Outra vez Tricolor. Blog Mário Marinho
Parecia um enredo de filmes a que já assistimos.
São Paulo e Palmeiras em um duelo que valia a classificação para a milionária Copa do Brasil.
Na Copa do Brasil no ano passado, 2022, o São Paulo eliminou o Verdão, no Allianz Parque, nos pênaltis.
Na decisão dessa quinta-feira, o São Paulo precisava apenas do empate, mas acabou vencendo por 2 a 1, de virada, já que o Verdão fez 1 a 0.
Aliás, o gol do Palmeiras foi uma dessas obras do acaso que se transformam numa bela obra.
Aos 31 minutos do primeiro tempo, o lateral Piquerez chegou às imediações da linha de fundo e cruzou para a área adversária, como faz habitualmente. Pegou no lado da bola e enganou o goleiro Rafael que havia dado um passo à frente para tentar interceptar o cruzamento. Foi ocasional, mas, um belíssimo gol.
Antigamente esse tipo de gol era chamado de “Gol Espírita”. Abaixo, dois belos exemplos:
- Gol espírita de Josimar, lateral do Botafogo, narração saudosa de Osmar Santos, Copa de 1986, no México, da qual o Brasil seria eliminado pela França na cobrança de pênaltis.
- Gol de Ronaldinho Gaúcho na Copa de 2002. Narração de Galvão Bueno. O gol garantiu a vitória, 2 a 1, e a classificação para a semifinal. Como se sabe, o Brasil tornou-se pentacampeão mundial de futebol naquela Copa. Bons tempos!
O jogo na quinta-feira foi tenso e intenso. Mesmo sem terem sido criadas muitas jogadas de gol, o jogo agradou pela movimentação.
O Palmeiras dominou os primeiros 30 minutos e dava a impressão de que marcaria seu gol a qualquer momento.
E ele veio com Piquerez, aos 31.
Aos 30 e aos 32, São Paulo fez suas primeiras boas jogadas.
No segundo tempo, o São Paulo pareceu ter a cabeça fria, qualidade tão decantada pelo técnico Abel Ferreira.
Logo aos 3 minutos conseguiu o gol de empate, com o lateral Caio Paulista.
Aí o desespero bateu no verdão e o técnico Abel Ferreira promoveu uma série de substituições.
Mas quem se aproveitou foi o Tricolor que chegou ao segundo gol, com Carelli, mas que foi anulado pelo forte Anderson Daronco sob alegação de falta na jogada. A decisão do juiz foi mantida mesmo depois de consulta ao VAR.
Mas o segundo gol ainda iria sair. Em contra-ataque mortal, o atacante Deivid marcou aos 43 minutos.
A torcida do Palmeiras, claro, protestou contra o time.
Mas, a preocupação maior que fica para os torcedores do Verdão é a pergunta: será que o encanto do Palmeiras foi quebrado?
Veja os melhores momentos:
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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