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O impacto da mídia na informação médica. Por Meraldo Zisman

… a colaboração entre médicos e jornalistas é essencial para promover a saúde pública. Os dois grupos devem superar desafios e preconceitos, garantindo que a informação sobre medicina seja precisa e acessível a todos. A comunicação eficiente é indispensável…
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A mídia desempenha um papel fundamental na divulgação da ciência da saúde. No entanto, é crucial que os médicos e outros profissionais de saúde aprendam a se comunicar de forma clara e sem preconceitos. Independentemente do formato dos meios de comunicação social — seja ele oral, escrita ou eletrônica — sua função de informar a comunidade sobre os avanços médicos é indiscutivelmente essencial.

No entanto, devido à velocidade das mudanças no campo da medicina, os repórteres frequentemente procuram médicos para obter informações atualizadas sobre saúde. Infelizmente, nem sempre os profissionais de saúde se sentem preparados para lidar com a mídia que, por sua vez, muitas vezes não é especializada em questões médicas. A maneira como enfrentamos esses desafios é determinante, uma vez que ambos desempenham um papel crucial na promoção do bem-estar da população. Além disso, programas especializados em medicina proporcionam oportunidades valiosas para médicos compartilharem detalhadamente como melhorar a saúde da comunidade, combater abordagens milagrosas e desmascarar charlatães.

Essa interação com a mídia moderna cria uma nova plataforma para os médicos se envolverem com a população, promovendo, assim, o bem-estar geral. É essencial lembrar que a relação entre profissionais de saúde e jornalistas não deve ser encarada como um conflito, mas sim como uma colaboração em prol da saúde pública. Contudo, é importante reconhecer que muitos médicos não foram treinados para se comunicar com o público leigo, e, portanto, a imprensa desempenha um papel vital ao auxiliá-los nesse processo.

O Código de Ética Médica fornece orientações valiosas sobre como os médicos podem interagir com a mídia, evitando a promoção de curas milagrosas ou terapias não reconhecidas pela medicina convencional. É importante enxergar os jornalistas como profissionais dedicados, assim como os médicos, e compreender que ambos buscam aprimorar o nível de informação disponível ao público. Portanto, a cooperação entre esses dois grupos é fundamental para promover a saúde e evitar equívocos na disseminação de informação médica. As entrevistas com médicos são cada vez mais frequentes.

Nesse cenário, é importante que os profissionais de saúde estejam preparados para responder a questionamentos difíceis, demonstrando humildade ao admitir que não possuem uma resposta completa. Em resumo, a colaboração entre médicos e jornalistas é essencial para promover a saúde pública. Os dois grupos devem superar desafios e preconceitos, garantindo que a informação sobre medicina seja precisa e acessível a todos. A comunicação eficiente é indispensável para uma sociedade bem informada e saudável, especialmente em uma era em que há um excesso de informação que chamo de “infoxicação“.


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Meraldo Zisman Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.

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