Rio Grande do Sul: firmeza em tempos difíceis. Por Meraldo Zisman
Apesar de suas paisagens exuberantes e rica cultura, o Rio Grande do Sul enfrenta um desafio constante: as inundações. Desde o século XIX, cidades como Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande, construídas na planície – ou nos pampas, como os gaúchos dizem, têm sofrido com a fúria das águas, marcando a história com tragédias que instigam a busca por soluções.
Em 1941, Porto Alegre enfrentou sua crise mais grave até então, com a elevação do nível do Rio Guaíba em cinco metros. Em 1983, o norte do estado foi devastado, resultando em 100 mortes e milhares de desabrigados. Nos anos 2000, 2001 e 2015, novas inundações causaram danos e sofrimento.
Em 2024, agora, as cheias devastaram 90% das cidades, criando um grande problema que afetou a vida das pessoas. As causas dessas tragédias recorrentes são complexas e multifacetadas, como chuvas intensas e persistentes, relevo do solo, urbanização desordenada e falta de medidas protetivas eficazes. A luta contra esse inimigo natural requer esforço contínuo e união de todos os setores da sociedade. Medidas como o mapeamento de áreas de risco, planejamento urbano sustentável, construção de obras de infraestrutura, sistema de alerta precoce e educação ambiental têm sido adotados para minimizar os efeitos das inundações.
A comunidade gaúcha demonstra sua capacidade de superar quaisquer obstáculos, unindo-se em momentos de crise, demonstrando coragem e solidariedade. A construção de um futuro melhor para o Rio Grande do Sul requer ações eficientes e conjuntas, tanto privadas quanto públicas. O desafio das inundações torna-se em oportunidade para a construção de um estado mais forte e próspero.
A conscientização da população sobre os riscos das inundações e a participação ativa na busca de soluções são fundamentais para construir um futuro mais seguro. A comunidade deve se envolver com ações preventivas e de mitigação, desde o planejamento urbano até a organização de campanhas de conscientização. Juntos, poderão transformar o desafio das inundações em uma oportunidade de construir um Rio Grande do Sul ainda mais seguro, próspero e resistente. A união de esforços, a implementação de políticas públicas eficazes e a conscientização da população são meios para superar esse grande desafio.
Da mesma forma, a união e a execução de uma infraestrutura eficiente são fundamentais para a construção de um Brasil mais seguro e próspero, abrangendo todas as outras partes do Brasil. Esclareço: Os “Brasis” cardinais referem-se à ideia de que o Brasil pode ser dividido em diferentes regiões culturais, cada uma com suas características marcantes. Essa divisão é fundamentada nas diferenças históricas, étnicas, geográficas e culturais, mas é o conjunto delas que compõe o nosso Brasil.
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Meraldo Zisman – Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.
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