava Neymar. Ele deve ter pensado: “Mesmo assim, machucado, ainda tenho lugar nesse time”. Lambança? Bota lambança nisso. Você certamente já viu, e como viu, aquela mania irritante que toma conta do nosso futebol: a bola está lá na área adversária e, de repente, um jogador atrasa para o outro, o ouro atrasa mais, mais e mais até a bola volta ao seu goleiro. Mas você nunca viu uma bola atrasada como essa no jogo Sport 1 x 2 Novorizontino. https://youtu.be/_5E_fqy4-cg?si=XXxmLkEQP1mBfm2z

Nada como a satisfação do dever cumprido após o jogo.

Satisfação expressa nos aplausos e vibração dos torcedores; no sorriso dos jogadores titulares e reservas que se abraçavam e comemoravam o efeito que, antes do jogo, parecia impossível.

Agora é possível até mesmo sonhar com participação mais efetiva nessa Copa América.

E, por que não? – até mesmo a chegada a uma grande final. Por consequência, pode-se também sonhar com o título.

Calma, meu amigo exigente leitor: eu não fiquei louco!

Estou falando aqui da sensação que deve ter tomado conta da Seleção de Costa Rica e de seus animados torcedores.

Afinal de contas, eles foram a estádio sabendo que enfrentariam a poderosa Seleção Brasileira, cinco vezes campeã do mundo. Futebol que já deu ao mundo Didi, Mazzola, Evaristo Macedo, Gylmar, Djalma Santos, Garrincha, Rivellino, Romário, Ronaldinho, Ronaldo Fenômeno, Rivaldo e, acima de tudo e de todos, o Rei Pelé.

Mal sabiam eles, que o passado vencedor, brilhante e quase imbatível, não garantem um presente vencedor. Mesmo tendo Vinicius Jr., Rodrygo e… e…

Mas a festa e a alegria dos costa-riquenhos são absolutamente verdadeiras, dignas de aplausos pois na cabeça deles, ainda está muito presente esse passado vencedor do Brasil.

Passado, porque o presente apresentado no jogo de estreia, nesta segunda-feira, é apenas uma pálida sombra do que foi o futebol brasileiro.

Está certo que a Costa Rica entrou em campo para buscar o empate, que, certamente, já lhes parecia missão impossível.

Mas, cadê as arrancadas do Vinicius? Onde foram parar os dribles humilhantes de Rodrygo que a exagerada e apaixonada imprensa esportiva espanhola chama de Rayo?

Só se for aquele raio, o raio que o parta.

Muitos e muitos dias teve o Dorival Jr. para treinar essa equipe e o que vimos?

Um time absolutamente previsível, burocrata ao extremo. Onde foi parar a nossa cantada e decantada criatividade?

Lá fora de campo, um treinador que mais parecia um glacial anglo-saxão ou saxônico, aquele povo avesso às emoções que habitou a Grã-Bretanha. Povo formado de tribos germânicas que migraram para a ilha a partir da Europa continental e seus descendentes anglos, frísios, jutos e saxões além de grupos celtas britânicos. Povo que falava a língua celta insular conhecida como britânico comum.

Assim, impávido e não colosso, ficou nosso treinador à beira do gramado.

Eu aplaudi a escolha de Dorival Jr. para a Seleção. Mas, aquela postura gélida à beira do gramado não combina com o elã brasileiro. Cadê nosso calor, nossa vivacidade contagiante sempre presente em nossas vidas, em nossa literatura, em nossa música, em nossa arte e em nosso futebol que, também, é – ou era – uma arte?

Prefiro o entusiasmo, às vezes exagerado, do Abel Ferreira. Aliás, se ao invés da Seleção lá estivesse a nos representar o Palmeiras, com Dudu ou sem Dudu, os pobres costa-riquenhos teriam sido massacrados.

E Dorival, o Gélido, só foi mexer no time aos 25 minutos do segundo tempo.

Foi quando entrou o garoto Endrick que, a bem da verdade, não produziu nada de bom. De bom mesmo, foram as poucas jogadas de outro garoto, o Savinho, capixaba revelado pelo Atlético Mineiro.

Nosso próximo adversário será o Paraguai.

Historicamente, o Paraguai gosta de endurecer jogo contra o Brasil, talvez por uma rivalidade que vem dos tempos da Guerra do Paraguai, travada nos anos 1864 a 1870 e que os paraguaios consideram como covarde massacre comandado pelo duque de Caxias.

Mas, enfim, como cada jogo e é uma história, e como junho é o mês das fogueiras, quem sabe alguém acende uma fogueira ao lado do nosso Dorival Jr, o Gélido, e que o calor se espalhe e contamine nosso time. Quem sabe?

De preferência, com Savinho em campo.

Veja alguns lances do jogo:

https://youtu.be/9mLUnD7fOa0?si=b5cbhH0R3kERdE-4

PS – Assistindo ao jogo desta segunda-feira, no estádio, estava Neymar. Ele deve ter pensado: “Mesmo assim, machucado, ainda tenho lugar nesse time”.

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Lambança?

Bota lambança nisso.

Você certamente já viu, e como viu, aquela mania irritante que toma conta do nosso futebol: a bola está lá na área adversária e, de repente, um jogador atrasa para o outro, o ouro atrasa mais, mais e mais até a bola volta ao seu goleiro.

Mas você nunca viu uma bola atrasada como essa no jogo Sport 1 x 2 Novorizontino.

https://youtu.be/_5E_fqy4-cg?si=XXxmLkEQP1mBfm2z

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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1 thought on “O doce sonho da estreia. Blog Mário Marinho

  1. “…só se for raio que o parta.”.
    Você Mário Marinho, chamou o Dorival Jr, de gélido e eu diria gélido e xenófobo
    Quando o Tite foi dispensado e houve a expectativas de quem seria seu substituto, o Abel Ferreira e Dorival Jr estavam no páreo, só que o Abel levava nítida vantagem
    Entrevistado e despeitado, Dorival Jr, disse que ” preferia que fosse um brasileiro”…!
    Boa, Mário Marinho
    Parabéns pelo texto.

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