Seleção Brasileira: Nova Era. Blog Mário Marinho

Após o desastre, do maior fiasco, da maior tragédia da Seleção Brasileira depois da Copa do Mundo de 1950, a vergonhosa goleada para a Alemanha, 7 a 1, em 2014, o futebol brasileiro anda meio perdido na busca do técnico ideal.

O primeiro técnico pós os 7 a 1 foi o Dunga que já havia fracassado na Copa de 2010. Dunga foi substituído por Tite em 2016 e ficou até 2022. Em 2023, A CBF inventou Ramón Menezes, técnico da seleção sub 20. Foram apenas 3 jogos. Na sequência, a CBF escalou Fernando Diniz que vinha desenvolvendo bom trabalho no Fluminense.

Diniz foi convocado como tampão, à espera do italiano Carlo Ancelotti, com quem o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, andou sonhando.

Para colocar os pés no chão, foi convocado Dorival Jr., um técnico competente, discreto, conservador.

Dorival estava no São Paulo, onde havia sido campeão da CBF.

É com ele que iniciamos Nova Era da nossa Seleção, a partir deste sábado, jogando contra a Inglaterra, lá em Londres.

Dorival começa com um time que mais parece um catado e que terá mais um amistoso na Europa, na próxima semana.

Depois, terá pela frente a missão de classificar o Brasil que se encontra em posição ridícula nas Eliminatórias para a Copa de 2026: 6º lugar entre 10 países.

Nunca tivemos tão por baixo.

Pode-se ter a certeza de que o trabalho do Dorival será sério.

Mas, vamos precisar de mais que seriedade. Muito mais.

_______________

Fábio Seródio

Fábio Seródio foi sempre um repórter elétrico, destes que parecem estar ligados em 220.

Nos últimos meses, ele se afastou o podcast que fazia com Luís Carlos Quartarollo, outro elétrico. Afastou-se também das chamadas redes sociais.

Há poucos dias, ele publicou o depoimento abaixo, tornando pública sua luta contra um câncer avassalador.

É luta que exige determinação, força, coragem e fé. Muita fé.

Ainda bem que Fábio Seródio possui todas essas qualidades.

Vá em frente, amigo. Que Deus o proteja.

“Mergulho na escuridão

Os amigos, seguidores e colegas de profissão devem ter notado que desde novembro, não estou presente nas redes sociais. Também tive que interromper o programa FUTEBOL EM REDE no YouTube, que fazia junto com meu amigo e irmão Luis Carlos Quartarollo. Nunca é demais agradecer aqueles que lembraram do meu aniversário e pela primeira vez ficaram sem resposta. Vamos ao fato.

Em novembro, eu, minha esposa e minha filha pegamos Covid. Meu braço esquerdo começou a tremer sozinho. O médico suspeitou que poderia ser efeito da Covid. Não era. Dia 26, já com vários exames realizados, o braço tremeu muito e perdi força na mão esquerda. O fato alarmou a todos em casa. Fui para o Pronto Socorro e encontrei lá o neurologista para descobrir o mistério. Feita tomografia, descobriu-se um tumor no cérebro. Dois dias depois a primeira cirurgia na cabeça.

O tumor era maligno, já era metástase de um tumor no estômago e outro no fígado. Nunca tive problemas sérios de saúde. Jamais senti dores ou incômodos. A notícia caiu como uma bomba nuclear. Fiquei dias sem contato com o mundo externo e pensando nas consequências de tudo isso. Daí em diante minha rotina é quimioterapia, radioterapia e infecções das mais variadas que renderam mais três internações.

A única saída é fazer tudo possível para sobreviver. Fazer tratamento e viver dia após dia. Outra solução é sentar-se na praia e esperar a morte chegar. Em meio a escuridão, resolvi reagir. Devido a duas cirurgias na cabeça, ainda não posso postar vídeos, chocaria as pessoas a cicatriz. A luta continua. Quero viver ao máximo e ser feliz até o último momento.

Quero agradecer aos médicos, enfermeiros e todos que me ajudaram nos últimos dias. NINGUÉM mais especial do que minha esposa, Cristina, uma guerreira, faz por mim coisas que eu não sei como reagiria se fosse ao contrário. Viver e não ter a vergonha de ser feliz, mesmo que dure um dia, uma semana, um mês ou um ano. Meu objetivo daqui pra frente.”

__________________________

Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

__________________________________________________________________