Vai, Corinthians!!! Blog Mário Marinho
Esse grito, cheio de exclamações, era comum em dias de jogos do Corinthians no saudoso Pacaembu.
Seu autor era um conselheiro corintiano que, ao passar da catraca das numeradas, soltava o grito forte e inconfundível.
– Aí vem o Chico Mendes!
E ele era aplaudido com seu inseparável charuto que, muitos, até achavam cheiroso.
Aliás, por uma dessas coincidências da vida, Chico Mendes esteve presente na inauguração do Pacaembu, no dia 27 de abril de 1940 quando o Palmeiras, então Palestra Itália, derrotou o Coritiba por 6 a 1 na preliminar de Corinthians 4 x 2 Atlético Mineiro.
Até os anos 90, quando Chico Mendes deixou os campos terráqueos, o grito, vozeirão e o charuto acompanharam a vida do Corinthians.
Hoje se alguém se atrever a soltar esse grito, vai ouvir, no mínimo, a pergunta:
– Vai pra onde?
Que pode ser acompanhado de uma expressão menos publicável:
– Só se for para a PQP!
A que ponto chegou o outrora festejado Timão!
A constatação não é apenas por causa da derrota para o Galo mineiro na noite dessa quinta-feira.
A constatação é pela campanha. Veja só:
– Em 18 pontos disputados no Brasileirão, ganhou apenas 5.
– Tem apenas uma vitória
– Tem duas derrotas
– Três empates
– Marcou 6 gols de sofreu 11. Tem saldo negativo de 5 gols
– Apenas 27% de aproveitamento.
Essa é a campanha do Timão (?) no Brasileirão.
A derrota, 2 a 0 para o Atlético, é absolutamente normal.
O Atlético é um grande time, está bem dirigido, tem goleadores do porte do Hulk e Paulinho.
Onde está a falha?
Na estrutura.
Não apenas nessa lamentável diretoria atual, mas começa lá dos desmandos da irresponsável aventura da construção de um estádio para a Copa de 2014. Até hoje o Corinthians paga essa dívida que, a cada dia, se torna mais impagável.
Se a Copa do Brasil era uma boa chance de engordar as combalidas finanças do Timão, agora, já era.
Torcedor corintiano, se prepare pois o futuro não é nada alvissareiro.
Demais
Jogos.
O Botafogo, líder do Brasileirão, levou tremenda de uma virada contra o Atlético, lá em Coritiba.
Fez 2 a 0 (um gol do artilheiro Tiquinho, do Brasileirão) e acabou por levar 3 gols.
O jogo de volta será no Rio, no Campo do Botafogo, mas a situação é muito difícil.
Já o São Paulo foi a Recife e voltou de lá com a vitória, 2 a 0, sobre o Sport. O Tricolor vai se recuperando do tempo perdido com Rogério Ceni como técnico.
O Cruzeiro foi a Porto Alegre e saiu de lá com um empate, 1 a 1. Bom resultado para a Raposa mineira que fará o jogo de volta em casa, no Mineirão. Os dois gols não foram gols comuns: foram golaços!
Aliás, por falar em Mineirão, é de fazer dó o estado do gramado.
Há alguns anos, era comum ver gramados ruim pelo Brasil afora. Mas o Mineirão, naquela época, sempre teve um gramado de excelente qualidade.
O que aconteceu?
O Mineirão, que é do governo do Estado, passou a ser administrado por uma empresa particular.
Essa empresa não deu a mínima para a conservação do gramado. Ela não se preocupava com futebol e sim com os shows que fazia. Só pensava naquilo, a grana.
Voltando aos jogos de ontem da Copa do Brasil, o Santos recebeu o Bahia e ficou no empate, 0 a 0. O jogo de volta, que decidirá a vaga, será em Salvador. Vai ser pedreira para o Peixe.
Por último, mas, não menos importante, o meu América, jogando em casa venceu o Internacional por 2 a 0.
Os anti, invejosos como sempre, vão dizer: ah!, mas foi com dois gols de pênaltis.
E daí?, pergunto eu. Não vale?
Como dizia o saudoso narrador Ênio Rodrigues, o que vale é bola na rede.
Gols da rodada:
https://youtu.be/aZ6X_NaDZDY
Em separado, com as devidas pompas e circunstâncias, os gols do América
Vivendo
Do passado
O técnico Vanderlei Luxemburgo e o presidente Lula da Silva gostam de navegar no passado.
Lula está sugerindo a volta do carro popular. Será o Fusca do Itamar?
Vanderlei escalou ontem o meia Paulinho como primeiro volante, o cara que dá o primeiro combate na defesa.
E por quê?
Ele explicou que se inspirou no Corinthians de 1998 quando brilhou o criativo Freddy Rincón.
Seria bom que tanto o treinador quanto o presidente, mirassem o futuro e não o passado.
Troféu
Limão.
Nos anos 70 e 80 os jornalistas que cobriam as corridas de Fórmula 1 se reuniam e elegiam o piloto que ganharia o Troféu Limão.
Era reservado para aquele cara muito chato, intragável.
Durante muitas edições, o ganhador foi o nosso Nelson Piquet, que nunca foi uma simpatia de pessoa.
Estou pretendendo reviver esse Troféu no nosso modesto, mas, valoroso Blog.
E já tenho dois nomes:
Gabigol, no quesito jogador de futebol, E Abel Ferreira, no quesito técnicos.
Acho desnecessário defender minha sugestão.
A votação está aberta! O Troféu Limão vai para… ( não deixe de dar seu voto)
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi 
durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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