Clássico cheio de mimimis. Blog Mário Marinho
O encontro de São Paulo e Palmeiras neste domingo, no Morumbi, poderia e deveria ser encarado como espécie de tira-teima entre os dois.
Desde a chegada de Abel Ferreira, os dois clubes já se enfrentaram 22 vezes, com sete vitórias para cada lado e oito empates.
Ao longo da história, desde 1930, foram 116 vitórias para cada lado e 114 empates.
Fora de campo, tudo bem com a torcida do Tricolor marcando presença com cerca de 55 mil torcedores. Um show e sem incidentes.
Dentro de campo, os dois times se alternaram no domínio, proporcionando também um empate.
Os dois tiveram bons e maus momentos, bons e maus jogadores.
O que não dá para entender, no Palmeiras, é Endrick ser escalado como ponta-direita com obrigação de marcar o adversário.
Um jogador com seu potencial técnico, sua força física, sua garra, tem que estar no centro dos acontecimentos e não isolados na marginal do campo.
O São Paulo reclamou de dois lances: o pênalti em jogada do goleiro Rafael e a falta que deveria ter sido assinalada sobre Luciano.
Em minha opinião, em nenhum dos dois lances houve pênalti.
Na jogada do Rafael, eu vi trombada de dois atletas disputando espaço. Não vi soco na cabeça.
Na jogada do Luciano, instintivamente, declarei à Primeira Dama deste blog que assistia ao jogo ao meu lado: pênalti.
Com a jogada continuando, comecei a ter dúvidas. E depois cheguei à conclusão que não havia acontecido nada, até pela reação do atacante Luciano, normalmente muito teatral e dramático quando sofre alguma entrada que julga ser uma falta.
Luciano caiu e se levantou com muita rapidez para dar continuidade à jogada. Ou seja: ele mesmo não considerou pênalti.
Como não sou dono da verdade, sempre procuro saber a opinião de colegas que respeito.
Paulo Vinicius Coelho, o PVC, que eu muito admiro e respeito considerou acertadas as decisões do árbitro. Ou seja: pênalti bem marcado na jogada do goleiro Rafael e não marcação de pênalti na jogada do Luciano.
Portanto, discordou em um lance.
Mas o futebol é democrático e cada um tem sua visão.
No programa Mesa Redonda da tevê Gazeta, onde trabalhei durante anos tendo a companhia do saudoso Roberto Avallone, o ex-jogador Muller foi enfático:
– Não houve pênalti na jogada do Rafael. Se jogadas como essa forem consideradas pênalti, haver cinco ou seis pênaltis por jogo.
Falou e repetiu diversas vezes.
Minutos depois, ao ver a jogada em câmara lenta, mutou de opinião:
– Foi pênalti!
É assim, com discordâncias e polêmicas que o futebol ainda se mantém como o esporte mais emocionante do mundo.
O que não deveria ter acontecido foi o histriônico destempero do presidente do São Paulo, Júlio Casares que além e reclamar em alto e bom som, não cedeu ao Palmeiras o espaço para as entrevistas coletivas.
A obrigatoriedade de ceder o espaço está prevista no Regulamento Geral da Competição.
Lamentável, senhor Presidente.
Bem, há que se lamentar também que o Abel Ferreira continue com seu faniquitos à beira do gramado, os gritos e a expressão de ódio mortal contra juízes e bandeirinhas.
Calma, Abel, Você é um vencedor.
E a profecia
se materializou
Recebi diversas mensagens de corintianos e anti corintianos na semana passada.
No dia seguinte à derrota para a Ponte Preta, na Neo Química, escrevi um comentário cujo título era: “Bye bye Corinthians!”.
Mensagens de apoio, irônicas ou esculhambando esse pobre escriba.
Dentre as que deram pau e são publicáveis, fui qualificado de profeta de araque, de não entender nada de futebol e até recebi pedidos para adiantar as seis dezenas mega então acumuladas.
Cumpriu-se, então a profecia: o Corinthians está fora do Paulistão.
E para publicar a notícia com antecedência não foi preciso grande exercício de física ou de matemática quântica.
Uma rápida análise, mostra que o Corinthians, já há algum tempo, está com um time meia-boca.
Como meia boca era a diretoria de então.
A nova diretoria assumiu afoitamente o comando e tem pisado na bola seguidamente. Seu diretor de futebol, o Rubão, assim que assumiu vaticinou, nãos brados: “Acabou a moleza do Palmeiras!”
O presidente recém eleito também desandou a falar bobagens e dispensou meio mundo no futebol em nome de pretensa renovação.
Mas essa renovação não está dando certo porque quase todos os novos contratados são meia-boca.
O técnico é novo e precisa, claro de tempo.
Mas a situação criada é meio explosiva e já causa a sua primeira forte explosão: o Corinthians está fora da segunda fase do Paulistão.
Não adianta chorar o leite derramado. Agora, é pensar no futuro.
O próximo compromisso importante do Corinthians é contra o São Bernardo lá em São Bernardo. Time que já venceu o Corinthians nesse Paulistão.
E nessa fase da Copa do Brasil, não existe mais a vantagem do empate para o time visitante. Se houve empate, a vaga será decidida nos pênaltis.
Aí, as esperanças ficam depositadas nas mãos competentes e veteranas do goleirão Cássio.
Gols do domingo
https://youtu.be/XDofGwlU-c4?si=hw3yNQcir14S1AGS
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Goleiro acossado é falta de ataque, ou não existe mais isso. Atacante desequilibrado pelo adversário, dentro da área e falta. Quem mudou as regras????