A Copa de Messi. Blog Mário Marinho
ESPECIAL COPA CATAR 2022
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Só um milagre tira a Copa do Catar da Argentina.
Claro, os milagres são sempre possíveis, e aí está Marrocos para provar que chegou até aqui e pode ir mais longe.
Se não chegar, o Milagre pode ser outro: Mbappé, que é um craque, mas não é Messi, pode ser incorporado e, de repente, apagar Messi e levar a França à conquista do sonhado tri mundial.
Mas, para isso, terão que passar pela brava Seleção de Marrocos e depois carregar seus “enfants de la patrie” para cima da, hoje, imbatível Argentina.
Que espetáculo de atuação o mundo futebolístico assistiu nesta terça-feira!
A Argentina começou devagar, como um velho carro que demora a alcançar velocidade.
Foi um ardil para cima da Croácia que, por alguns minutos, acreditou poder repetir o jogo contra o Brasil: ter mais posse de bola e ir cozinhando o adversário à espera de uma grande oportunidade.
Mas a Argentina percebeu a manobra não colou e tratou de jogar futebol.
O jogo chegou a ficar chato por alguns minutos até que a Argentina resolveu tomar as rédeas.
Essa decisão veio ali por volta dos 25 minutos. Aos 31 já surtiu efeito: o camisa 9 argentino Julián Alvarez, o jovem centroavante, recebeu a bola ainda na entrada da área, se livrou de um marcador, invadiu a área e foi parado pelo goleiro Livakovic. Pênalti.
E quem foi cobrar?
Claro, Lionel Messi.
Não teve erro. Foi uma cobrança perigosa, no canto esquerdo alto do goleiro. Ali, não tem defesa. É perigoso, mas, indefensável.
Mais cinco minutos após o gol de pênalti, quando a Croácia tentava se equilibrar, veio outro golpe quase fatal: o segundo gol.
Mais uma vez o centroavante Julián Alvarez recebeu a bola, só que desta vez, ainda em seu campo. e partiu em velocidade para o ataque.
Dois zagueiros corriam atrás dele, desesperados como quem corre atrás do bonde perdido.
Alvarez foi levando na raça, aos trancos e barrancos, venceu seus marcadores, o goleiro croata saiu, foi também batido e o goleador fez Argentina 2 a 0.
O segundo tempo foi um exemplo de resiliência da Croácia que tentou de tudo para reagir e buscar pelo menos o empate.
Mas não deu.
O que deu mesmo foi Argentina ou, melhor, Lionel Messi.
Aos 25 minutos ele desceu como fosse um ponta-direita e, literalmente, tirou o zagueiro Gvardiol para sambar. Gingou para um lado, gingou para o outro e saiu livre, quase dentro da pequena área, e cruzou para trás, para a entrada de Álvarez que marcou seu segundo gol, o último da vitória por 3 a 0.
Julián Alvarez, com os dois gols, poderia ser apontado como o destaque do jogo. Mas, para azar dele e sorte de 45 milhões lá estava Messi que brilhou e proporcionou, com uma jogada de gênio, o último gol.
Messi, com o gol que marcou hoje, se torna o maior artilheiro argentino em Copa do Mundo, superando a marca de 11 gols de Batistuta.
Veja os gols:
https://youtu.be/gcJgugLaGJQ
Se
Serve de consolo…
O amigo Rovilson da Costa Gimenez, manda bem-humorado texto sobre a vitória da Argentina:
– Mário, foi bom a gente ter perdido para a Croácia. Se tivéssemos que enfrentar a Argentina, poderíamos, facilmente, levar outro 7 a 1.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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MMarinho. Gostei do jogo e do desempenho da Argentina. Engoliu a Croacia. Se mal comparando, a nossa legião estrangeira até que foi longe na sua participação. Abç.