Bia, fazendo história. Blog Mário Marinho
A última vez que uma brasileira conseguiu chegar às quartas de final em Roland Garros, foi em 1968 com a inesquecível Maria Esther Bueno.
A última vez que um tenista brasileiro chegou às quartas de final do charmoso torneio francês, foi em 2001 a última vez que Gustavo Kuerten, o nosso Guga, levantou o troféu no elegante Roland Garros.
A vitória da Bia, ontem, foi contra a espanhola Sara Sorribes Tormo, de 26 anos, 132ª colocada no ranking. A espanhola venceu o primeiro set e deu tremenda canseira na Brasileira, 27 anos, 13ª colocada no ranking mundial no ranking da WTA.
Perdendo por 1 a 0, Bia foi à luta e conseguiu virar o placar, vencendo por 2 a 1 e garantindo o feito histórico de chegar às quartas de final em Paris.
Bia começou a deslanchar sua carreira quando passou a ser treinada por Larri Passos, o mesmo técnico que levou Guga ao topo do mundo do tênis.
Paulistana, Bia tem demonstrado muita raça quando precisa, mas nunca esconde a sutileza e delicadeza de seus toques.
Ou, como diria Ernesto Che Guevara, “hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamais”
A próxima adversária de Bia Haddad (que não é parente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad) será a tunisiana Ons Jabeu, simplesmente a 6ª melhor jogadora do mundo.
Veja quem
está chegando
Estamos fechando apenas a décima rodada de um total de 38 do Brasileirão 2023.
Mas desde o apito final da primeira rodada, o brasileiro já começa a fazer contas, preocupado com a posição de seu time do coração.
Assim, a 10ª rodada começou com o Botafogo liderando, 21 pontos ganhos, e o Palmeiras em segundo lugar com 15.
Ao final, o Botafogo continua liderando, mas o Palmeiras já está mais perto: 19 pontos, portanto a apenas dois pontinhos.
Enquanto o Botafogo perdeu para o Athletico Paranaense, 1 a 0, fora de casa, o Palmeiras recebeu e liquidou o Coritiba por 3 a 1.
O Atlético Mineiro, o Galo das Alterosas, venceu o arqui-inimigo Cruzeiro por 1 a 0, com golaço do imenso Hulk.
Com essa vitória, o Atlético se mantém firme em terceiro lugar, com 17 pontos ganhos, enquanto a Raposa cruzeirense despenca para 10º lugar, com 13.
O Grêmio, chamado de Imortal por seus torcedores, virou em cima do São Paulo: estava perdendo por 1 a 0 e venceu por 2 a 1.
Convenhamos que perder para o Grêmio, ainda mais em sua casa, não é nenhum grande desastre.
Porém, se de virada é mais gostoso também é mais dolorido.
Assim, o Grêmio é o quarto colocado, com 17 pontos; o São Paulo caiu para 7, com 15.
Grande destaque da rodada foi o meu América que não tomou conhecimento da fama e do tamanho do Timão e meteu logo 2 a 0.
O Corinthians continua ali na perigosa vizinhança zona do rebaixamento – 16º lugar com apenas 8 pontos ganhos em 9 rodadas.
Parece que a vitória e classificação histórica contra o Atlético Mineiro na Copa do Brasil foi apenas um resultado pontual.
O meu América continua ali no lamaçal, em 18º lugar. Mas, depois dessa vitória, vamos partir pras cabeças!
Irreparável perda
O excelente escritor, dramaturgo, cronista, imenso jornalista Nelson Rodrigues afirmou, certa vez, que toda unanimidade é burra.
Eu penso que o grande Ismar Antônio Eterovik (na foto acima, com a esposa e minha irmã Maria Helena), que nos deixou no último dia 1º, aos 83 anos de idade, existiu para desmentir a tese da Nelson Rodrigues. Ou para reafirmá-la, já que toda regra tem exceção.
Ismar constituiu família, educou, ensinou, colocou todos na linha do Direito.
Ao longo de 55 anos de casado, foi marido amantíssimo, pai exemplar, avô carinhoso, tio sempre presente, irmão para todos os momentos, cunhado daqueles que nunca enchem o saco.
E um amigo sempre pronto para ajudar, para orientar, para ouvir e para distrair com o seu permanente bom humor.
Não é preciso tecer loas, elogios funerários e coisas do tipo: basta saber o que foi a vida do compadre Ismar.
Como eu disse no velório: Ide em Paz e que Deus o receba.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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