Infância e celular. Por José Horta Manzano
…Greystones, situada não longe de Dublin, foi recentemente palco de uma decisão conjunta entre prefeito, vereadores e pais de alunos. De comum acordo, resolveram proibir o uso de celular para crianças antes da escola secundária. Isso significa que, antes dos 12 – 13 anos, nenhum aluno escolarizado no município terá acesso ao aparelho…
Artigo publicado originalmente no Correio Braziliense e no blogue do autor
Uma cidadezinha irlandesa chamada Greystones, situada não longe de Dublin, foi recentemente palco de uma decisão conjunta entre prefeito, vereadores e pais de alunos. De comum acordo, resolveram proibir o uso de celular para crianças antes da escola secundária. Isso significa que, antes dos 12 – 13 anos, nenhum aluno escolarizado no município terá acesso ao aparelho. Não há penalidade prevista, visto que o cumprimento da resolução será de responsabilidade dos próprios pais.
Entre os objetivos principais, está a proteção dos pequeninos que sofrem atos de humilhação (bullying) provocados por alunos maiores ou mais fortes. Esse acosso, como se sabe, é amplificado pelo uso das redes sociais e pode chegar a perturbar gravemente a saúde mental das pequenas vítimas. Com a proibição de celular, esse problema diminui drasticamente. De quebra, fica também banido o acesso dos mais jovens a redes do tipo TikTok, que os enfeitiçam e os transformam em robôs. As autoridades irlandesas estão propensas a adotar a medida de Greystones como política nacional.
Neste mês em que paradas LGBT são organizadas mundo afora, o instituto Ipsos anunciou os resultados de uma pesquisa sobre o tema. É bom lembrar que Ipsos é o terceiro maior instituto de pesquisa de mercado do mundo, com 18 mil funcionários e presença em 90 países.
Para essa análise, mais de 22 mil entrevistas foram feitas em 30 países incluindo o Brasil. O objetivo era apurar a visibilidade dos integrantes da comunidade LGBT em cada país individualmente, assim como seus índices de aceitação (ou rejeição) nas diferentes sociedades. O relatório final traz muitas informações interessantes, algumas já esperadas, outras surpreendentes.
Uma constatação é curiosa: o Brasil é o campeão da sinceridade. À pergunta “Em qual das seguintes categorias você se encaixa”, seguida de diversas opções não hétero (homossexual, bissexual, pansexual, omnissexual, assexual), 15% dos brasileiros entrevistados declararam se encaixar em categoria não hétero e não cis. Nenhum outro país tem tanta gente que se autodeclara nessa categoria. Na França, são 10% da população e na Argentina, 8%. Na Polônia são 6% e no Peru apenas 4% dos habitantes.
Essa disparidade entre países deixa uma interrogação no ar. Pessoalmente, não acredito que possa haver tanta diferença, com um Brasil que conta com três vezes mais LGBTs que um Peru, um Japão ou uma Polônia. Não vejo por que razão seriam tantos aqui (ou tão poucos lá). Acredito que boa parte da discrepância deva ser posta na maior ou menor dificuldade que os nativos de cada povo sentem na hora de revelar a própria sexualidade. É possível que no Brasil, apesar dos pesares, nos sintamos menos reprimidos, logo, mais despachados.
Uma constatação é, no mínimo, inquietante. O estudo ventila o total de indivíduos autodeclarados LGBTs e os classifica por faixa etária. O quadro mostra que 4% dos Baby Boomers (nascidos entre 1948 e 1964) estão na categoria LGBT. Na Geração X (1965-1980), há 6% de LGBT. Nos Millennials (1981-1996), são 10%. Finalmente, entre os jovens da Geração Z (1997+), espantosos 18% se declaram LGBT.
Não sei para você, mas para mim parece discrepância exagerada. O estudo informa que há, entre os menores de 25 anos, quase 5 vezes mais LGBTs que entre os mais velhos. A divergência é tão grande que faz supor efeito tribal fomentado por veículos tais como TikTok & semelhantes. A pré-adolescência é idade complicada, em que a personalidade está se construindo. Os muito jovens não estão necessariamente preparados para resistir ao canto da sereia.
Talvez fosse boa ideia acompanhar com atenção a aplicação da política irlandesa e cogitar sua eventual implementação em nosso território. É verdade que o brasileiro é por natureza indisciplinado e propenso a burlar regulamentos. Assim mesmo, não custa tentar. A proibição geral, no fundo, ajuda os pais, que deixam de ser aqueles “chatos” que negam celular ao filho. A desculpa é incontornável: “Não posso te dar. É a lei!”.
Que tal adotar a ideia irlandesa para preservar a evolução mental de nossa criançada?
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JOSÉ HORTA MANZANO – Escritor, analista e cronista. Mantém o blog Brasil de Longe. Analisa as coisas de nosso país em diversos ângulos, dependendo da inspiração do momento; pode tratar de política, línguas, história, música, geografia, atualidade e notícias do dia a dia. Colabora no caderno Opinião, do Correio Braziliense. Vive na Suíça, e há 45 anos mora no continente europeu. A comparação entre os fatos de lá e os daqui é uma de suas especialidades.
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Este marvilhosa artio é aqueado á moral deicada ao uso de crianças no uso do celular ! É preciso termos em mnte que esse glorioso aparlho em sua aplicação para sr usado em situações necesários e de comunicações com certa urgencia !
Não um aparelho deicado para brincadeiras e e o fizerem é um comportamento criminoso !
Meu caro jornalista JOSÉ HORTA MANZANO , certa essa aplicação que Vossa Senhoria sugere da ideia irlandea para perservar a eleevação moral e ética dos nossos juvenis e aolescentes !
concordo que evio ao nossa grau de educção não será fácil essa pquena população entender essa elevação moral do uso do aparelho ! Tentar é um grande passo e acreitar que vai dar certo ! quer é Poder !
Vasco Moiss da Câmara disse:
29 de junho de 2023 às 18:53 Seu comentário está aguardando moderação. Esta é uma pré-visualização, seu comentário ficará visível assim que for aprovado.
Este marvilhosa artio é aqueado á moral deicada ao uso de crianças no uso do celular ! É preciso termos em mnte que esse glorioso aparlho em sua aplicação para sr usado em situações necesários e de comunicações com certa urgencia ! Não um aparelho deicado para brincadeiras e e o fizerem é um comportamento criminoso ! Meu caro jornalista JOSÉ HORTA MANZANO , certa essa aplicação que Vossa Senhoria sugere da ideia irlandea para perservar a eleevação moral e ética dos nossos juvenis e aolescentes ! concordo que evio ao nossa grau de educção não será fácil essa pquena população entender essa elevação moral do uso do aparelho ! Tentar é um grande passo e acreitar que vai dar certo ! quer é Poder !
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