O futuro dos Estaduais. Blog Mário Marinho
De passado glorioso, os campeonatos estaduais vivem um presente cheio de dificuldades e futuro terrivelmente ameaçado.
Até o final dos anos 1960 os campeonatos estaduais mandavam no futebol brasileiro.
Eram tempos de glória do futebol brasileiro.
Quem morava fora do eixo Rio-São Paulo, como o meu caso, acompanhava o futebol local de olho e com inveja dos estaduais dos dois principais centros futebolísticos do País.
Eu, garotão lá em Belo Horizonte, acompanhava os três estaduais (MG, RJ e SP), mas com particular interesse no Rio e São Paulo.
Ouvia transmissões de jogos pelo rádio, lia jornais e me encantava com nomes de craques como Pelé, Gilmar, Coutinho, Roberto Dias, Chinesinho, Servílio, Ademir da Guia, Zagallo, Castilho, Gérson, Dida, Evaristo, Didi e tantos outros.
Os campeonatos eram disputados durante todo o ano.
Com a criação do Brasileirão, em 1971, os estaduais foram perdendo o seu espaço.
Hoje, essas competições estão confinadas aos 4 primeiros meses do ano, lembrando que janeiro é tomado pelo final das férias dos jogadores e dos treinamentos das pré-temporadas.
A rigor, ficam limitados a três meses de competição.
Encabeça a linha de motivos a questão financeira.
Para se ter uma ideia, no Brasileirão do ano passado, o Palmeiras, campeão, faturou 25 milhões de reais no Paulistão e 120 no Brasileirão.
Uma diferença considerável.
A Federação Paulista de Futebol é a única a dar prêmios em dinheiro. No ano passado, a FPF premiou o Palmeiras, campeão, com 5 milhões. E o Água Santa, vice, faturou por volta de dois milhões de reais.
É muito pouco, quase nada.
Os times vivem, então, das cotas de televisão que são bem menores em comparação com o que é pago no Brasileirão.
Ou de alguns torneios. E o melhor e mais rentável deles é a Copa Nordeste.
O sucesso da Copa Nordeste deve ser estudado pelos outros estados. Seus jogos são disputados com estádios cheios com boas rendas, mais a cota de televisão.
Eu sou a favor dos Estaduais. Não por uma questão meramente saudosista.
Entendo que os estaduais servem para manter ainda mais viva a rivalidade.
O campeonato estadual põe em campo os vizinhos, cidades que, por si só, já sustentam rivalidades.
E essa rivalidade é saudável e imprescindível para o futebol.
Nosso calendário, hoje, é muito recheado. Além dos estaduais, disputam-se também o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Libertadores.
Não é fácil mexer nesse calendário, mas, com certeza pode-se encontrar uma solução criativa.
Show de
Vinicius Jr.
O craque brasileiro foi o grande protagonista da vitória do Real Madri sobre o Barcelona, ontem, na Arábia Saudita: marcou três dos quatro gols, na vitória histórica por 4 a 1 (o quarto gol foi também brasileiro: Rodrygo, com assistência de Vini).
Com a vitória, ou massacre, o Real Madri levantou a taça da Super Copa da Espanha e aumentou a vantagem do Real em vitórias em finais sobre o Barcelona: 11 a seis.
Vini fez os três gols no primeiro tempo e encantou a todos com dribles e efetiva presença durante todo o jogo.
Ah! se tivermos esse Vini na Seleção Brasileira…
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Mario, é interessante que o Vinícius na seleção não tem jogado nada.
Por outro, acho que o Rodrigo tem atuado bem
Espero que o novo técnico, esta dupla jogue o que se espera deles
Acho que o Dinis foi muito mal na seleção. Acho que o sistema que ele quer implantar só serve pra clube, e olha lá
Outros estaduais dão prêmios em dinheiro como Brasília e seu Candangão.
https://www.metropoles.com/esportes/premiacao-no-candangao-2024-aumenta-e-vai-distribuir-r-2-milhoes
E lembrando que agora os Estaduais são a única plataforma de classificação para a Copa do Brasil e prepara o pagamento desde a primeira rodada.
Acabou o privilégio do ranking da CBF para os mesmos.
Já o Flamengo vê seus jogos do Campeonato Carioca vendido até no Amazonas.
Caso único?
A Globo matou os campeonatos estaduais de propósito para forçar a grade SP/RJ e Minas Gerais e RS.
Vide TVs educativas estatais fazendo transmissão complementar ao YouTube das Federações na Bahia e Paraná.