Interpol - bolsonaro

Interpol. Por José Horta Manzano

… O melhor agora é catar seus trapos e se mudar para uma gruta. Mas atenção: que seja em território nacional! Se ele puser um pé fora do país, em breve vai ter de se explicar com a Interpol…

Interpol - bolsonaro

No momento em que escrevo, faz 13 horas que Bolsonaro foi oficialmente declarado derrotado nas urnas. Desde então, ele não se manifestou publicamente.

Cada hora de silêncio do capitão é uma bênção para a nação. Por um lado, poupa nossos ouvidos cansados de ouvir palavrões, xingamentos e ameaças. Por outro, afasta o receio de que o cafajeste tentasse virar o jogo soltando brucutus contra cidadãos inocentes.

A atitude do presidente derrotado é a de um homem amargurado, roído pelo rancor, temeroso de seu futuro sombrio. Ele mostra haver entendido que sua estrada chegou ao fim e que não há mais nada a fazer. Sua página está virada.

Os cobrinhos que possa ter amealhado e encafuado nalgum paraíso fiscal são de pouca valia. O melhor agora é catar seus trapos e se mudar para uma gruta. Mas atenção: que seja em território nacional! Se ele puser um pé fora do país, em breve vai ter de se explicar com a Interpol.


JOSÉ HORTA MANZANO – Escritor, analista e cronista. Mantém o blog Brasil de Longe. Analisa as coisas de nosso país em diversos ângulos,  dependendo da inspiração do momento; pode tratar de política, línguas, história, música, geografia, atualidade e notícias do dia a dia. Colabora no caderno Opinião, do Correio Braziliense. Vive na Suíça, e há 45 anos mora no continente europeu. A comparação entre os fatos de lá e os daqui é uma de suas especialidades.

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