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Neto e a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1990. Por Luis Filipe Chateaubriand

… Neto estava cotado para ser convocado para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo de 1990, na Itália. Mas o técnico da Seleção Brasileira de então, Sebastião Lazaroni, não o convocou.

Neto volta a detonar jogadores do Corinthians

José Ferreira Neto, o Neto,  hoje um comentarista de futebol extremamente polêmico. Mas antes disso foi um jogador de futebol que teve passagens em alguns clubes, especialmente pelo Corínthians.

Neto não era um jogador qualquer, era craque: fazia gols de bicicleta lindos, batia faltas com perfeição (trata-se do melhor batedor de faltas que este escriba já viu), seus lançamentos de curta e de longa distância eram perfeitos.

Com tantos atributos, Neto estava cotado para ser convocado para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo de 1990, na Itália.

Mas o técnico da Seleção Brasileira de então, Sebastião Lazaroni, não o convocou.

Lazaroni argumenta, não sem certa razão, que o grande momento de Neto foi no segundo semestre do ano de 1990, quando a Copa já havia sido realizada.

Com efeito, no segundo semestre de 1990, Neto liderou o Corínthians na conquista de seu primeiro título do Campeonato Brasileiro.

Mas, antes disso, Neto já estava jogando “o fino da bola”, e isso desde 1988.

A grande verdade é que Lazaroni preteriu Neto para levar Tita e Bismark, jogadores do Vasco da Gama, do então “todo poderoso” Diretor de Seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Eurico Miranda.

Tita foi um grande jogador, mas em 1990 já encontrava-se próximo ao fim de carreira, tendo declinado como atleta.

Bismark era, em 1990, uma grande promessa, mas ainda não tinha histórico na Seleção Brasileira – ao contrário de Neto, que jogou as Olimpíadas de 1988 com a “camisa canarinho”.

Em resumo, Neto tem razão de reclamar até hoje: de fato, ele merecia ter sido convocado para a Copa do Mundo de 1990.

Que mancada, Lazaroni!

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Luis Filipe Chateaubriand –   Acompanha o futebol há 45 anos. Publicou uma dezena de livros sobre o calendário do futebol brasileiro, além de mais de uma centena de artigos sobre o assunto. Foi Consultor do Bom Senso Futebol Clube – movimento dos jogadores de futebol brasileiro que propôs modificações no calendário de nosso futebol. Foi membro do Grupo de Trabalho da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que visava promover modificações no calendário. Além de escrever sobre o calendário do futebol brasileiro, escreve sobre outros assuntos, de natureza mais lúdica, relacionados ao futebol. Também escreve sobre política. É Mestre em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas.

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