O inevitável Palmeiras. Blog Mário Marinho
…Se o Palmeiras for decidir um título contra um time lá de Marte, logo aparecerão os anti a torcer com toda a força para ao marcianos…
Existe no Brasil uma torcida que não é organizada, mas, com certeza é a maior de todas: é a torcida dos “anti”.
Qualquer time que começa a despontar, logo é alvo dos anti.
Assim como já existiram os anti-Santos, anti-São Paulo, anti-Corinthians a torcida anti do momento é a anti–Palmeiras.
Se o Palmeiras for decidir um título contra um time lá de Marte, logo aparecerão os anti a torcer com toda a força para ao marcianos.
Ou, mais radical, o corintiano, o são-paulino, o santista há de expressar a sua condição de anti de uma forma mais explícita:
“Se o jogo foi contra um time do inferno, é claro que vou torcer para o capeta. Sou capeta desde criança…”
O futebol é isso: é a rivalidade na sua mais legitima expressão.
Por isso, nos meus textos e comentário nunca usei a expressão: tal time é o Brasil na Libertadores, por exemplo.
Ninguém torce para time inimigo. Quando muito, concede, a contragosto, um comentário tipo: é eles estão bem. Não passa disso, mesmo se o adversário estiver num patamar imbatível ou quase.
O Palmeiras está nesse patamar.
O Verdão, aqui em São Paulo, o Flamengo no Rio, o Atlético em Minas… Ops, há controvérsias.
Não se esqueçam que o meu América acaba de eliminar o Cruzeiro do Campeonato Mineiro, com duas vitórias que, no placar agregado, somaram 4 a 1. Não é pouco não. Agora, vai disputar o título de Campeão Mineiro com o Galo.
Nessa terra abençoada pelo Padre José Anchieta, muita gente vai dizer: é um Paulistinha, moleza para o Verdão.
É o mesmo Paulistinha que foi disputado por Santos (que quase caiu), São Paulo e Corinthians.
Cada um desses grandes foi tropeçando e caindo que nem peças de dominó.
Só o Palmeiras pode tirar o título do Palmeiras.
Em condições normais de temperatura e pressão, o Verdão do mal humorado Abel Ferreira vai cravar mais um título na grande final do dia 9 de abril.
Devagar
Com o Fenômeno
No sábado que passou, o América venceu o Cruzeiro, 2 a 0, jogo disputado na Arena do Jacaré, na cidade mineira de Sete Lagoas, que fica, mais ou menos, a uns 80 quilômetros de BH.
Terminado o jogo, a torcida cruzeirense começou a pegar no pé do Ronaldo Fenômeno que estava presente.
O time perdeu e foi tremendamente vaiado. É assim que a torcida manifesta seu desagrado. Mas, aí, se viraram contra o Ronaldo. O Fenômeno foi vaiado e, mais que isso, xingado com pesados palavrões.
A torcida quer um time campeão e quer um time jogando na Capital, perto de sua enorme torcida.
Nós, brasileiros, sofremos de um mal maior que é a falta de memória.
Os cruzeirenses se esquecem que, num passado muito recente, o Cruzeiro esteve ameaçado de cair para a Série C.
Não caiu graças ao Ronaldo e sua diretoria.
O time está na Série A. É uma recuperação espetacular.
É preciso ter muita calma nessa hora.
Veja os gols do Fantástico
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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