resiliência verde

resiliência verde

Há uma sutil, porém, importante diferença, entre “Resiliência” e “Resistência”.

A resistência diz respeito ao ato de resistir; à oposição; à qualidade de um corpo que reage contra a ação de um outro corpo e por aí vai.

Já a resiliência é um pouco mais, um patamar, no mínimo, acima: é a característica de corpos que voltam à sua condição normal depois de um choque, depois de serem submetidos às forças contrárias; é a tendência de se recuperar e superar situações adversas.

Portanto, o que aconteceu com o Palmeiras na noite dessa quarta-feira, no jogo contra o Independiente Del Valle, pela Libertadores, foi o típico ato de resiliência.

E resiliência só os fortes têm.

O primeiro tempo palmeirense foi abaixo da crítica, foi ridículo. Por isso, e em consequência disso, levou dois gols do adversário.

E poderia ter levado mais se o Del Valle fosse um pouquinho mais competente.
para se ter uma ideia mais precisa, o Verdão teve 30% de domínio de bola, enquanto o adversário bailou em 70% do tempo com a bola nos pés.

Aos 45 minutos do primeiro tempo, as luzes do Iluminado Endrick se acenderam e ele marcou o gol, diminuindo a distância entre os dois times.

Assistindo ao jogo pela tevê, eu me perguntava: cadê o Palmeiras. Cadê o Endrick? Cadê o Piquerez? E o Rafael Veiga? E o Gustavo Gomez?

Mas principalmente me perguntava: cadê o Abel? Cadê o Portuga?

Veio o segundo tempo para responder a todas as perguntas.

Mais do que substituições físicas, acredito que a mudança se deveu à conversa de Abel com os jogadores.

O Palmeiras voltou para o segundo tempo mostrando sua resiliência. Não bastaram pancadas, dribles, quase gols, ameaças do adversário no primeiro tempo. Para o segundo o time em campo era o conhecido resiliente Verdão.

Como consequência, a bola passou a se aninhar mais às chuteiras verdes, sendo recebidas com o carinho e respeito de sempre.

Um pouco mais, e o jogo já estava empatado, 2 a 2, com um gol de Lázaro, exatamente quem entrou em campo em lugar do Iluminado Endrick.

Quando parecia que o empate já estava de bom tamanho, eis que Luiz Guilherme, aos 49 minutos, coloca o Verdão na frente, fazendo prevalecer a Resiliência Verde: 3 a 2.

Por que o Palmeiras não jogou assim também o primeiro tempo?

Só os deuses do futebol saberão responder porque também ele escrevem o certo por dribles tortos.

Confesso que, por muitas vezes, já torci o nariz para o Portuga. Na verdade, eu o acho pouco simpático e muito chato.

Mas, como não estou pensando nele para casar com minha bela neta, trato de ser menos cricri e tiro o chapéu: o cara entende de futebol.

Não, ele não é

 Vilão. Cássio é Herói!

 Cassio

Fiquei emocionado com o desabafo do goleiro Cássio após à derrota, mais uma, do

Corinthians.

Torcedores e muitos companheiros de imprensa danaram a culpa do goleirão por qualquer derrota.

No último jogo, pela Copa Sul-Americana, levou um gol logo aos dois minutos de jogo.

Os outros jogadores tiveram pela frente 90 minutos de bola rolando, tempo suficiente para fazer muitos gols e não fizeram nem unzinho.

Culpa do Cássio?

Cássio tem 36 anos de vida e 12 de serviços prestados ao Timão. Já vestiu o manto que os torcedores consideram sagrados por 712 vezes. Nenhum outro goleiro atingiu a essa marca.

Portanto, corintianos e amigos que analisam e ou torcem nos jogos do Corinthians, um pouco mais de respeito com o senhor Cássio Roberto Ramos.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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