viagem para o topo do mundo

Viagem para o topo do mundo. Blog do Mário Marinho

viagem para o topo do mundo

O Flamengo viaja esta noite para o Marrocos, onde na próxima terça-feira, 7,  enfrenta o vencedor de Al Hilal x Wydad Casablanca. O jogo será às 16 horas, hora de Brasília.

No jogo despedida de sua torcida, o Mengão venceu o frágil Boa Vista por 1 a 0, jogo válido pelo Campeonato Carioca.

Como se despediu com uma vitória, viajará em paz. Certo?

Só que não.

Terminado o jogo de ontem, 1, abriu-se uma crise no Flamengo.

Revoltado por não ter sido escalado para esse tão importante jogo, o volante chileno Vidal, tido como um reserva de luxo do técnico Vitor Pereira, mandou para longe suas chuteiras e saiu do gramado enquanto o resto do time acenava para a torcida.

Antes do jogo, o chileno praticamente se ofereceu ao Colo-Colo ao postar nas redes sociais esta mensagem:

“Se o Colo Colo quiser brigar pela Libertadores, que venha me procurar.”

Depois, Vidal apagou a mensagem e pediu desculpas.

Esses espertinhos da internet acham que apagar a mensagem e apresentar pedido de desculpas resolve tudo.

Foi o que fez o excelente jogador de vôlei, da Seleção e do Sada Cruzeiro, Wallace, que publicou um post incitando seus seguidores a dar um tiro na cara do presidente Lula.

Depois, com a repercussão negativa, ele apagou a mensagem e se desculpou.

Mas, aí, meu caro, Inês já era morta: o estrago já estava feito.

Censurado por todo mundo de bom senso que tomou conhecimento da mensagem, Wallace agora enfrenta as consequências: teve seu contrato suspenso com o Cruzeiro e poderá sofrer uma série de sanções.

Após o Mundial, Vidal também poderá sofrer consequências de sua infantil rebeldia. Claro que, com o título mundial, tudo ficará mais fácil de ser esquecido.

Outro ponto favorável ao rebelde é que o técnico Vitor Pereira gosta desse tipo de problema. No Corinthians, encrencou com o atacante Roger Guedes que, no decorrer do tempo, tornou-se importante e artilheiro no time.

O Flamengo vai em busca do seu segundo título mundial para se colocar lá em cima, no topo do mundo futebolístico, onde estão somente aqueles que são campeões mundiais, uma história que começou com Pelé.

 1962 - Santos x Benfica 

Em 1962, o Santos de Pelé, Pepe, Coutinho, Dorval, Zito e companhia jogaram contra o Benfica, de Eusébio, que vinha do bicampeonato da Liga dos Campeões da Europa.

O jogo de ida aconteceu no Maracanã, no Rio de Janeiro, e o de volta no Estádio da Luz, em Lisboa.

No Maracanã, para um público superior a 85 mil torcedores, o Santos venceu por 3 a 2, com dois gols de Pelé e um de Coutinho. Os dois gols do Benfica foram marcados por Joaquim Santana.

A partida de volta aconteceu quase um mês depois, em Portugal, e terminou com goleada do Santos por 5 a 2. Pelé (três vezes), Coutinho e Pepe marcaram os gols do Santos, enquanto Eusébio e Joaquim Santana marcaram para o Benfica. O 8 a 4 no agregado deu o primeiro título mundial para o Santos.

 1963 - Santos x Milan 

No ano seguinte, o Milan foi o adversário da vez da equipe santista.

No jogo de ida, a equipe italiana, que contava com a presença dos brasileiros Mazzola e Amarildo, venceu por 4 a 2 no Estádio San Siro, em Milão. Trapattoni, Amarildo (duas vezes) e Mora marcaram para o Milan. Pelé marcou os dois gols do Santos.

No Maracanã, mais de 132 mil pessoas viram o Santos devolver o 4 a 2 em solo brasileiro. Pepe (duas vezes), Almir Pernambuquinho e Lima anotaram os gols santistas. Mazzola e Mora fizeram para o Milan, que chegou a abrir 2 a 0 e levou a virada.

A igualdade nas duas partidas obrigou a disputa de um desempate, que aconteceu no mesmo Maracanã, dois dias depois. Dalmo fez de pênalti, para garantir a vitória de 1 a 0 e o bicampeonato para o Santos.

1981 - Flamengo x Liverpool

Flamengo viveu uma das grandes épocas de sua história no início dos anos 1980, com títulos do Campeonato Carioca, do Campeonato Brasileiro e da Libertadores.

Em 1981, o campeão da Libertadores daquele ano encararia o Liverpool na disputa do Mundial.

Já disputado em partida única, a final aconteceu em dezembro daquele ano, no Estádio Nacional em Tóquio, no Japão.

O time comandado por Paulo César Carpegiani venceu por 3 a 0, com dois gols do atacante Nunes e um de Adílio. Mesmo sem gol, Zico foi considerado o craque da disputa.

1983 - Grêmio x Hamburgo

Em 1983, o Grêmio, de Renato Gaúcho, jogou contra o Hamburgo, da Alemanha.

A partida foi dramática e decidida apenas na prorrogação. Renato abriu o placar para o Grêmio e Michael Schroder empatou para os alemães.

O gol do título gremista veio no comecinho do tempo extra, novamente com Renato Gaúcho, sacramentando a vitória por 2 a 1.

1992 - São Paulo x Barcelona 

São Paulo, que conquistou sua primeira Libertadores em 1992, enfrentou o Barcelona no Mundial de Clubes, que vinha de seu primeiro título da Liga dos Campeões.

O Barça saiu na frente com gol do búlgaro Hristo Stoichkov, bem no começo do jogo. O empate e a virada do São Paulo saíram dos pés do meia Raí. A vitória deu ao São Paulo o primeiro título Mundial da história do clube.

1993 - São Paulo x Milan

O São Paulo voltou a jogar o Mundial no ano seguinte, e dessa vez teria pela frente o Milan, vice-campeão da Champions League. O campeão Olympique de Marseille foi punido, e coube aos italianos participarem do torneio.

O São Paulo abriu o placar com gol de Palhinha e foi para o intervalo em vantagem.

O Milan empatou no começo do segundo tempo, com Daniele Massaro. O veterano Toninho Cerezo, que foi escolhido como melhor jogador da partida, voltou a deixar o São Paulo na frente. O responsável por empatar a partida novamente foi o francês Jean-Pierre Papin.

Com o jogo empatado em 2 a 2, o gol do bicampeonato do São Paulo só foi sair aos 43 minutos do segundo tempo, anotado por Müller.

2000 - Corinthians x Vasco da Gama

O Mundial de Clubes de 2000 foi o primeiro a acontecer em formato diferente, com a participação de clubes de todos os continentes.

Na fase de grupos, o Corinthians, que participou do torneio como campeão nacional do país-sede, que foi o Brasil, avançou em primeiro lugar, superando o Al-Nassr, da Arábia Saudita, campeão da Supercopa da Ásia, o Raja Casablanca, de Marrocos, campeão da Liga dos Campeões da África, e o Real Madrid, campeão do Mundial de 1998.

A final do torneio foi disputada contra o Vasco da Gama, campeão da Libertadores de 1998, no Estádio do Maracanã.

Após empate de 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, a decisão do título foi para os pênaltis. Gilberto e Edmundo desperdiçaram as cobranças para o Vasco, e o Corinthians se sagrou campeão após vitória por 4 a 3.

2005 - São Paulo x Liverpool

Na semifinal do Mundial de 2005, o São Paulo, que voltava a participar do torneio como campeão da Libertadores, encarou o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, campeão da Liga dos Campeões da Ásia.

Amoroso marcou duas vezes para o São Paulo na vitória por 3 a 2. Rogério Ceni anotou, de pênalti, o outro gol brasileiro. Mohamed Kallon e Joseph-Désiré Job descontaram para os sauditas.

A grande final foi contra o Liverpool, campeão da Champions League, no Estádio Internacional de Yokohama. O volante Mineiro marcou o único gol da partida, aos 27 minutos do primeiro tempo, para dar ao tricolor paulista o terceiro Mundial de sua história.

2006 - Internacional x Barcelona (2006)

Internacional participou do seu primeiro Mundial de Clubes em 2006, e passou pelo Al-Ahly nas semifinais com vitória por 2 a 1, com gols de Alexandre Pato e Luiz Adriano. Flávio descontou o marcador.

Na final, o Internacional recebeu o Barcelona, que tinha jogadores como Carlos Puyol, Ronaldinho Gaúcho, Deco e Andrés Iniesta.

Comandado por Abel Braga, o Inter contou com um herói improvável para garantir o título. O meia Adriano Gabiru entrou no segundo tempo, no lugar de Fernandão, e garantiu a vitória por 1 a 0.

2012 - Corinthians x Chelsea

O Corinthians foi campeão invicto da Libertadores em 2012, e garantiu participação no Mundial daquele mesmo ano.

Na partida contra o Al-Ahly, do Egito, válida pela semifinal, a equipe venceu por 1 a 0, com gol do atacante peruano Paolo Guerrero.

A final foi contra o Chelsea, que participou da competição pela primeira vez. Novamente coube a Guerrero anotar o único gol da partida, consagrando o bicampeonato ao Corinthians.

Como se vê, há 10 anos nenhum time brasileiro levanta esse caneco.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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