VAR salva o pequeno São Paulo. Blog Mário Marinho
O VAR foi criado exatamente para apresentar uma segunda chance ao juiz e dar-lhe o direito de refazer algum erro.
Foi o que aconteceu ontem, em Itu, quando o bom árbitro Rafael Claus deixou de marcar um pênalti a favor do São Paulo, no último minuto de jogo.
Alertado pelo VAR, ele se redimiu do erro e marcou o pênalti.
O bom, experiente e competente Lucas Moura marcou o gol que selou a vitória do Tricolor e garantiu sua permanência no Paulistão.
Mas, se o São Paulo se classificou e sua torcida respirou aliviada, certamente a essas horas ela está muito preocupada: será esse time que jogou medrosamente contra o Ituano no segundo tempo é que vai tentar se classificar agora nas quartas de final?
Certamente o apaixonado são-paulino espera e implora para os santos milagreiros que não, não seja este.
O gramado do estádio Novelli Júnior, na exagerada Itu, estava ruim e encharcado. Mas, isso valeu para os dois times.
Mesmo assim, o primeiro tempo terminou com a vitória do Tricolor, 2 a 1.
Vitória importante, porém, magra e preocupante.
No segundo tempo, o São Paulo renunciou ao jogo.
Fez cera, segurou o jogo como se fosse um time pequeno.
E, como time pequeno, tirou um atacante, o Luciano, para colocar em seu lugar o zagueiro Diego Costa. Ou seja: desavergonhadamente se apequenou e se recusou a jogar, apenas se defendendo.
O castigo veio quando, aos 44 minutos, quando Zé Carlos empatou o jogo, resultado que tirava do São Paulo a classificação.
O São Paulo foi à luta e, aos 52 minutos, veio o pênalti que o juiz marcou impulsionado pelo VAR. Que fique bem claro: o pênalti realmente existiu.
Assim, a torcida que anda realmente enchendo o Morumbi, respirou aliviada.
Mas ainda teve tempo de ouvir impropérios do técnico Thiago Carpini em resposta às vaias que a torcida lhe dirigiu.
O torcedor tem todo o direito de vaiar quando está descontente, assim como aplaude nos bons momentos.
E o técnico, pelo menos os bons, tem que ter a paciência e a sabedoria de entender isso.
Veja os gols:
https://youtu.be/BbvBVlNYbxc?si=tSPk0WOg_1zusax6
Confrontos das quartas de final:
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- Santos x Portuguesa
- Red Bull Bragantino x Inter de Limeira
- Palmeiras x Ponte Preta
- São Paulo x Novorizontino
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A classificação será decidida em jogo único, com locais e datas a serem definidas pela Federação Paulista.
Em caso de empate no jogo, a decisão vai para os pênaltis.
Os dois times de pior campanha no geral foram Ituano e Santo André. Ambos foram rebaixados e disputarão a Série A2 do Paulista de 2025.
E as guerreiras
não conseguiram
O objetivo principal do técnico Arthur Elias com a participação da Seleção na Copa Ouro de futebol feminino, nos Estados Unidos, era a observação de atuação e comportamento das jogadoras, a interatividade entre elas e a Comissão Técnica.
Em segundo plano, se possível, a conquista do título.
Arthur Elias fez diversas modificações no time até o jogo final, disputado nesse domingo à noite, em San Diego, Estados Unidos.
Com certeza deve ter ficado satisfeito com o resultado em campo: foram cinco jogos, cinco vitórias.
A única derrota foi para os Estados Unidos, derrota que valeu o título da competição para as norte-americanas.
A Seleção jogou muito mal ontem. Muito diferente dos outros cinco jogos.
Eu assisti a todos os jogos e fiquei entusiasmado com o que vi: um time de competentes guerreiras, meninas que foram à luta, time organizado em campo, batalhador, envolvente.
Claro que, como todos os brasileiros, não só torci pela vitória e conquista do título, mas como vi grandes possibilidades de que isso ocorresse.
Como diria o poeta, ledo engano.
O time de ontem pareceu desentrosado, como se fosse a primeira vez que elas jogavam juntas.
Foi grande o número de erros de passes, demonstrando desatenção e falta de entrosamento.
O jogo, em si, foi fraco. Nenhuma das duas equipes criou chances reais de gol.
As norte-americanas concluíram mais vezes contra o gol brasileiro, mas sem muita competência. A não ser na cabeçada que terminou em gol.
As brasileiras tiveram maior tempo de posse, porém, tempo estéril sem nenhuma produtividade.
Os ataques brasileiros, principalmente no segundo tempo, se resumiram, quase que só, ao levantamento de bolas na área, o popular e improdutivo chuveirinho.
A essas alturas, o técnico Arthur Elias deve estar exigindo trabalho extra de seus neurônios para encontrar respostas e soluções.
Afinal, a Olimpíada está muito próxima e Paris é logo ali.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Excelente análise do Tricolor medroso, Marinho. Abraço. Luiz Carlos Ramos
Luiz Carlos Ramos, o são paulino mais educado da história. Abração!
Muito bem, Marinho. Gostei da análise do Tricolor medroso.