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Fake news em RGS: uma ameaça ampliada. Por Meraldo Zisman

 Fake News e a Enchente no Rio Grande do Sul
 (Uma Ameaça Ampliada)

fake newsA enchente que ocorre no Rio Grande do Sul agora em 2024 representa um desafio ambiental de proporção épicas, mas também um problema cada vez mais preocupante: a proliferação de notícias falsas durante eventos catastróficos. Além dos danos físicos evidentes, como a destruição da infraestrutura e o impacto devastador na vida das pessoas, a disseminação de informações incorretas durante as inundações gera uma categoria adicional de caos e incertezas. As falsas notícias podem causar (ou causam) pânico desnecessário, desorientar as pessoas sobre áreas seguras e inseguras, além de dificultar os esforços de resgate e socorro.  Em andamentos desta crise ambiental como são nessas enchentes do Rio Grande do Sul, a circulação de notícias falsas assume contornos especialmente perigosos.

A desinformação gera um ciclo de desconfiança nas autoridades e nos meios de comunicação tradicionais, prejudicando a capacidade de coordenar uma resposta eficaz. A disseminação rápida e incontrolável dessas informações desonestas pode ter consequências devastadoras, aumentando ainda mais os desafios enfrentados pela população atingida. Diante desse cenário, torna-se crucial combater a proliferação de fake news durante as catástrofes, não importa a sua natureza. Estratégias informativas devem ser implementadas com urgência visando capacitar a população para identificar fontes confiáveis e verificar a veracidade das informações. Campanhas realizadas por diversos meios e sobretudo pelas redes sociais são fundamentais para fornecer às pessoas instrumentos necessários para combater a desinformação. As autoridades, também desempenham um papel fundamental na contenção do impacto das fake news.

A comunicação é indispensável para manter a população bem informada e minimizar os efeitos prejudiciais dessas informações falsas. A utilização eficiente de diversas mídias, como rádio, televisão, redes sociais e aplicativos de mensagens, permite atingir um público maior e fornecer atualizações regulares sobre a situação das enchentes, medidas de segurança e locais de abrigo. Infelizmente não é isto que está acontecendo.

Complementando, é imperativo não negligenciar a batalha contra a propagação de notícias falsas. A implementação de estratégias informativas, aliada a uma comunicação eficiente por parte das autoridades, é essencial para garantir que a população tenha acesso a informações precisas e confiáveis. Somente dessa maneira será viável reduzir os danos não só causados pelas calamidades naturais, mas também pela disseminação de desinformação que as acompanha, salvaguardando, assim, as comunidades vulneráveis e fomentando a resiliência diante de desastres ambientais e distintos. A desinformação ou as informações lesivas são mais perturbadoras do que a falta de informação. A informação e a desinformação têm influenciado uma mudança na dinâmica, onde, atualmente, a política muitas vezes determina a disseminação de mentiras até mesmo no campo da ciência.

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Meraldo Zisman – Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.
Acaba de relançar “Nordeste Pigmeu”. Pela Amazon: paradoxum.org/nordestepigmeu

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