Até onde vamos? Blog Mário Marinho
Procuro meu lugar preferido em minha poltrona. Coloco-me confortavelmente frente à televisão.
Na tela, as imagens iniciais da transmissão mostram jogadores do Fluminense e do São Paulo trocando faixas.
Nas arquibancadas, quase 50 mil torcedores do Fluminense – maior público que o Flu alcançou até hoje no Brasileirão – fazem barulhenta e gostosa festa.
Vai ser um jogão, penso eu.
Afinal, os dois Tricolores já não almejam nada nessa competição.
O Flu está garantido na fase final do Mundial, no mês que vem, na Arábia Saudita.
O Tricolor de São Paulo está garantido na Libertadores do ano que vem por ser campeão da Copa do Brasil.
Na troca de faixas, os jogadores do São Paulo colocaram a faixa de campeões da Libertadores nos jogadores do Fluminense e receberam as faixas de campeões da Copa do Brasil.
Então, vamos à festa.
Com alguns minutos de bola rolando já se vê que não haverá festa no gramado.
Jogadores de um e de outro time trocam jogadas ríspidas, até mesmo violentas.
Por um lance ====à toa, o árbitro mineiro André Luiz Policarpo é cercado por jogadores do Fluminense com reclamações agressivas.
O elegante e ótimo Ganso deixa de lado sua costumeira calma e parte para cima do juiz. Temi que o craque do Flu fosse esganar o mineirinho.
Pouco depois, Gabriel Neves, volante do São Paulo, recebe o cartão amarelo por jogada violenta. Entretanto, o VAR alerta o juiz e pede que ele reveja o lance.
Não deu outra e o amarelo do Gabriel Neves vira vermelho.
Somente no segundo tempo o jogo se acalmou. Parece que todos tomaram banho frio no vestiário e voltaram mais almos. Ou foi um Rivotril? Não sei, mas, fez efeito.
Mas os lances em que o juiz foi cercado e ameaçado ficaram na minha memória.
Aí, eu me lembro que em um campeonato de juniores da Inglaterra, estão sendo estudadas duas medidas que, me parece, podem colocar fim a essas cenas grotescas.
Trata-se da expulsão temporária.
Nesse caso, o jogador seria expulso por um determinado tempo de jogo, talvez 10 minutos. É o tempo suficiente para ele esfriar a cabeça e ter a consciência do prejuízo que seu time pode ter por sua atitude.
A outra medida é a proibição de jogadores se dirigirem ao árbitro.
Somente o capitão da equipe pode falar com o juiz.
Essa medida é aplicada no futebol americano e acabou com os problemas de pressões em cima dos juízes.
Portanto, dona Fifa, agilize esses estudos para colocar em prática o mais rápido possível.
Outra coisa que incomoda pra burro é o mau humor do Fernando Diniz.
Ele passa o tempo todo de cara fechada e em gritos, verdadeiros esporros, com seus jogadores.
Os repórteres de campo que, por força da profissão, estão às margens do gramado, contam que o rosário de palavrões expelidos pela boca de Fernando Diniz é incrível.
Ou seja: ele sofre o tempo todo e não se diverte nem um minuto com o jogo. Quando deixa o campo rumo ao vestiário, sai com aquela mesma expressão inimiga.
Aí, lembro-me de Bernardinho, um dos maiores e mais vitoriosas técnicos do vôlei brasileiro, que era conhecido, também, por seu mau humor ao lado da quadra.
Assisti a uma palestra do Bernardinho e, ao final, ele abriu para as perguntas da plateia. Achei esta pergunta interessante:
– Bernardinho, Você passa o tempo todo de cara amarrada, preocupado com o jogo. Você não teme ter um troço, passar mal?
Bernardinho:
– Quando eu não estou preocupado, fico preocupado…
Veja os gols da quarta-feira:
https://youtu.be/-KvADS4PRSo?si=sn_8Hy011xhQINb0
https://youtu.be/-KvADS4PRSo?si=sn_8Hy011xhQINb0
Cruzeiro,
escapando?
E sua dura luta contra o rebaixamento, o Cruzeiro empatou com o Vasco, ontem, 2 a 2, no vazio e silencioso Mineirão. Vazio porque o time foi punido por casa da invasão de campo no jogo contra o Coritiba.
O empate não foi ruim, já que o Vasco também luta com todas as forças para fugir do rebaixamento, mas, claro, a vitória teria dado mais fôlego para a luta cruzeirense.
Novidade na praça
para o mundo esportivo.
Eu e o parceiro e amigo Silvio Natacci lançamos ontem a revista mensal Bem Bolada.
Trata-se de uma revista eletrônica recheada de matérias interessantes sobre o futebol.
São abordagens exclusivas.
Nesse número um, temos reveladora entrevista com o irreverente Casagrande.
Temos também saborosa entrevista com a Ana Thais Mattos, comentarista de respeito que vai ganhando cada dia mais espaço no machista mundo dos comentaristas.
Abaixo, a reprodução da Capa e abaixo o link para Você acessar.
https://online.fliphtml5.com/hzcka/qizr/#p=1
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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