Ufa! Ainda bem que acabou. Blog Mário Marinho

Na verdade, não se trata de um fim definitivo, mas por enquanto uma longa trégua nesse desfile de derrotas: o Brasil só volta a jogar pelas Eliminatórias em setembro do ano que vem.

De todo jeito, não é fácil virar a chave de uma seleção encantadora, arrebatadora, respeitada para um mero saco de pancadas.

E, ontem à noite, no Maracanã, perdemos duas vezes.

Antes do jogo começar, aquele show de horrores da briga entre torcedores e depois entre torcedores e a despreparada polícia carioca.

De quem é a culpa?

A meu ver, a culpa é da CBF que não providenciou a separação de torcidas.

A CBF joga a culpa no Consórcio que administra o Maracanã; o Consórcio diz que não tem nada a ver com isso: cabe à CBF providenciar a separação na venda dos ingressos.

E assim vão empurrando com a barriga.

Mas a CBF, ao alugar o Maracanã, deveria ter discutido o problema com o Consórcio e até impor a separação das torcidas.

É como reunir num mesmo acanhado salão de festas torcedores do Corinthians e do Palmeiras; atleticanos e cruzeirenses; gremistas e colorados; flamenguistas e vascaínos.

Só a mais ingênua das pessoas pensará que dará tudo certo.

A confusão começou na hora da execução do hino da Argentina, que os brasileiros vaiaram. A resposta veio rapidamente com os argentinos fazendo gestos racistas, imitando macaco.

Aliás, desde os meus tempos de garoto (faz tempo!!!) eu ouço dizer que os argentinos chamavam os brasileiros de “macaquitos”.

E aí entrou em cena a polícia, que deveria ser de paz, distribuindo pancadas a torto e a direito.

Com a bola rolando, o Brasil, mesmo desorganizado, era melhor.

A Argentina se defendia como podia.

Terminado o primeiro tempo, os goleiros, de Brasil e da Argentina eram meros espectadores.

No segundo tempo, o Brasil continuou com mais posse de bola, porém, um domínio estéril.

Veio o gol da argentina, marcado por Otamendi, de cabeça, aos 17 do segundo tempo.

Foi o terceiro gol de cabeça que a Seleção tomou em dois jogos, os outros dois foram de Luiz Dias, na derrota para a Colômbia.

Nesse rosário de recordes negativos, o Brasil chegou ao seu quarto jogo sem vitória o que nunca dantes havia acontecido.

Também nunca havia acontecido de perder um jogo das Eliminatórias disputado no Brasil.

Fernando Diniz, mais uma vez, demorou a mexer no time e de forma equivocada ao escalar Raphael Veiga como um isolado ponta direita.

A expulsão de Joeliton, em minha opinião injusta, não modificou nem teve influência no placar.

Antes dela, o Brasil já mostrava raça, vontade de virar o jogo, porém sem forças para vencer os atuais campeões do mundo.

Fernando Diniz tem contrato com a CBF até o meio do ano que vem. Depois dele, quem virá? Ancelotti? Será que ele vai deixar seu conforto com o Real Madri para encarar uma Seleção que passa o pior momento de sua história?

Tenho minhas dúvidas.

Ah!, antes da chegada do novo técnico, o Brasil tem dois amistosos no ano que vem, contra a Inglaterra e a Espanha, ambos os jogos na Europa.

Tudo indica que seremos, ainda, comandados por Fernando Diniz.

Seja o que Deus quiser!

Melhores momentos de Brasil 0 x 1 Argentina:

https://youtu.be/BbnE0c855TI?si=pnCdifpRwMQvSeou

PS – Messi, machucado, esteve em campo apenas fazendo número, ornamentando o jogo. Imagina se ele tivesse jogado!

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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