Infoxicação e ansiedade. Por Meraldo Zisman
A infoxicação é um mal que atinge a todos e acaba se acentuando em períodos em que ficamos muito tempo em frente às telas de smartphones e notebooks. O termo infoxicação foi criado pelo espanhol, especialista em inovação, Alfons Cornella, em 1996. A palavra sintetiza o excesso de informação divulgado atualmente pela maior parte da mídia.
Embora concorde com o filósofo grego Platão (348/347 a.C.):
“O castigo dos bons que não fazem política é serem governados pelos maus”, apoio-me também no sociólogo germânico Max Weber (1864-1920), que afirmou ser o colégio eleitoral o calcanhar de Aquiles da Democracia, no sentido verdadeiro do vocábulo. Democracia hoje tem o sentido que lhe atribuem, assim com pertencer à direita, à esquerda, ser conservador, ser reacionário. Todas essas palavras variam com quem as usa e perderam seu sentido primário.
Pelo que entendo, a eleição deveria servir apenas para escolher quem será o dirigente que será o gestor dos negócios de Estado.
Volto ao neologismo “Infoxicação eleitoral”, que deixou de ser novidade, pois a tecnologia da informação mudou por demais as eleições, causando medo ao eleitor, que pode trocar de voto no intente de votar “bem”, levando o cidadão a maiores ansiedades nesta Era da Ansiedade.
Ansiedade tem como sinônimos angústia, aflição, impaciência, incerteza, sofreguidão. E, como psicoterapeuta, afirmo: a casuística de medo, insegurança, fake news aumenta o número de pessoas afetadas, nesta época de eleições.
Eleição tem sempre um fator desinquietador que leva à ansiedade .
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Meraldo Zisman – Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.
Acaba de relançar “Nordeste Pigmeu”. Pela Amazon: paradoxum.org/nordestepigmeu
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