Empate fora dos planos. Blog Mário Marinho
Empatar com a Venezuela e jogando o Brasil? Nem pensar!
Essa era a expectativa do torcedor antes do jogo. Afinal, iríamos enfrentar um time que nunca nos venceu em partidas pelas Eliminatórias.
Foram 29 jogos com 24 vitórias do Brasil, quatro empates e apenas uma derrota, em 2008, na Venezuela.
Além disso, a Seleção contava com a volta de Vini Jr. que ficou fora da outra convocação por contusão.
Tinha um Neymar aparentemente descansado e os dribles de Rodrygo. Tinha ainda Richarlison que não vem fazendo gols, mas é sempre uma esperança.
Como é que a Venezuela podia ser motivo de preocupação diante de um time que tem esse quarteto ofensivo, além de um meio campo compactado e uma defesa segura, começando pelo goleiro Ederson?
Mas a Venezuela, como era de se esperar, veio não para jogar, mas para não tomar gol. E tentar o seu num lance isolado.
O Brasil começou bem, com o time trocando passes, como são as equipes dirigidas por Fernando Diniz.
Dominou o primeiro tempo. Teve posse de bola em 73% do tempo. Mas não acertava as finalizações.
No finalzinho do primeiro tempo, Danilo sentiu uma contusão e foi substituído por Yan Couto, 21 anos, garoto revelado pelo Coritiba e hoje defende o Girona. Entrou com muita personalidade e foi bem o jogo todo.
O Brasil marcou seu gol logo aos 4 minutos do segundo tempo, com Gabriel.
Esperava-se que a Venezuela abrisse um pouco o seu sistema defensivo e que o ataque estrelar brasileiro acertasse as finalizações.
Mas o jogo continuou na mesma.
E até piorou quando Bello marcou, em grande estilo, o gol de empate aos 39 minutos.
Fernando Diniz viu três erros do Brasil.
Erro 1: conclusão das jogadas.
Disse ele: “Nós criamos grandes chances de gols, mas, não soubemos aproveitar. É difícil jogar contra times muito recuados. Mas o volume que a gente teve, com a qualidade que a gente tem, o normal era aproveitar as chances e não conseguimos…”
Erro 2: falha na marcação.
“A gente cedeu contra-ataques que não deveria. No gol da Venezuela, principalmente, a gente falhou no que não deveria. Poderia ter ajustado a marcação e não oferecer a chance de o jogador finalizar.”
Erro 3: Time espaçado
“No segundo tempo, o time ficou mais espaçado, muito calor. Obviamente, em alguns momentos os jogadores sentem o calor e, em alguns lances, dificuldades do próprio campo…”
São todos eles passíveis de conserto.
O próximo adversário será o Uruguai, em Montevidéu.
Jogando em casa, o Uruguai deverá abrir o jogo, não ficará o tempo todo na retranca.
Isso é bom. Porém, é preciso ter e mente que o adversário é, tecnicamente, muito, muito superior à Venezuela.
Com o empate, o Brasil perdeu a liderança nas Eliminatórias que hoje é ocupado pela Argentina.
Veja os gols da rodada das Eliminatórias de ontem:
https://youtu.be/rbmsITViWkA?si=pbSUR6MbicWuB7NQ
https://youtu.be/rbmsITViWkA?si=pbSUR6MbicWuB7NQ
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Diga apenas adiar.
A menos que você já tenha uma data. Tipo: adiar para depois das festas de fim de ano.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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MMarinho. Vc foi ético em não dizer que o jogo, tecnicamente, foi uma vergonha. Sem entrar no mérito, por que não convocar goleiro de clube brasileiro? Lateral saindo do juvenil, só porque joga fora ! Figurinhas carimbadas que absolutamente nada fizeram e permaneceram em campo ! Felizmente, tivemos a oportunidade de conhecer o que foi jogar futebol. Em muitos lances, jogador brasileiro corria com a bola, chegava perto da área e passava a bola recuando a jogada. Nada do enfrentamento, do drible. Deu dó.