EMOCIONANTES

Os emocionantes e fatídicos pênaltis. Blog Mário Marinho

EMOCIONANTES

Disse e repetiu ao longo dos anos o filósofo ludopédico Neném Prancha que o pênalti é um momento tão importante que deveria ser cobrado pelo presidente do Clube, de paletó e gravata.

No futebol de hoje, o pênalti perdeu um pouco daquele glamour de lance capital que só acontecia de vez em quando. Hoje, em toda rodada, são assinalados no mínimo uns dois pênaltis.

É a grande chance do goleiro se tornar herói e do atacante se transformar em vilão.

O Morumbi recebeu 50.197 torcedores na tarde de ontem, recorde de público deste Paulistão.

Dessas 55 mil pessoas, pelo menos 54 mil eram torcedoras do São Paulo. As outras mil são heroínas que desafiaram os 400 quilômetros que separam a cidade de Novo Horizonte da Capital Paulista.

E esses 54 mil torcedores fizeram a sua parte, empurrando, incentivando o time.

No primeiro tempo, em campo, os jogadores até que responderam bem. Pelo menos no que diz respeito à luta, à garra, à determinação. Principalmente o craque Lucas que quando dispara rumo ao gol adversário, parece simplesmente imparável.

Mas o Novorizontino fez seu gol logo aos 12 minutos. Porém, o Tricolor não se desesperou e foi à luta. Aos 22, Ferreira empatou o jogo.

No segundo tempo, inexplicavelmente, o time do São Paulo não voltou com a mesma postura do primeiro tempo.

O resultado, 1 a 1, levou a decisão da vaga para os pênaltis.

Para alegria da torcida que lotava o Morumbis, o bom goleiro Rafael defendeu a primeira cobrança do Novorizontino.

Para os teóricos desse tipo de decisão, os pênaltis mais importantes são o primeiro e o último. Por isso, os melhores cobradores são reservados para esse momento.

Com a defesa de Rafael, um dos melhores cobradores do Novorizontino havia sido vencido.

Ainda teoricamente, a situação do São Paulo ficou mais fácil.

Mas, ledo engano.

Na sequência das cobranças, Michel Araújo e Diego Costa mandou suas bolas para o alto, bem alto, certamente pensando em arquivá-las em alguma nuvem.

O São Paulo teve mais posse de bola e maior volume de jogo. Então, o resultado foi injusto.

Não, eu não acho.

Assim como a música dos ótimos roqueiros mineiros do Skank ensina “bola na trave não altera o placar”, o maior tempo de pose de bola também não altera o placar.

Como ensinava o saudoso narrador Ênio Rodrigues com sua bela potente voz: o que vale é bola na rede.

Pergunta que não quer calar: por que James Rodrigues no banco e só entrar quando faltavam 18 minutos para acabar o jogo? Não dá para entender.

Assim, o São Paulo está eliminado e o Novorizontino classificado para as semifinais.

Os jogos serão estes:

Palmeiras x Novorizontino

e

Santos x Bragantino.

Em Minas

Lá minha terra, na capital de belos horizontes, a final, mais uma vez, será entre Cruzeiro e Atlético.

O meu América até que venceu o Galo, 2 a 1, mas, no primeiro jogo, a vitória foi do Atlético, 2 a 0.

Nas terras Cariocas

Lá no Rio de Janeiro, que continua lindo, o Flamengo comandado pelo técnico Tite, despachou o Fluminense, 2 a 0, e vai enfrentar, vejam só!, o Nova Iguaçu que despachou o Vascão, 1 a 0 – para desespero da Primeira Dama desse espaço, vascaína apaixonada.

Robinho,

culpado ou inocente?

É muito difícil opinar num caso assim tão importante que merece um final exemplar.

Assisti ontem à boa entrevista de Robinho à tevê Record.

A matéria foi exemplar em termos de jornalismo, com a repórter e apresentadora Carolina Ferraz muito firme – e neutra – nas perguntas formuladas. Os advogados e acusação e defesa também foram ouvidos.

Ao final, eu que só havia ouvido as acusações a Robinho, me vi em dúvida: culpado ou inocente?

Ele já foi condenado a nove anos de prisão pela Justiça italiana, mas alega não ter sido ouvido uma vez sequer.

Um de seus argumentos, e que parece mais forte, é a ausência de sêmen dele nas roupas da vítima.

Sêmen que foi encontrado no exame relativo ao amigo de Robinho que teria participado do estupro.

Não me arrisco a tomar uma posição, mas torço e torço muito para que a Justiça seja feita.

Vale lembrar que o STF julgará na próxima quarta-feira se Robinho terá ou não que cumprir a pena imposta pela Justiça Italiana aqui no Brasil.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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1 thought on “Os emocionantes e fatídicos pênaltis. Blog Mário Marinho

  1. Marinho, para o santista os pênaltis foram como uma sobremesa de creme de papaia com cassis após uma refeição turbulenta. Os meninos não perderam uma cobrança e João Paulo fez o que é raro em sua carreira: pegou um pênalti!!!
    Após três cobranças de cada lado a situação era a mesma de 1973, quando Armando Marques se equivocou e deu o título para o Santos. Ontem, porém, o árbitro sabia contar.
    O santista sabe que o Bragantino, mesmo com torcida contra, será um osso duro de roer. Mas para quem roeu osso por três anos seguidos, um a mais, um a menos…

    Quanto ao Robinho, torço para que ainda possa voltar a jogar.

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