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Dia da Mulher. Por Arnaldo Niskier

… Na Academia Brasileira de Letras tive o privilégio de conviver com a primeira mulher eleita para a Casa de Machado de Assis: Rachel de Queiroz, autora do clássico “O Quinze” e minha amada madrinha, sempre muito lembrada…

MULHER

8 de março é consagrado universalmente como Dia Internacional da Mulher. No Rio de Janeiro, a data tem um significado ainda mais especial porque o Estado comemora o fato de que a sua população feminina suplantou a masculina, com o índice de 53%. Ao lado dos números, há o empoderamento da mulher, hoje situada em profissões antes somente ocupadas por homens.

No meu caso, estou cercado de mulheres. Tenho 3 filhos maravilhosos, duas são mulheres, e cada um deles nos presenteou com duas meninas. Tenho, pois, seis netas e agora uma bisneta (Sofia), que é um encanto.

Se formos recorrer à minha formação, há professoras inesquecíveis. A primeira delas foi Dona Paulina, de quem fui aluno no Instituto de Educação. A vida deu muitas voltas e ela acabou sendo minha amada sogra, mãe da querida Ruth, com quem divido as responsabilidades do lar há mais de 50 anos. Tive também a orientação desde cedo de duas professoras que marcaram a minha vida: Irma e Rosa, no Grupo Escolar Rodrigues Alves, em São Paulo.

Na Academia Brasileira de Letras tive o privilégio de conviver com a primeira mulher eleita para a Casa de Machado de Assis: Rachel de Queiroz, autora do clássico “O Quinze” e minha amada madrinha, sempre muito lembrada. Depois vieram a Ana Maria Machado e a Rosiska Darcy de Oliveira, ao lado das pranteadas Cleonice Berardinelli e Nélida Piñon, esta a  primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras. Todas deixaram saudades.

Nesse momento de evocação é preciso voltar as vistas para o esporte. O Rio produziu campeãs em várias modalidades e é um exemplo para o resto do país, além de ter o Maracanã, palco insubstituível de grandes atrações, de uma feita, um show memorável com o extraordinário Frank Sinatra. Foi lá também que se comemorou o gol nº 1.000 do fabuloso Pelé. Em ambas as ocasiões, estive presente.

Outro campo de destaque do Rio de Janeiro é na ciência e na tecnologia. É incrível o relevo feminino, em Manguinhos e nas universidades existentes. Quando sair um Prêmio Nobel, estejam certos, provavelmente será para uma das nossas apreciadas cientistas.

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Arnaldo Niskier | Academia Brasileira de LetrasArnaldo NiskierImortal. Sétimo ocupante da Cadeira nº 18 da Academia Brasileira de Letras. Professor, escritor, filósofo, historiador e pedagogo. Foi presidente da Academia Brasileira de Letras e secretário estadual de Ciência e Tecnologia e de Educação e Cultura do Rio de Janeiro. 

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