Bom senso na CBF. Blog Mário Marinho
Não é uma presença constante o bom senso na entidade que manda e desmanda no futebol brasileiro, a CBF.
Aliás, a rica CBF é conhecida mais por problemas do que virtudes. Problemas que vão da desorganização, passam por corrupções e chegam até a assédios sexuais.
A opacidade também se faz presente na administração do nosso futebol.
Mas a atitude do presidente Ednaldo Rodrigues de determinar o adiamento das duas próximas rodadas do Brasileirão deve ser louvada como clarão, embora fugaz, naquelas trevas.
É muito provável que, a estas alturas, algumas pessoas estejam taxando a medida de tímida, diante da grandeza da tragédia que abala o Rio Grande do Sul.
Até aí tudo bem, pois cada um tem direito a dar a sua opinião, desde que não cometa crime.
Mas é preciso ver com a devida calma que o futebol é uma atividade muito complexa.
As competições futebolísticas são atreladas umas às outras. O que, lembre-se, foi uma conquista a duras penas dos admiradores do futebol.
Até algum tempo atrás, os calendários eram solados.
Os campeonatos estaduais tinham seus calendários isolados e, pasmem, sequer havia uma competição de cunho nacional.
Em 1960 criou-se a Copa do Brasil, a primeira com caráter nacional e que visava apontar um campeão que seria o representante brasileiro na Copa Libertadores da América.
Foi o primeiro passo.
Depois, veio o Campeonato Brasileiro disputado aos trancos e barrancos com regulamentos que mudavam a cada ano.
Chegamos a ter, até um Brasileirão com 80 times.
O passo seguinte e importante na organização foi a implantação dos pontos corridos para determinar o campeão.
Hoje, nosso futebol disputa os estaduais, o Brasileirão, a Copa do Brasil, a Libertadores e a Copa Sul-Americana.
Talvez um exagero de jogo.
Pode-se melhorar? Sim, pode.
Mas a paralisação do Brasileirão neste momento triste não pode ser tomada por apenas um homem, o presidente da CBF, nem apenas por sua diretoria.
Uma atitude dessa magnitude tem que ser tomada pelo Conselho Técnico, formado por todos os clubes da Série A.
E, claro, serão levados em conta e pesados os argumentos contra e a favor.
O momento é grave, sem dúvida alguma.
Porém, as competições acima estão interligadas. Uma competição leva à classificação de times à outra competição. E algumas delas são internacionais, como a Libertadores, a Sul-Americana e o Mundial de Clubes no final do ano.
Assim para esse momento drástico, já foi tomada a atitude acertada de adiamento das duas próximas rodadas. No dia 27 deste mês, o Conselho Técnico se reúne para avaliar a situação e determinar o que se deve fazer.
Tudo com calma e bem pensado.
Mais uma
Vitória do Verdão
Pela Libertadores o Palmeiras venceu o esperto e lutador Independiente Del Valle, time que costuma causar dores de cabeça aos nossos clubes.
Foi 2 a 1, poderia ter sido de mais, porém o bastante de manter o time do craque Endrick em primeiro lugar.
Por falar no Craque, ele saiu machucado de campo. Espera-se, claro, que não seja nada de gravidade que impeça o torcedor do Verdão de acompanhar os últimos jogos do jovem craque.
Já-já ele será convocado para a disputa da Copa América e, depois, embarca rumo à Espanha.
Portanto, homenagens e festas já.
Ainda pela Libertadores, o Flamengo não tomou conhecimento do fraco Bolívar e sapecou-lhe sonoros 4 a 0, melhorando bem a sua classificação: agora é o vice-líder do Grupo E que é liderado pelo Bolivar.
Já o Atlético das Minas Gerais foi a Montevidéu acabou derrotado pelo Peñarol, 2 a 0. O Galo perdeu a invencibilidade na competição, mas, ainda lidera o Grupo G com três pontos sobre o Peñarol, segundo colocado.
Já o meu América, depois de vencer o Vila Nova do Goiás, 3 a 1, ontem apenas empatou, em casa, com o Mirassol, 0 a 0, mesmo jogando em casa, diante da nossa inflamada massa verde.
Lamentável.
Diante do resultado, ficamos em 5º lugar na competição que é liderada pelo Santos do inesquecível Rei Pelé.
Veja os gols da quarta-feira:
https://youtu.be/Bam3lkUGBxU?si=ED5bp6VGP6x1Q3Kr
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Justo, Mario Lúcio MARINHO.
Bom senso cabe em qualquer lugar.
Em Botucatu, nóis falava que o jogador que erguia a gola da camisa era mascarado ( metido).
Servia também, para não boleiros.
Tô achando o Endrick muito mascaradinho e provocador…
Gostaria do seu comentário.
Abraços.