Justiça & Cidadania. Por Arnaldo Niskier
Estamos diante da Edição dos 25 anos de criação da Revista Justiça & Cidadania…
Estamos diante da Edição dos 25 anos de criação da Revista Justiça & Cidadania, dirigida por Thiago Santos Salles. Funcionou o tempo todo com o lema de defesa da ética, dignidade, moralidade, justiça e liberdade de imprensa.
Na última sessão do Conselho de Notáveis da Confederação Nacional do Comércio, o seu coordenador, Bernardo Cabral, defendeu os sagrados postulados que balizam a vida dessa importante revista.
São suas palavras: “Uma nação onde a imprensa não é livre é uma nação onde o medo prevalece sobre a esperança, o ódio subjuga a amizade e a vida perde o ânimo.” Presidente de honra do seu Conselho Editorial, Bernardo homenageou o saudoso Orpheu Salles, criador da publicação, que na sua edição comemorativa publicou artigo do Ministro Luís Roberto Barroso, em que ele afirma: “O Supremo Tribunal Federal não tem faltado à sociedade brasileira ao longo das últimas décadas.” E disse mais: “A revista completa 25 anos em meio às comemorações de 35 anos de vigência da Constituição Cidadã de 1988.”
Nessa mesma edição comemorativa, há matéria sobre a premiação do documentário sobre Bernardo Cabral. É justo o que se faz para homenagear o homem que conduziu a discussão em torno da nossa Carta Magna, pois produziu um documento bastante coerente com os ideais de conquista de um país democrático. Ele é a nossa memória viva.
Ex-Senador e ex-Ministro da Justiça, Bernardo Cabral conta sua história política, fala sobre a importância da cidadania, da ampliação dos direitos fundamentais, da garantia de direitos sociais, além de celebrar o fortalecimento das instituições a partir da Constituição: “Sem a Constituição federal o país estaria à deriva.”
Quando Adolpho Bloch resolveu homenagear a equipe do governo Tancredo Neves e programou um jantar no setor gráfico de Brasília, fez absoluta questão, por nosso intermédio, de colocar Cabral na mesa principal, mesmo sabendo que ele não mais ocuparia o Ministério, naquele momento. Um subalterno do Itamaraty quis interferir na matéria, mas levou uma bronca deste nosso admirador de Cabral. Ele jantou entre os Ministros, como merecia estar.
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Arnaldo Niskier – Imortal. Sétimo ocupante da Cadeira nº 18 da Academia Brasileira de Letras. Professor, escritor, filósofo, historiador e pedagogo. Professor aposentado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi presidente da Academia Brasileira de Letras e secretário estadual de Ciência e Tecnologia e de Educação e Cultura do Rio de Janeiro. Presidente Emérito do CIEE/RJ.