Imprensa esportiva de luto. Blog Mário Marinho – EXTRA
Essa foi uma noite triste para a comunidade da Imprensa Esportiva e também para os apreciadores do futebol de um modo geral.
Perdemos três personagens: Antero Greco, Silvio Luiz e Washington Rodrigues, o Apolinho.
Antero Greco foi meu companheiro de prédio lá na Marginal, onde estavam o Estadão de um lado e Jornal da Tarde de outro.
Compartilhamos as duas redações: Antero, no Estadão, e eu no JT.
Participamos de cobertura e eventos esportivo muitas vezes.
No começo dos anos 1980 eu era presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivo do Estado de São Paulo) e fui procurado pelo Roberto Avallone que estava na TV Gazeta e era meu companheiro de trabalho no Jornal da Tarde.
A ideia, naquele momento, era fazer um programa esportivo nos moldes do “Novanta Minnuti”, programa de muito sucesso na Itália. Convidamos o Antero para participar, não só por sua competência, mas também pelo fato de ele falar, e muito bem, o italiano.
Fizemos e refizemos o projeto em muitas e agradáveis reuniões – o Antero era muito bem-humorado.
Ao final, o programa não saiu do papel por falta de patrocínio.
Mas foram muitas e muitas agradáveis reuniões.
Antero, 69 anos, nos deixa com suas lições de competência e bom-humor que ele mantinha dentro e fora do trabalho. Partiu na madrugada desta quinta-feira, 16 de maio de 2024.
Certamente, os dois palestrinos apaixonados estão dando boas risadas na terra do Senhor.
Outro que nos deixou: Sílvio Luiz.
Narrador criativo e muito competente.
Aposto que você, em algum momento da vida, ouviu a voz rouca e competente do Sílvio a bradar: “Pelo amor de meus filhinhos” ou “Pelas barbas do profeta”.
Sílvio estava internado há dias, lutando pela vida. Morreu aos 89 anos na madrugada desta quinta-feira.
Washington Rodrigues, também conhecido como Apolinho, foi narrador de voz e estilos marcantes no Rio de Janeiro.
Nos deixou, aos 87 anos, na madrugada de quarta-feira.
Apolinho, torcedor fanático do Flamengo, tinha um sonho: dirigir o Mengão. E ele o realizou em 1995 quando foi técnico do Flamengo e conseguiu o vice-campeonato da Libertadores.
Mais do que excelentes profissionais, são três pessoas queridas que vão deixar saudades.
Que Deus ilumine os seus caminhos e dê força e conforto para os familiares.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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