E não deu zebra. Blog Mário Marinho
Animada pela, surpreendente, vitória do Água Santa, 2 a 1, no primeiro jogo, a numerosa torcida antiVerdão alimentou durante a semana o sonho de uma nova zebra que impedisse o Palmeiras de alcançar seu 25º título de Campeão Paulista e o oitavo título do incrível Abel Ferreira.
Na verdade, não chegou nem mesmo ser um sonho de uma noite de verão. Quando muito, foi um ligeiro sonho de uma tarde de outono, sonho que durou apenas 15 minutos, tempo suficiente para Gabriel Menino fazer 1 a 0.
E se a turma anti ainda torceu, desesperadamente, por uma reação do pequeno e simpático Água Santa, a realidade, chocante e implacável, colocou a turma com os pés no chão aos 26 minutos, quando o mesmo Gabriel Menino fez 2 a 0.
Aí, estava aberto o caminho para a goleada, como disse, logo após o gol, o empresário palmeirense Armando Ferretti:
– Vai ser de 4 ou 5, comemorou ele.
Aos 34 minutos, Endrick, o garoto, fez 3 a 0 e Flaco Lopes, aos 27 do segundo tempo fechou o placar: 4 a 0.
Só não chegou a impiedosos 5 ou 6 porque, sentindo o adversário totalmente sob controle, o Verdão tirou o pé do acelerador.
A festa foi completa, casa cheia, time com raro brilho em campo aliado à força, a garra na disputa até das bolas mais difíceis.
Números do Palmeiras que fez a melhor campanha de todos:
34 pontos, 15 partidas, 10 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota. Marcou 21 gols e sofreu 7, saldo positivo de 14.
Números do Água Santa:
Jogos: 15; Vitórias, 8; Empates, 4; Derrotas, 3, gols: marcou 21 e sofreu 7; 28 pontos ganhos; marcou 16 gols e sofreu 11, saldo positivo de 5 gols.
Para se ter ideia da grandeza da campanha do Verdão, o mais bem colocado entre os grandes foi o São Paulo que ficou em 4º lugar na classificação geral
Ou seja, mesmo que em alguns jogos o time não tenha brilhado, a campanha no todo foi brilhante.
Chocolate
Carioca
Animados pela vitória, enganadora, no primeiro jogo, por 2 a 0, torcedores do Flamengo lotaram o sempre bonito Maracanã.
Mas a festa, a grande festa foi do Fluminense.
Um jogão.
O Flu joga à imagem e semelhança do técnico Fernando Diniz. Os jogadores, assim como ele, gostam da bola, sabem tratá-la com o devido respeito e carinho.
Dificilmente vê-se um jogador do time comandado pelo Fernando Diniz dar um chutão se livrando da bola de qualquer maneira.
Outro que jogou muito bem foi o Marcelo, veterano Marcelo, de 34 anos e na ponta dos cascos. É outro que parece jogar com prazer, que se diverte em campo.
E foi Marcelo, em linda jogada individual, que marcou o primeiro do Flu, aos 27 minutos. Pouco depois, aos 31, o artilheiro Cano deixou sua marca: 2 a 0. No placar agregado, 2 a 2.
Para o segundo tempo, esperava-se a reação do Flamengo. Mas foi o Flu que marcou: novamente Cano, aos 9 minutos. Aos 19, Alexsander fez o quarto gol.
Aos 52, Airton Lucas fez o gol de honra do Flamengo.
Mas, a essas alturas, o Flu já era o grande campeão.
O que todo mundo quer saber é o seguinte: nos últimos três anos, inclusive o ano passado, o Flamengo ganhou títulos e encantou o mundo do futebol.
No ano passado, a diretoria do Mengão dispensou o técnico Dorival Jr. e contratou o português Vitor Pereira.
A partir daí o Flamengo desandou e não ganhou mais nada.
Do outro lado, Fernando Diniz se credencia até para a Seleção Brasileira.
Afinal, seu esquema de jogo que valoriza a posse de bola é a maior e única inovação no futebol brasileiro nos últimos 30 anos.
Galo,
tetracampeão
Não deu para o meu Coelho no encontro com o forte Atlético do imenso Hulk.
Seria muito difícil tirar o título do Galo.
No primeiro jogo, no Independência, o Atlético fez 2 a 0, mas o Coelho foi buscar e empatou o jogo.
Menos mal para a decisão, no Mineirão.
Só que aos 52 minutos do segundo tempo, a defesa do América deu mole e levou o gol da vitória marcado por Hulk.
A possibilidade de vitória e, mais ainda, chegar ao título, tornou-se praticamente missão impossível.
Assim, novamente Hulk, que marcou dois gols, deu a vitória, 2 a 0, e o merecido título ao Galo.
Veja os gols do Fantástico:
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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